sexta-feira, 28 de julho de 2017

Comentário por 143

Para aluno 127
PROPOSTA 4



  Achei bem interessante a forma como tu colocou o teu aprendizado, além de seguir as sugestões da professora, sua reescrita realmete ficou bem melhor.  Pude perceber  que a leitura foi bem importante para tua vida e tua mãe teve um grande papel nisso. Realmente ficou um texto bem explicativo, não deixando nenhuma dúvida ao leitor. Parabéns!

Comentário por 169

Sou o aluno 169 e comento o texto do aluno 180:

Gostei muito do seu texto. Desde a introdução você transmite boas imagens ao leitor ao descrever a relação do cenário onde você estava, junto à história que era narrada por sua mãe. Além disso, você ainda seguiu a sugestão do parecer e mostrou mais exemplos da sua experiência com a leitura, o que deixou seu texto mais informativo acerca de suas memórias. Outro ponto relevante foi a adequada utilização de referenciais teóricos que você inseriu para dar mais credibilidade a seus argumentos durante o memorial. Com isso seu texto tornou-se muito completo, além de já ser interessante de ser lido.

Comentário por 120

Proposta 4
para 142

Na sua primeira versão, senti que você não explicava muito a sua experiência com leitura - ela se limitava ao primeiro parágrafo. Achei muito bom que, na sua reescrita, logo após abordar os fundamentos teóricos, você falou um pouco mais da sua experiência - dessa forma, você relembrou o leitor (pelo menos eu) do que você tinha presenciado. 
A única recomendação que eu teria é dizer de onde você tirou a informação do fim do primeiro parágrafo, que fala acerca da década de setenta (aliás, uma coisa ficou confusa: por que você se refere à década de setenta? Você viveu essa experiência nessa época? Eu acharia bom explicar, assim essa informação não ficaria tão distanciada do que está sendo tratado no texto). 
Sua evolução foi muito boa! Parabéns, 142! 

Comentário por 172

Comentário aluno 172 para o aluno 183: Ensinamentos do livro Pollyanna
A quarta proposta traz como objetivo a elaboração de um memorial de experiências com a leitura, ao qual os alunos deveriam relacionar com o material teórico disponibilizado pela professora. Entretanto, o texto enviado pelo aluno 183, “Ensinamentos do livro Pollyanna”, não cumpre com a proposição.
Vê-se que tanto na primeira quanto na segunda versão, não há muitos relatos sobre a experiência em si, eles são bastante vagos. O texto foca mais em falar sobre o que a obra que o autor lera na infância se tratava, do que qual fora o resultado daquela experiência com a leitura. Há uma falta, também, de embasamento teórico. O autor poderia ter se obstinado a explicar mais profundamente porque aquela fora uma leitura difícil e como superou essas dificuldades para compreender aquele novo formato de texto, além de explicar mais detalhadamente o efeito que essa leitura teve em sua pessoa.

Comentário por 148

  • Proposta 4 (aluno 129)
O aluno 129 cumpre bem com a proposta de relatar uma experiência de leitura e mantém a unidade temática durante todo o texto. No entanto, como se trata de um memorial, acredito que seria bom acrescentar algumas particularidades que revelassem mais sobre o autor e também dar exemplos para o leitor criar imagem do que é classificado como "incrível", por exemplo. Poderiam ter sido citados, também, quais poemas foram lidos, mas seria só uma sugestão. No mais, o aluno conseguiu melhorar a relação dos textos teóricos com sua experiência na reescrita, seguindo o parecer. 

Comentário por 148

  • Proposta 3 (aluno 141)
O aluno consegue trazer peculiaridades suficientes para agregar ao questionamento sem, no entanto, perder a objetividade. A unidade temática está bem construída, porém minha única sugestão seria focar mais no tema de "como comer uma pipoca sem fazer barulho", o qual acabou ficando um pouco restrito apenas aos últimos parágrafos. Ademais, o texto está bem escrito e foi capaz de entreter até o seu final, principalmente após a troca de título sugerida pelo parecer. 

Comentário por 150

Proposta2
Aluno 137

Na primeira versão é possível identificar o aprendizado, mas a história e personagens não foram bem desenvolvidos o que dificultou para entender de fato a importância deles. Fui surpreendida na reescrita com a mudança da história. Com personagens mais desenvolvidos, as informações fornecidas ao leitor contribuíram para a compreensão do texto. Todos os fatos citados foram a favor do aprendizado que a história narrada causou no autor.

Comentário por 150

 Comentário: A primeira versão tem muitos fatos sendo apresentados ao leitor, nenhum foi bem desenvolvido a ponto de mostrar a importância dele para o relato. Quando narra o primeiro momento que foi apresentada à escrita falta concretude, o que me deixou meio confusa para compreender o texto. Creio que a peculiaridade esteja nos fatos narrados no segundo momento, no qual passa a entender a escrita como forma de expressão, o que poderia ter sido o foco do texto.
Na segunda versão já foi possível perceber a importância de todas as informações citadas para a construção da unidade temática. A parte em que o blog é mencionado é o que chama atenção, ter elaborado mais ela na reescrita contribuiu para a peculiaridade, e a entender melhor a visão de escrita como forma de expressão.

Comentário por 175

comentário proposta 4 (167):
Após a leitura da primeira versão, do parecer e da reescrita do texto percebo uma evolução na sua organização o que deixa o leitor melhor situado e por conseguinte mais interessado. Gostei muito da forma sutil como memórias tão pessoais foram relacionadas com referências teóricas.

