sábado, 5 de agosto de 2017

Como amarrar os cadarços

Reescrita
Aluno 122


Comumente nos deparamos com a difícil tarefa de amarrar os cadarços. Estamos andando por aí, um passo atrás do outro, e – de repente – alguma coisa parece errada, fora do lugar. Ao olhar para baixo, para o chão, vemos imediatamente do que se trata; duas longas pontas de um cordão repetidas vezes entrecruzado, formando vários X sobre o calçado, e o desastre: uma ponta está caída de um lado, uma de outro, ambas à espera de um laço para uni-las.
Para resolver o problema, contudo, tem-se um processo simples. O primeiro passo é abaixar-se, a fim de permitir que as mãos alcancem as pontas do cadarço (não por acaso, utiliza-se duas mãos para alcançar duas pontas, uma para cada; isso será importante mais adiante), mas abaixe-se com cuidado, para não correr o risco de se desequilibrar e cair. Uma vez que você se encontre em uma posição segura e confortável para amarrar os cadarços, comece a amarração propriamente dita.
Vamos para o passo seguinte: o nó. Para tornar o processo mais dinâmico para o prezado leitor, vamos chamar as pontas do cadarço de “Ponta Um” e “Ponta Dois”. Escolha qual será qual e partimos para o nó. Segurando uma ponta do cadarço com cada mão, como dito anteriormente, enrole a Ponta Um na Ponta Dois, passando a Um por baixo da Dois, e puxe as duas, uma para cada lado. Tem-se o nó.
O próximo passo é carinhosamente chamado de “orelhinha”. Pegue uma das pontas do cordão (a Um ou a Dois, tanto faz), segurando-o pelo meio, e faça uma orelhinha, algo parecido com uma orelha de coelho, e reserve. Repita o passo com a outra ponta, de modo a ter agora duas orelhinhas. Análogo ao passo do nó, aqui chamaremos as orelhinhas de Orelha Um e Orelha Dois. Enrole a Orelha Um na Orelha Dois, passando a Um por baixo da Dois, e, novamente, puxe as duas, uma para cada lado. As orelhinhas estarão amarradas uma à outra, e, se o prezado leitor voltar à sua posição original, de pé, verá que o laço se parece com duas orelhas, de fato, como se o calçado pudesse ouvir alguma coisa.
Assim, com um nó, duas orelhinhas e algumas voltas, tem-se um laço. Com o cadarço agora amarrado, pode-se retomar a caminhada, até que, por uma artimanha do destino, o cadarço do outro pé se desamarre, e tenhamos que começar tudo de novo.

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