1ª
Versão
Por Aluno 21
Hoje em dia quase todos os estudantes precisam saber falar
uma outra língua, pelo menos inglês. Nos países de língua inglesa não parece
necessário aprender mais um outro idioma. Inglês, a língua do comércio, a
língua usado entre políticos, a língua para viajar. Porque aprender mais um
outro idioma? Para quem serve isso?
Para discutir esta temática eu falei
com Marcia, uma professora da língua alemã que morava na Alemanha por quase
vinte anos. Hoje em dia, ela dá aulas particulares de alemão, pessoalmente ou
via Skype, e consegue viver dessa profissão. Então, parece que o fascínio de
aprender línguas estrangeiras continua. Mas, o que incita as pessoas a se
ocupar com mais uma tarefa intelectual além da escola ou dos estudos?
O Paulo tem 23 anos. O cabelo longo
e preto cai sobre os ombros dele, com a camiseta preta ele parece bem como um
desses jovens que tem só um interesse: música, mais específico música metal.
Mas o Paulo está sentado em frente do computador, falando com a Marcia em
alemão, ainda alguns frases mais básicas como: 'Welche Farbe hat dein Auto?'
(Qual cor tem o seu carro?). Ele começou agora mesmo, três semanas atrás.
Perguntado porque ele não tem qualquer outro passatempo, talvez alguma coisa
mais esportiva como compensação pelos seus estudos, ele responde: 'Eu gosto de
aprender alemão. Eu sempre queria fazer isso. Talvez porque os meus bisavós
tenham vindo da Alemanha.' Esporte não seria uma coisa que o interessa muito.
Ele explica: 'Se tu falas mais uma língua estrangeira, também ajuda muito no
mercado de trabalho'. Faz sentido, mesmo assim, ele estuda direito
internacional.
A campainha está tocando. É a
Fernanda chegando pontualmente para aula de alemão no apartamento da Marcia.
Eles se conheceram através uma amiga comum em Heidelberg, onde a Marcia estava
estudando. A Fernanda queria fazer uma au-pair na Alemanha e a amiga comum
perguntou para a Marcia, se ela conhecer uma família. Ela conhecia. Então, a
Fernanda chegou na Alemanha, ficou por meio ano e agora, quatro anos depois,
quer refrescar o conhecimento do alemão dela. Mas porque ela, agora estudando
psicologia e antes da Alemanha já falando inglês perfeitamente, não decidiu ir
para um país de língua inglesa? É óbvio que teria sido mais fácil, mais
confortável, com menos esforço de tempo e nervos. Porém, para ela ir para um
pais como Inglaterra, Austrália ou Canadá não pareceu interessante. 'Eu já
estava em Londres por dois anos. Agora, no entanto, eu queria aceitar um
desafio novo, uma língua que eu não sabia, nenhuma palavra além de 'Prost!',
mas da qual eu já ouvi que seja difícil de aprender', ela conta escrevendo
vocabulário num caderno deitado em frente dela.
No caso da Marcia, o amor à língua
foi provocado pelo amor para um homem, quer dizer, um alemão. Ele estava
aprendendo português aqui em Porto Alegre por um ano, voltou para Alemanha. Um
pouco mais tarde, ela seguiu. 'A minha mãe fala 'Hunsrückisch', um dialeto de
alemão. Mas até o encontro com o Peter eu nunca estava pensando sobre aprender
aquela língua, nem morar lá um dia', ela se lembra. Então, de um dia para um
outro essa mentalidade se alterou e ela, nesse momento da vida apenas com
vinte três anos de idade, ficou mais do que quinze anos lá no país do Goethe e
Schiller. Embora o relacionamento não continuasse, o amor para a língua alemã
ficou. 'Agora eu não tenho vontade de viajar pela Alemanha ou viver lá de novo, mas a língua mesma ainda faz parte da minha vida e isso nunca mudará', ela
explica, está sentada no sofá, ao lado desse um calendário da cidade, onde ela
morava anteriormente, Heidelberg.
Três pessoas, três estímulos
diferentes para aprender uma outra língua para além de inglês, ou seja,
simplesmente por causa da utilidade. Por um lado, a descendência, por outro lado
um desafio novo e para uma outra pessoa é o amor: os motivos de aprender uma
outra língua parecem tão diferentes como as marcas de iogurte no supermercado.
E ficando com essa imagem, também cada pessoa tem gosto de um outro idioma,
aqui só mostrado exemplarmente com o alemão. Contudo, como todas essas
histórias contam, o conhecimento de uma outra língua abre uma janela para um
mundo novo, cheio dos hábitos estranhos, seja a comida, a maneira de saudação
ou de tomar um banho, seja o trânsito ou a interpretação da amizade e do amor.
Resumindo, esse esforço parece valer a pena, além de outras utilidades como um
ponto a favor no seu currículo.
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