Comentário por 175

comentário proposta 3 (182):
A primeira versão estava muito bem escrita, porém concordo com o parecer quando ele diz que o texto cumpre com a função descrição de maneira muito sutil, então na reescrita foram feitas as correções exatas que deixam mais claro que o texto trata da descrição de um processo, assim o escritor entendeu muito bem as orientações e modificou seu texto deixando-o ainda mais interessante.

Comentário por 146

Proposta 3 - aluno 136


Na primeira versão da proposta 3 você resume num único parágrafo o acontecimento da ida ao cinema, a consequente compra da pipoca e seu consumo (que poderia ter sido melhor desenvolvida, passo a passo, segundo as normas da descrição).
A reescrita apresenta objetividade em relação ao local descrito (cinema), possibilitando ao leitor imaginar o modo como você vê este lugar, ao mesmo tempo em que há concretude em sua perspectiva do que ocorre na sala de cinema, para que o leitor possa confrontar/comparar com o que conhece.
Contudo, você poderia explorar melhor o parágrafo final, tentando descrever as etapas de quando mastiga a pipoca e imagina os "barulhos ensurdecedores" em sua mente.

Comentário por 162

Proposta 3
Comenta 149
1 versão:
Gostei muito que processo que o seu texto descreve, o de curar uma ressaca, está diluído em meio a uma narrativa com personagens e cenários desenvolvidos. Além da descrição do processo, você contou uma história de uma maneira muito divertida. O texto possui unidade temática, objetividade, concretude e questionamento. Sinceramente, adorei!
2 versão:
Nessa segunda versão, percebi que você deu mais atenção a descrição do que a narração, o processo de curar a ressaca é descrito de forma mais aprofundada e prolongada. Tendo em mente que essa era a proposta, essa versão parece cumprir o objetivo de descrever um processo de forma mais efetiva. Tenho que admitir, no entanto, que gostei mais da introdução da primeira versão. Me parece que as informações dadas no início desse texto não estão tanto à serviço da proposta de descrever o processo de curar a ressaca. Na primeira versão você já começa falando que Luís era uma das pessoas com a tal ressaca, nesse ponto, acredito que a primeira versão possuía um questionamento, um engajamento maior para com o leitor.

Comentário por 162

Proposta 2
Comenta 155
1 versão:
A linguagem foi essencial para criar a atmosfera de uma rotina corrida. O modo atropelado, rápido e incessante, que você narrou o seu cotidiano estava à serviço do tema do texto. Entretanto, parece ter faltado um gancho que ajudasse o leitor a mover forças para terminar sua história. Além disso, tanto a parte em que você narra a cena do senhor e da criança, tanto a parte que você reflete sobre ela continuam no mesmo ritmo acelerado. Acredito que você poderia ter explorado com mais calma a cena e o aprendizado gerado.
2 versão: 
Nessa segunda versão a cena que lhe causou um aprendizado e o próprio aprendizado em si são bordados com mais atenção. Gostei muito do choque de ambientação entre o primeiro e o segundo parágrafo, demonstrando a diferença de consciência do narrador sobre a sua vida e privilégios.

Comentário por 162

Proposta 1
Comenta 175
1 versão:
Sua primeira versão expõe de forma clara a sua jornada pela escrita, porém, não possui unidade temática. A falta dessa qualidade discursiva faz com que o texto parece apenas uma listagem cronológica e não prenda o leitor.
2 versão:
Nessa segunda versão percebi que você teve um avanço muito significativo, focando especialmente no diário que sua mãe fez para você quando criança. Como esse tema foi abordado de maneira aprofundada, o texto passou a ter unidade temática e engajar mais o leitor. Na segunda versão também é respondida de forma efetiva a questão de como você começou a escrever. Ficou muito legal!

Comentário por 180

Proposta 4
Aluno 174
O aluno escolheu apresentar a sua experiência com o livro "O Mundo de Sofia", e, de fato, construiu um belo memorial relatando o que ocorreu antes, durante e após a leitura deste livro. Percebemos no texto a importância que o livro representa para o autor, e ele descreve os fatos com objetividade e constrói imagens concretas para que o leitor compreenda a mensagem do texto. Eu particularmente gostei bastante do memorial pois este livro também foi muito importante para a minha formação como leitora.

Comentário por 149

Aluno 130- 4ª proposta:

Seu texto é bem objetivo e concreto. Ele situa o espaço, que é o sarau literário da sua escola, e há um processo principal, que descreve qual foi sua aprendizagem ao se preparar para a leitura em voz alta dos poemas, e o que isso influenciou na sua concepção sobre o ato de ler.

Comentário por 149

Aluno 142- 3ª proposta:

Seu texto descreve de uma forma descontraída e divertida o processo de consumir a pipoca, com uma peculiaridade na descrição e com o ponto de vista do texto claro e objetivo. 

Comentário por 149

Aluno 132- 2ª proposta:

Seu texto é bem impactante. Ele consegue despertar a imaginação do leitor e provocar a mesma sensação de angústia relatada pelas personagens principais, dando um toque bem realista para a história. A partir da reescrita, se observa melhor a concretude.

Comentário por 176

PROPOSTA 4
Aluno 169
Como informa o parecer, você manteve uma unidade temática bem clara ao longo do seu texto, informando ao leitor sobre sua experiência com o que você nomeia de “verdadeira leitura”. Você seguiu as sugestões do parecer para aprimorar sua organização textual, alcançando esse objetivo. Sua relação com a leitura é muito interessante, pois sozinho você conseguiu perceber o quanto ela é importante em diversas situações.

Entretanto, seu último parágrafo me provocou certa confusão, não pude compreendê-lo bem, talvez pela forma como você organizou suas ideias, exigindo mais de uma leitura nele. Além disso, talvez o ponto de interrogação no seu título não seja necessário, pois seu “aprendizado tardio” é confirmado durante sua história.

