sexta-feira, 4 de julho de 2014

Aprender uma outra língua para além de inglês – para quem serve isso?

1ª Versão
Por Aluno 21


Hoje em dia quase todos os estudantes precisam saber falar uma outra língua, pelo menos inglês. Nos países de língua inglesa não parece necessário aprender mais um outro idioma. Inglês, a língua do comércio, a língua usado entre políticos, a língua para viajar. Porque aprender mais um outro idioma? Para quem serve isso?
            Para discutir esta temática eu falei com Marcia, uma professora da língua alemã que morava na Alemanha por quase vinte anos. Hoje em dia, ela dá aulas particulares de alemão, pessoalmente ou via Skype, e consegue viver dessa profissão. Então, parece que o fascínio de aprender línguas estrangeiras continua. Mas, o que incita as pessoas a se ocupar com mais uma tarefa intelectual além da escola ou dos estudos?
            O Paulo tem 23 anos. O cabelo longo e preto cai sobre os ombros dele, com a camiseta preta ele parece bem como um desses jovens que tem só um interesse: música, mais específico música metal. Mas o Paulo está sentado em frente do computador, falando com a Marcia em alemão, ainda alguns frases mais básicas como: 'Welche Farbe hat dein Auto?' (Qual cor tem o seu carro?). Ele começou agora mesmo, três semanas atrás. Perguntado porque ele não tem qualquer outro passatempo, talvez alguma coisa mais esportiva como compensação pelos seus estudos, ele responde: 'Eu gosto de aprender alemão. Eu sempre queria fazer isso. Talvez porque os meus bisavós tenham vindo da Alemanha.' Esporte não seria uma coisa que o interessa muito. Ele explica: 'Se tu falas mais uma língua estrangeira, também ajuda muito no mercado de trabalho'. Faz sentido, mesmo assim, ele estuda direito internacional.
            A campainha está tocando. É a Fernanda chegando pontualmente para aula de alemão no apartamento da Marcia. Eles se conheceram através uma amiga comum em Heidelberg, onde a Marcia estava estudando. A Fernanda queria fazer uma au-pair na Alemanha e a amiga comum perguntou para a Marcia, se ela conhecer uma família. Ela conhecia. Então, a Fernanda chegou na Alemanha, ficou por  meio ano e agora, quatro anos depois, quer refrescar o conhecimento do alemão dela. Mas porque ela, agora estudando psicologia e antes da Alemanha já falando inglês perfeitamente, não decidiu ir para um país de língua inglesa? É óbvio que teria sido mais fácil, mais confortável, com menos esforço de tempo e nervos. Porém, para ela ir para um pais como Inglaterra, Austrália ou Canadá não pareceu interessante. 'Eu já estava em Londres por dois anos. Agora, no entanto, eu queria aceitar um desafio novo, uma língua que eu não sabia, nenhuma palavra além de 'Prost!', mas da qual eu já ouvi que seja difícil de aprender', ela conta escrevendo vocabulário num caderno deitado em frente dela.
            No caso da Marcia, o amor à língua foi provocado pelo amor para um homem, quer dizer, um alemão. Ele estava aprendendo português aqui em Porto Alegre por um ano, voltou para Alemanha. Um pouco mais tarde, ela seguiu. 'A minha mãe fala 'Hunsrückisch', um dialeto de alemão. Mas até o encontro com o Peter eu nunca estava pensando sobre aprender aquela língua, nem morar lá um dia', ela se lembra. Então, de um dia para um outro essa mentalidade se alterou e ela, nesse momento da vida apenas com vinte três anos de idade, ficou mais do que quinze anos lá no país do Goethe e Schiller. Embora o relacionamento não continuasse, o amor para a língua alemã ficou. 'Agora eu não tenho vontade de viajar pela Alemanha ou viver lá de novo, mas a língua mesma ainda faz parte da minha vida e isso nunca mudará', ela explica, está sentada no sofá, ao lado desse um calendário da cidade, onde ela morava anteriormente, Heidelberg.
            Três pessoas, três estímulos diferentes para aprender uma outra língua para além de inglês, ou seja, simplesmente por causa da utilidade. Por um lado, a descendência, por outro lado um desafio novo e para uma outra pessoa é o amor: os motivos de aprender uma outra língua parecem tão diferentes como as marcas de iogurte no supermercado. E ficando com essa imagem, também cada pessoa tem gosto de um outro idioma, aqui só mostrado exemplarmente com o alemão. Contudo, como todas essas histórias contam, o conhecimento de uma outra língua abre uma janela para um mundo novo, cheio dos hábitos estranhos, seja a comida, a maneira de saudação ou de tomar um banho, seja o trânsito ou a interpretação da amizade e do amor. Resumindo, esse esforço parece valer a pena, além de outras utilidades como um ponto a favor no seu currículo.

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