sexta-feira, 28 de julho de 2017

MEMORIAL DE LEITURA

Aluno 168
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Fui criado por uma família pouco afortunada, mas muito dedicada. Minha mãe e minha irmã foram os melhores exemplos para mim, minha mãe sendo uma mãe solteira trabalhadora e minha irmã sendo muito estudiosa e esforçada. Elas queriam que eu seguisse esse mesmo caminho, por isso me ensinaram a ler quando eu tinha apenas quatro anos de idade. De acordo com Rottava (2000), os pais devem dar aos filhos o acesso a livros e incentivá-los à leitura, perpassando as tarefas realizadas no dia-a-dia, tais como ler rótulos de alimentos ou manuais de instrução. Por sorte, fui muito incentivado à leitura pela minha família. Minha irmã havia me dado vários livros que ela lia quando era criança, incluindo clássicos como Os Três Porquinhos, A Bela e a Fera e A Gata Borralheira e também obras brasileiras como A Turma da Mônica e O Menino Maluquinho. Nessa época, os livros eram meus melhores amigos, eu passava a maior parte do tempo lendo na minha cama com uma pasta de livros ao meu lado. Eram muitos livros, cada um possuía uma história única e isso me fascinava. Os livros me mostravam coisas que eu não conhecia e me faziam querer entendê-las, por isso eu perguntava para minha mãe o significado das palavras e aprendia conceitos novos.
Ainda me lembro de um livro que eu gostava muito na época: Menina Bonita do Laço de Fita. O livro contava a história de uma menina negra e um coelhinho branco que a achava linda, por isso tentava ficar preto igual a ela. Várias passagens do livro exaltam a beleza dos traços africanos da menina, mas na época eu não percebia o que tudo aquilo significava dentro do contexto que vivemos. Foi só anos depois que eu entendi a importância desse livro na representatividade da diversidade étnico-cultural brasileira na literatura infantil.

Essa e muitas outras histórias contribuíram para a formação do meu caráter e despertaram minha curiosidade, fazendo com que eu desenvolvesse uma vontade de entender as coisas. Como diz Rottava (2000), a leitura deve provocar no leitor uma reação, que permitirá a criação de opiniões, e isto é muitas vezes o início da construção do conhecimento. Com isso, pode se dizer que os livros moldaram a pessoa que sou atualmente e me ensinaram a respeitar o próximo independente de sua opinião ou condição ou de nossas diferenças.

Referências
ROTTAVA, Lúcia. A importância da leitura na construção do conhecimento.  In Espaços da Escola, ano 9, n 35, p. 11-16, jan./mar.2000, Ed Unijuí.

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