Comentário por 118

produção 2 do aluno 141

Achei o texto muito interessante e muito instigante. Na reescrita vários dos fatores apontados no parecer foram modificados, fazendo com que o texto ficasse mais refinado e atrativo para leitura. No entanto, ao retirar muito dos “pai” e muitos dos “padre” em alguns momentos me pareceu haver muitas referências a “ele” e que em uma leitura mais descompromissada pode ter um entendimento dúbio (ainda mais porque "pai" e “padre” em alguns contextos tem o mesmo sentido).

Comentário por 118

produção 1 do aluno 128

Como apontado no parecer a primeira versão acaba abordando assuntos tangenciais aos da proposta fazendo com que o objetivo do texto fique um tanto perdido. Na reescrita esse objetivo fica mais evidenciado no texto, no entanto, a escrita do último parágrafo me soou redundante, pois parece haver uma repetição da reflexão contida no parágrafo anterior.

Comentário por 167

PROPOSTA 4
PARA ALUNO 178

Achei bastante interessante o fato de você ter trazido uma só memória importante da sua trajetória e como conseguiu construir o texto sem desviar disso. É um texto contagiante! A leitura fluiu me fazendo querer descobrir mais sobre o seu momento de redescoberta e o texto contemplou essa minha espera. Por fim, essa frase me foi bastante inspiradora: "[...] percebi que é possível transcrever sensações, viver uma fantasia com a mesma cara de realidade com que se vive na infância". 

Comentário por 170

COMENTÁRIO PROPOSTA 4 182
Na primeira versão do seu texto, não há uma unidade temática. A introdução ficou com certa cara de desenvolvimento, trazendo inclusive uma citação nela. Já na reescrita, acredito que a citação da sua conclusão poderia ter sido inserida em outro parágrafo, e o seu quinto parágrafo fosse adicionado a conclusão do texto.
No entanto, sua memória ficou muito bem reescrita, eu gostei muito! E acredito que a unidade temática esteja agora evidente para qualquer leitor. Você contou dois momentos de sua vida, que possuem total ligação, e conseguiu realizar isso muito bem!

Comentário por 170

COMENTÁRIO PROPOSTA 3 180
O processo na primeira versão do seu texto poderia ter sido mais elaborado, descrevendo-o com mais detalhes. Senti falta, também, de uma conclusão, pois o último parágrafo ainda apresenta um passo do processo. Entretanto, na reescrita, percebi uma melhora nestes quesitos. Gostei da configuração do texto, tendo um parágrafo para cada passo e um para a conclusão!

Comentário por 170

COMENTÁRIO PROPOSTA 2 121
Os dois textos fizeram com que eu ficasse totalmente presa nele e na história da Tia Jaluza, tendo muita concretude e questionamento! Gostei da reorganização dos parágrafos feita na reescrita, assim como a configuração dada ao novo texto em geral.
Acredito que a unidade temática ainda tenha ficado um tanto quanto escondida, mas a história ficou bem narrada e faz o leitor se ambientar no texto, até pelo fato de que muita gente pode se identificar com a conclusão.

Comentário por 170

COMENTÁRIO PROPOSTA 1 180
Notei que na primeira versão do seu texto, a introdução possuía muitas informações e depois elas não foram desenvolvidas. Na reescrita, portanto, o leitor nota desde o início que o texto abordará um fato: o concurso de redação e poesia.
Apenas penso que a conclusão poderia ter sido separada, e algumas ideias dela fossem para o desenvolvimento do texto, pois ela traz várias ideias novas e que poderiam ter sido mais desenvolvidas também!

A descoberta de leitura como um mundo novo

Aluno 150
Reescrita


Para muitos a leitura tem significados diferentes, de acordo com o propósito para o qual ela está sendo utilizada. Antes, por volta dos anos 60, era entendida como “extração de significado”; usada para o aprendizado da gramática, porém, alguns leitores apresentavam dificuldades para entender o texto e outros não. Então, em 1970, passou a ser percebida como “atribuição de sentido”, onde o centro era o leitor e as experiências dele que influenciavam na interpretação; mas, o texto em si era deixado de lado. Na década seguinte entendia-se leitura como “integração”, onde consideravam o leitor e o texto, e a relação entre eles; todavia, um fator foi  esquecido: o autor. Nos anos de 1990 surge a concepção de leitura como “prática social”, tanto o leitor quanto o texto e o autor eram considerados; a relação entre os três apresentava a quem lia uma maneira de se posicionar à respeito do que estava sendo tratado. No texto A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento a autora, Lucia Rottava, explica o que seria a leitura como prática social:
“É uma leitura que envolve o propósito de que ler é utilizar-se  da linguagem para determinado objetivo, bem como para alguém e em certas circunstâncias. A leitura está ligada a diferentes propósitos do leitor que, por sua vez, estão ligados ao contexto situacional e às expectativas sociais.” (ROTTAVA, Lucia. A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, 2000, p. 14)
A partir dessa última concepção, foi inevitável recordar de quando a leitura começou a ser introduzida dessa maneira na minha vida. Ela me levou à uma lembrança que tenho, de quando tinha 6 anos e estava na primeira série (hoje, segundo ano do fundamental) e li o livro Sofia descobre as palavras, da autora Adri Weber: Onde eu estudava era muito comum aparecer empresas, na maioria editoras, vendendo seus produtos. Em uma dessas ocasiões fizeram propaganda do livro Sofia descobre as palavras, só o título dele me chamou muita atenção, porque tinha tudo a ver com o que eu estava vivendo naquele momento. Na tarde seguinte eu estava muito inquieta e feliz, não via a hora do senhor, que vendia os livros, aparecer para eu comprar o meu. Quando ele finalmente chegou, fui a primeira a correr ao encontro dele para ter logo o livro em mãos; depois que entreguei o dinheiro e recebi o exemplar não pude conter o enorme sorriso que se formou em meus lábios, o qual eu antes sentia vergonha por conta de uma “porteirinha” entre os dentes, causada pela troca dos mesmos (dos de leite para os permanentes), comum naquela idade.
Então, a ansiedade passou a ser por outro motivo: eu queria voltar imediatamente para casa, assim finalmente poderia ler o meu livro novo. Assim que cheguei, comecei a ler ele, e logo nas primeiras páginas me identifiquei com a protagonista, a Sofia. A personagem era muito parecida comigo em vários aspectos: gostava de brincar no quintal com o seu cachorrinho, estava na mesma série que eu e aprendia as mesmas coisas… mas o que mais havia me chamado a atenção foi o fato de Sofia ter desenvolvido, ao longo da narrativa, o mesmo amor que eu tinha pela leitura. Todo esse sentimento, que tanto ela quanto eu tínhamos pelas palavras, foi incentivado da mesma maneira: não só as leituras em sala de aula, eramos incentivadas família ajudávamos nas compras ao ler o nome dos produtos no supermercado. Novamente, no texto A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, Lucia Rottava discorre sobre isso:
“De outra perspectiva, a família também não deve deixar somente para a escola o papel de despertar, incentivar e motivar a leitura. Grande parte dessa responsabilidade é também dos pais, que devem proporcionar aos seus filhos o acesso às publicações e incentivá-los à leitura. Além disso, a família precisa ter presente a ideia de que a leitura perpassa todas as ações e tarefas realizadas dentro de casa, tais como ler o rótulo de um alimento, ler um manual de instrução, uma revista ou jornal, dentre outras, bem como incentivar a prática constante da escrita.” (ROTTAVA, Lucia. A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, 2000, p. 13)
Então, através de todos esses incentivos, Sofia passa a ler frases cada vez maiores até chegar aos livros. Todos os processos pelos quais ela passou, foram os meus que eu precisei passar, cada vez mais eu fui me enxergando naquela personagem. Depois, ela começou a anotar palavras novas em um caderninho e a escrever narrando histórias; isso me inspirou a fazer o mesmo, porém não tive muita sorte com a narrativa apesar de ter pego o costume de anotar, não só palavras novas, mas qualquer coisa que achasse importante. O final do livro era, nada mais nada menos, uma frase que refletia todo o meu sentimento sobre a leitura: “Depois que aprendeu a ler e escrever, a vida de Sofia ficou muito mais animada!” (WEBER, Adri. Sofia descobre as palavras, 2005, p. 14).
Esta lembrança, que eu ainda guardo nítida na memória, mostra que a leitura leva em consideração não só o leitor, ou o texto, ou o autor, mas a relação que existe entre eles. Ela não serve somente para decodificar uma mensagem, uma informação, ela faz com que o leitor reflita, se identifique, se posicione, se questione. Ela envolve aspectos muito além dos linguísticos ou gramaticais, também envolve e desperta sentimentos em quem lê: os quais são transmitidos do autor para o texto e do texto para o leitor, estabelecendo a relação citada anteriormente.

Referências:
ROTTAVA, Lucia. A importância da Leitura na Construção do Conhecimento. In: Espaços da Escola. Ijuí: Editora Unijuí. 2000.
WEBER, Adri. Sofia descobre as palavras. Nova Santa Rita: Editora Borboletas. 2005.

Parecer_Aluno150

Proposta 4
O primeiro parágrafo do seu texto traz as concepções de leitura através do tempo; o segundo, algumas informações sobre a fase de iniciação à leitura, que se conectaria à concepção de leitura da década de 60; o terceiro parágrafo, assim como os seguintes, trata de um episódio de leitura marcante. É visível que você conecta a experiência narrada aos conceitos destacados na introdução. No entanto, atente à distribuição de informações, assim como à estruturação dos parágrafos. 
Exemplificando: note que, para retomar o que foi dito no primeiro e no segundo parágrafo você utiliza a expressão “essas concepções/ essas reflexões me fizeram recordar de...”, o que dá a ideia de que você iniciará uma nova narração, inspirada no que foi dito, mas não conectada por um fio condutor. Além disso, pense em quais são as informações realmente relevantes ao tema: a experiência marcante com Sofia descobre as palavras e como isso se associa às concepções de leitura. 
Minha sugestão é que você, ao introduzir conceituando leitura, já destaque que seu episódio com o livro de Adri Weber foi uma primeira experimentação de leitura como prática social e, a partir daí, inicie a narração da experiência. Assim, você estará focada na mesma unidade temática, e não dividindo o texto em partes autônomas. Não me parece necessário que se fale sobre a escola (alfabetização), como é feito no segundo parágrafo. O foco aqui é claramente a relação com a leitura do livro e o incentivo da família, que conversa com conceitos teóricos trazidos por você. 


Me pareceu muito interessante a sua relação com a personagem do livro e as conexões que você encontra com ela durante e após a leitura. Sugiro que você mantenha esse enfoque, dando prioridade à narração da leitura propriamente dita – os momentos antes de iniciá-la não precisam ser descartadas, mas são secundárias. 
Não esqueça de revisar as normas para formatação do trabalho: as citações devem ter espaçamento entrelinhas simples, separado do parágrafo anterior e posterior por 1,5 de espaçamento. Além disso, adicione, ao final do texto, as referências indicando autor e dados da obra citada no decorrer do trabalho. 
Retomando: sugiro que você leve em conta somente as informações relevantes ao episódio que quer narrar. A partir dessa reflexão, você selecionará os conceitos que conversam com sua experiência para, então, relacioná-los durante a narração. Além disso, revise o texto de modo que esteja de acordo com as regras para uso de citações e referências.

Boa reescrita!

A descoberta de leitura como um mundo novo

Aluno 150
1 Versão


Para muitos a leitura tem significados diferentes, de acordo com o propósito para o qual ela está sendo utilizada. Antes, por volta dos anos 60, era entendida como “extração de significado”; usada para o aprendizado da gramática, porém, alguns leitores apresentavam dificuldades para entender o texto e outros não. Então, em 1970, passou a ser percebida como “atribuição de sentido”, onde o centro era o leitor e as experiências dele que influenciavam na interpretação; mas, o texto em si era deixado de lado. Na década seguinte entendia-se leitura como “integração”, onde consideravam o leitor e o texto, e a relação entre eles; todavia, um fator foi  esquecido: o autor. Nos anos de 1990 surge a concepção de leitura como “prática social”, tanto o leitor quanto o texto e o autor eram considerados; a relação entre os três apresentava a quem lia uma maneira de se posicionar à respeito do que estava sendo tratado. No texto A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento a autora, Lucia Rottava, explica o que seria a leitura como prática social:

“É uma leitura que envolve o propósito de que ler é utilizar-se  da linguagem para determinado objetivo, bem como para alguém e em certas circunstâncias. A leitura está ligada a diferentes propósitos do leitor que, por sua vez, estão ligados ao contexto situacional e às expectativas sociais.” (ROTTAVA, Lucia. A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, 2000, p. 14)

A partir de todas essas concepções, foi inevitável recordar de quando a leitura começou a ser introduzida na minha vida. Mesmo antes de entrar na escola meus pais já liam e compravam livros para mim, acredito que o objetivo deles era despertar o meu interesse pela leitura. Na escola o mais comum era ter contato com ela na sala de aula através da alfabetização que “significa apenas a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever” (Lucia Rottava, 2000, p. 12), o que se assemelha com a visão que tinham na década de 1960. Depois que passei por esse processo um novo conceito começou a ganhar espaço: o letramento, que segundo Lucia Rottava (2000, p .12) “diz respeito à condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce”, praticando mais a leitura e através dela produzindo algo com a escrita.
Todas essas reflexões me levaram à uma lembrança que tenho, de quando tinha 6 anos e estava na primeira série (hoje, segundo ano do fundamental): Onde eu estudava era muito comum aparecer empresas, na maioria editoras, vendendo seus produtos. Nessa época eu já era apaixonada pelas histórias e pelos livros, então, sempre que aparecia algum desses vendedores eu ficava muito ansiosa para saber das novidades do mercado literário infantil. Em uma dessas ocasiões fizeram propaganda do livro Sofia descobre as palavras, da autora Adri Weber, só o título dele me chamou muita atenção, porque tinha tudo a ver com o que eu estava vivendo naquele momento. Neste dia eu cheguei em casa animada para contar sobre ele aos meus pais e pedir que o comprassem para mim. Na tarde seguinte eu estava muito inquieta e feliz, não via a hora do senhor, que vendia os livros, aparecer. Quando ele finalmente chegou, fui a primeira a correr ao encontro dele para ter logo o livro em mãos; depois que entreguei o dinheiro e recebi o exemplar não pude conter o enorme sorriso que se formou em meus lábios, o qual eu antes sentia vergonha por conta de uma “porteirinha” entre os dentes, causada pela troca dos mesmos (dos de leite para os permanentes), comum naquela idade.
Então, a ansiedade passou a ser por outro motivo: eu queria voltar imediatamente para casa, assim finalmente poderia ler o meu livro novo. Logo que cheguei, nem quis saber de comer alguma coisa, não aguentava esperar mais um só minuto para dar início à leitura desta nova história. Eu fui para o banheiro e tomei meu banho, vesti meu pijama favorito de ursinhos, e em seguida me dirigi ao meu quarto. Enquanto me ajeitava na cama não conseguia parar de sorrir tamanha era a minha alegria e animação. Enfim comecei a ler ele, e logo nas primeiras páginas me identifiquei com a protagonista, a Sofia. A personagem era muito parecida comigo em vários aspectos: gostava de brincar no quintal com o seu cachorrinho, estava na mesma série que eu e aprendia as mesmas coisas… mas o que mais havia me chamado a atenção foi o fato de Sofia ter desenvolvido, ao longo da narrativa, o mesmo amor que eu tinha pela leitura. Todo esse sentimento, que tanto ela quanto eu tínhamos pelas palavras, foi incentivado da mesma maneira: não só as leituras em sala de aula, eramos incentivadas família ajudávamos nas compras ao ler o nome dos produtos no supermercado. Novamente, no texto A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, Lucia Rottava discorre sobre isso:

“De outra perspectiva, a família também não deve deixar somente para a escola o papel de despertar, incentivar e motivar a leitura. Grande parte dessa responsabilidade é também dos pais, que devem proporcionar aos seus filhos o acesso às publicações e incentivá-los à leitura. Além disso, a família precisa ter presente a ideia de que a leitura perpassa todas as ações e tarefas realizadas dentro de casa, tais como ler o rótulo de um alimento, ler um manual de instrução, uma revista ou jornal, dentre outras, bem como incentivar a prática constante da escrita.” (ROTTAVA, Lucia. A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, 2000, p. 13)

Então, através de todos esses incentivos, Sofia passa a ler frases cada vez maiores até chegar aos livros. Todos os processos pelos quais ela passou, foram os meus que eu precisei passar, cada vez mais eu fui me enxergando naquela personagem. Depois, ela começou a anotar palavras novas em um caderninho e a escrever narrando histórias; isso me inspirou a fazer o mesmo, porém não tive muita sorte com a narrativa apesar de ter pego o costume de anotar, não só palavras novas, mas qualquer coisa que achasse importante. O final do livro era, nada mais nada menos, uma frase que refletia todo o meu sentimento sobre a leitura: “Depois que aprendeu a ler e escrever, a vida de Sofia ficou muito mais animada!” (WEBER, Adri. Sofia descobre as palavras, 2005, p. 14).
Esta lembrança, que eu ainda guardo nítida na memória, mostra que a leitura leva em consideração não só o leitor, ou o texto, ou o autor, mas a relação que existe entre eles. Ela não serve somente para decodificar uma mensagem, uma informação, ela faz com que o leitor reflita, se identifique, se posicione, se questione. Ela envolve aspectos muito além dos linguísticos ou gramaticais, também envolve e desperta sentimentos em quem lê: os quais são transmitidos do autor para o texto e do texto para o leitor, estabelecendo a relação citada anteriormente.


Antes remediar do que prevenir

Aluno 150
Reescrita


Quando você se der conta já é sábado… ou seria domingo? Difícil ter certeza disso depois da noite passada. Uma longa noite ao lado dos amigos em uma festa. Estavam todos muito animados; o lugar era agitado; tinha música boa, daquelas que não deixam a gente ficar parado um só minuto; a única iluminação era das luzes piscantes e coloridas, que se vê em baladas mesmo. O calor do momento impediu lembrar de intercalar um copo de água com outro de cerveja, tudo para evitar a maldita ressaca. Mas ela está aí e no dia seguinte você precisa trabalhar… ou não, afinal é sábado ou domingo? Enfim, existem diversos métodos ensinando como evitá-la, mas mesmo assim isso parece algo impossível. Por esse motivo é mais válido uma explicação de como agir, o que fazer para se livrar dela.
A ressaca tem efeitos diferentes no corpo de cada pessoa: uns sentem enjoo, como se tivessem comido algo que não fez bem; outros dor de cabeça, daquelas que surge depois de uma noite mal dormida; dores pelo corpo, como as que sentimos ao fazer exercício físico pela primeira vez… e por aí vai uma longa lista de sintomas. Mas vamos lá, você chega em casa cansado da festa e vai direto para o seu quarto deitar, ou fica pelo sofá da sala mesmo, só vai sofrer com isso no dia seguinte. Ao acordar percebe que na noite passada acabou ficando pela sala da casa. Em seguida, ao levantar sente uma ânsia, nesse caso o melhor a fazer é deixar que venha, sem medo. Depois vá até o banheiro tomar um banho, pode deixar que a água escorra pelo corpo, não se preocupe em ser rápido, pois nessa situação quanto mais demorado melhor (mas também cuide para não exagerar). É lógico que após tudo isso você estará com o estômago vazio, então vá até a cozinha e coma algo leve para recuperar as energias: torrada, biscoito… e é claro, beba muita água.
Você deve estar se perguntando: não deveria ir até o armarinho, que fica perto do fogão, pegar um remédio e tomá-lo antes de tudo isso? Pois é, os analgésicos ajudam, porém é importante seguir aqueles passos antes de tomar algum comprimido. Assim que tiver feito tudo isso, por mais que se sinta muito bem, procure descansar porque se fizer algo que demande muitos movimentos, muita agitação é provável que o mal estar retorne. Então separe um copo de água, mais algumas torradas e vá até a sala ou quarto para relaxar, de preferência onde você se sente mais confortável para relaxar. Vista roupas confortáveis e deite-se.
São algumas dicas que não costumam falhar quando o assunto é ficar livre de uma ressaca. Além do mais tenho certeza que depois de se deitar na cama do seu quarto e ligar a televisão, caso não pegar no sono, notar que está passando “Domingão do Faustão” vai finalmente situar você no tempo.

Parecer_Al150

Proposta 3

Seu texto cumpre com a proposta de descrever o processo de cura de uma ressaca, é bem estruturado e os parágrafos são bem motivados. Minha sugestão, no entanto, refere-se ao espaço do que é descrito. Eu diria para você explorar mais, dar mais detalhes sobre os ambientes. Lembre-se que essa proposta tem como fator importante situar o espaço do que se descreve: como é? O que acontece?
Pense em como poderia contar ao leitor detalhes sobre o processo. Acredito que você pode investir nesse fator principalmente ao descrever o período do momento em que se chega da festa até o momento de descansar. Quem sabe você conta mais sobre as sensações, o que acontece nessas etapas?
Boa reescrita!

Antes remediar do que prevenir

Aluno 150
1 Versão


Quando você se der conta já é sábado… ou seria domingo? Difícil ter certeza disso depois da noite passada. Uma longa noite ao lado dos amigos em uma festa, onde o calor do momento impediu lembrar de intercalar um copo de água com outro de cerveja, tudo para evitar a maldita ressaca. Mas ela está aí e no dia seguinte você precisa trabalhar… ou não, afinal é sábado ou domingo? Enfim, existem diversos métodos ensinando como evitá-la, mas mesmo assim isso parece algo impossível. Por esse motivo é mais válido uma explicação de como agir, o que tomar para se livrar dela.
A ressaca tem efeitos diferentes no corpo de cada pessoa: uns sentem enjoo, outros dor de cabeça, sono, dores pelo corpo… e por aí vai uma longa lista de sintomas. Mas vamos lá, você chega da festa e se deita, só vai sofrer com isso no dia seguinte. Ao acordar já sente uma ânsia, nesse caso o melhor a fazer é deixar que venha, sem medo. Depois tomar um banho e deixar que a água escorra pelo corpo, não se preocupe em ser rápido, nessa situação quanto mais demorado melhor (também não exagere). É lógico que após tudo isso você estará com o estômago vazio, então coma algo leve para recuperar as energias: torrada, biscoito… e é claro, beba muita água.
Você deve estar se perguntando: não deveria tomar um remédio antes de tudo isso? Pois é, os analgésicos ajudam, porém é importante seguir aqueles passos antes de tomar algum comprimido. Assim que você tiver feito tudo isso descanse, por mais que se sinta muito bem, o melhor é parar e descansar. Se fizer algo que demande muitos movimentos, muita agitação é provável que o mal estar retorne. Então separe um copo de água, mais algumas torradas e vá até a sala ou quarto para relaxar. Vista roupas confortáveis, e deite-se.
São algumas dicas que não costumam falhar quando o assunto é ficar livre de uma ressaca. Além do mais tenho certeza que depois de se deitar e ligar a televisão, caso não for dormir, notar que está passando “Domingão do Faustão” vai finalmente situar você no tempo.

Comentário por 132

Comentário sobre a proposta 4 do aluno 153:
A primeira versão da proposta está bem escrita e traz um assunto interessante, fugindo daquele parâmetro esperado do início da leitura mesmo. O aluno optou por fazer um memorial de releitura, o que deu ao texto um caráter interessante e um ponto de vista peculiar ao leitor. Porém, a proposta pedia um embasamento teórico, e assim como dito no parecer, também percebi que o aluno somente utilizou uma fonte de referências, o que deixa esse ponto específico que fora pedido em segundo plano, tornando o texto mais uma narrativa do que um memorial embasado.

Apesar de constar no parecer uma opção a mais para embasamento teórico, o aluno optou por não utilizar, e acho que fez somente algumas mudanças sutis de vocabulário, o que não gerou grandes alterações entre as versões. Por conta disso, o texto continuou embasado de forma simples e vaga, mas com qualidade narrativa.

Comentário por 131

Segue o comentário sobre o aluno 148 - Proposta 4
Muito legal sua experiência  com os efeitos da leitura e a forma como você incluiu uma aprendizagem ao longo de sua narração, 148!  Além disso, o texto esta bem organizado e você fez boas relações com a teoria. A cronologia que você usa para contar guia o leitor ao longo do texto. Assim, acredito que conseguiste explorar bem a ideia de "não julgar pela capa", parabéns.

A mudança que vem de fora

Aluno 154
Reescrita


Um dia, conversando com um amigo mais velho, fui questionado acerca de minha escolha de curso no vestibular. A questão da decisão de profissão está presente durante toda a vida, mas, dado o caráter até então inusitado de ser obrigado a escolher um caminho que, tomado em detrimento de outros fecharia algumas portas e abriria outras, me encontrei desolado quando provocado a buscar minha proficiência. Era claro para mim que, se pudesse, estaria até o dia de minha morte estudando e compondo textos e músicas, mas como sustentar-me com a produção e consumo de arte? Afrontado por essa dúvida, percebi que não conhecia qualquer vocação própria que pudesse significar um trabalho rentável. Não soube responder a pergunta de meu amigo e essa foi por muito tempo uma preocupação voraz em minha vida. Simplesmente não me ocorria resposta razoável.
Li “A Morte de Ivan Ilitch” (1886), de Tolstói, aos 15 anos, e passou-se que me condoí profundamente pelo protagonista, que morre após ter descoberto que não fez durante a vida o que gostaria de ter feito, morrendo arrependido da vida que levou. A personagem fez um efeito devastador em mim, de forma que a experiência dessa leitura pareceu não ser obra do acaso, encaixando-se perfeitamente ao momento, como fosse algo que saísse do livro e invadisse a realidade: “(...) acredito que a leitura deva provocar no leitor uma reação. Essa, por sua vez, permitirá que sejam emitidas opiniões, pois aceitar ou recusar um assunto é, muitas vezes, o ponto de partida para a construção do conhecimento.” (ROTTAVA, 2000, p. 16). Após a leitura, percebi o que representaria para mim escolher um trabalho que a mim não fizesse sentido, senão a ganância por dinheiro, e pude decidir-me a tomar a decisão de dar importância primaz ao gosto pelo que faria.

"A leitura só é parte da construção do conhecimento como prática social que se insere nas práticas discursivas de que o leitor participa no cotidiano. (...) O que é, então, leitura como prática social? É uma leitura que envolve o propósito de que ler é utilizar-se da linguagem para determinado objetivo, bem como para alguém e em certas circunstâncias." (ROTTAVA, 2000, p. 13-14).
Tolstói criou uma personagem que trouxe à tona uma reflexão que me dizia respeito, que se encaixava na pergunta que eu fazia a mim mesmo, de modo que o fato de ter escolhido um curso pensando na importância que teria o gostar ou não daquilo que faria foi diretamente influenciado pela leitura do livro. Assim, me pareceu mais assertivo fazer o que me traria felicidade do que o que me traria retorno financeiro, de modo que se confirma a afirmação de Rottava (2000), de que ler é construir sentidos: "É a construção de uma mensagem, cujas intenções e significado são próprias desses interlocutores, onde se instala uma complexa rede de representações características de cada falante".























REFERÊNCIAS:

1 ROTTAVA, Lucia. A importância da leitura na construção do conhecimento. Espaços da Escola, ano 9, n. 35. p. 11-16. Editora Unijuí. Janeiro/março de 2000.

Parecer_Al154

PROPOSTA 4


No primeiro parágrafo você faz uma metáfora, não muito clara, relacionando escolha da profissão na infância e conhecimento prévio na leitura; no segundo parágrafo muda de assunto, trazendo algumas experiências de leitura na pré adolescência; retoma a questão da escolha de profissão no terceiro, dessa vez relacionando à realidade em que se encontrava – um terceiro assunto é apresentado; por fim, no quarto parágrafo, você aborda uma experiência de leitura que foi marcante pela reflexão acerca da escolha profissional.
A partir disso, perceba que seu texto não possui uma unidade temática, mas sim algumas reflexões acerca de concepções de leitura e uma pequena abordagem que relaciona sua vida. Me parece que a experiência mais marcante é a relatada apenas no final do texto, em relação a “A morte de Ivan Ilitch”. Quem sabe você narra esse episódio do início ao fim do texto, relacionando com os conceitos teóricos acerca de leitura?
Eu diria para você pensar “qual a experiência que quero narrar? Por quê? Como posso relacionar aos textos teóricos”. Me parece que uma possibilidade de resposta seria: a leitura de A morte de Ivan Ilitch, porque foi impactante no momento de decisão quanto à escolha de profissão, relacionando, assim, com os conceitos do(s) artigo(s) que leu, principalmente quando remetem à construção da subjetividade. Assim, informações/metáforas/conceitos teóricos que não sejam importantes para o entendimento desse episódio devem ser descartados, por serem irrelevantes.
Quanto à formatação do texto, é imprescindível que ele esteja justificado, e não alinhado à esquerda. Revise, também, a formatação de títulos nas referências. Boa reescrita!









A mudança que vem de fora

Aluno 154
1 Versão


Uma criança quando questionada sobre o que, em sua vida adulta, tomará por profissão, normalmente responde buscando páreos em seus gostos veementes no momento, ignorando questões que desconhece por possuir pouca experiência de vida. Prontamente responde “detetive!”, como se não houvesse nessa decisão inumeráveis considerações a serem levadas em conta, que não o gosto pelo ideal de detetive que foi inculcado em sua mente. Assim é a relação das pessoas com a leitura se, conforme Rottava (2000, p. 11), “A leitura como construção do conhecimento, portanto, deve ser autêntica, ou seja, vincular-se à realidade do leitor, responder a sua necessidade, suscitar-lhe interpretações livres e liberdade de aprendizado da língua.”, pois não se pode ansiar (da mesma forma que não se pode esperar de uma criança uma resposta coerente acerca de sua futura profissão) que, por exemplo, um leitor que desconhece a história soviética compreenda sua referência intrínseca em “A Revolução dos Bichos” (1945), de Orwell; da mesma forma que não se pode ler um texto escrito em inglês sem saber inglês.
Aos 13 anos acabei me aproximando da arte e me afastando da maior parte de meus amigos, de modo que tornou-se minha principal motivação na vida a interpretação daquilo que consumia. A literatura e a música se fizeram meu principal foco, motivo pelo qual passei a compreender o que via em meu cotidiano, a ver o que não via antes dessa inclinação. O que ocorria na escola, em minhas relações interpessoais, o que notava dentro de mim mesmo, e na sociedade, para tudo aquilo que via em minha vida, encontrava relações na literatura, seja Emil, de Demian (1919), descobrindo a diferença entre o mundo de sombras e o mundo de luz, onde estava protegido; seja na obstinação teimosa de Santiago, de O Velho e o Mar (1952), em pescar o imenso espadarte com quem batalhou até a morte; procurava conselhos em minhas leituras, procurava afirmações para poder me afirmar; poder encontrar resoluções que explicassem como agia ou como agisse: “A leitura só é parte da construção do conhecimento como prática social que se insere nas práticas discursivas de que o leitor participa no cotidiano” (ROTTAVA, 2000, p. 13)
A questão da escolha de profissão está presente durante toda a vida, mas, dado o caráter até então inusitado de ser obrigado a escolher um caminho que, tomado em detrimento de outros fechará algumas portas e abrirá outras, me encontrei desolado quando provocado a buscar minha proficiência. Era claro para mim que, se pudesse, estaria até o dia de minha morte estudando e compondo textos e músicas, mas como sustentar-me com a produção e consumo de arte? Afrontado por essa dúvida, percebi que não conhecia qualquer vocação própria que pudesse significar um trabalho rentável. Essa foi por muito tempo uma preocupação voraz em minha vida. Simplesmente não me ocorria resposta razoável.
Li “A Morte de Ivan Ilitch” (1886), de Tolstói, aos 15 anos, e passou-se que me condoí profundamente pelo protagonista, que morre após ter descoberto que não fez durante a vida o que gostaria de ter feito, morrendo arrependido da vida que levou. A personagem fez um efeito devastador em mim, de forma que a experiência dessa leitura pareceu não ser obra do acaso, encaixando-se perfeitamente ao momento, como fosse algo que saísse do livro e invadisse a realidade: “(...) acredito que a leitura deva provocar no leitor uma reação. Essa, por sua vez, permitirá que sejam emitidas opiniões, pois aceitar ou recusar um assunto é, muitas vezes, o ponto de partida para a construção do conhecimento.” (ROTTAVA, 2000, p. 16). Após a leitura, percebi o que representaria para mim escolher um trabalho que a mim não fizesse sentido, senão a ganância por dinheiro, e pude decidir-me a tomar a decisão de dar importância primaz ao gosto pelo que faria.
REFERÊNCIAS:
1 ROTTAVA, Lúcia. A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento. Espaços da Escola, ano 9, n. 35. p. 11-16. Editora Unijuí. Janeiro/março de 2000.