Aluno 118
Reescrita
Uma importante marca da transição do mundo paternal para a esfera pública se constitui no aprendizado de amarrar os próprios calçados. O calçado consiste em um pedaço de tecido, lã, plástico ou couro que possui a função de proteger os pés humanos contra as intempéries do universo externo. Como principal função secundária podemos ainda citar a relação com a estética indenitária dos indivíduos. Uma importante tecnologia do calçado constituí-se como sendo o cadarço. Usualmente esse objeto assemelha-se a uma peça de cordão com as extremidades plastificadas. Podendo ser fabricados com tecidos sintéticos e, em sapatos mais refinados, de couro. Como provavelmente já deduzido, a principal função de um cadarço é a de ajudar na fixação de um sapato.
Para amarrá-los, primeiramente necessitamos de um calçado que prevê o uso do mesmo. Em segundo lugar é necessário que o cadarço esteja trançado corretamente no sapato, para isso o cordão deve ser passado pelas aberturas destinadas a ele. Para o trançamento começamos pegando o cadarço com os dedos indicador e polegar da mão dominante. Passamos o cadarço pelos dois orifícios basilares localizados, aproximadamente, na superfície central do sapato. Após a inserção é necessário que estiquemos as duas extremidades do cordão no sentido oposto à base do sapato, de maneira que as duas extensões de cadarço se assemelhem. Após isso, devemos pegar uma das extensões – novamente formando o ângulo de 90 graus do cadarço em relação às pequenas aberturas e com o dedo indicador e o polegar da mão dominante - coloque no orifício imediatamente acima e do lado oposto, formando ziguezague até acabarem os orifícios. Siga os mesmos passos com o outro lado do cadarço, sempre colocando o cordão um orifício à cima e alternando-o de lateral. Lembrando que é indispensável que haja sobras (parte do cadarço que não tenha sido trançada) para conseguir realizar o segundo processo do procedimento de amarrar o cadarço.
Com o trançar correto e com o calçado no pé chega a vez de amarrar os sapatos. Devemos inicialmente fazer um nó simples. Esse nó dá estabilidade para o próximo procedimento. O nó simples consiste em pegarmos o cadarço na altura equivalente a dois terços da porção, e, com uma metade do cadarço em cada mão, cruzá-los, passando-os um sobre o outro. Os dedões das duas mãos (mas um de cada vez) devem ser erguidos suavemente para conseguir que o cordão passe um sobre o outro facilmente. Para finalizar o nó simples, necessitamos tencionar os cordões do cadarço em sentidos opostos.
Com o nó simples atado, pegamos uma porção do cadarço próximo a ponta, e o dobramos em direção a base do sapato, formando um laço. Seguramos o laço com os dedos polegar, indicador e médio da mão dominante. Com a outra mão passamos o cordão que sobrou sobre o laço formado anteriormente (aconselhasse que o cordão seja passado próximo aos dedos indicadores). O dedo indicador da mão dominante deve se erguer para que o cordão consiga passar corretamente, ao mesmo tempo, percebemos que existe um orifício formado pelos cordões em que o dedo médio da mão dominante é o guardião. Com ajuda do dedo indicador precisamos empurrar o cordão que foi passado sobre a porção do cadarço dobrado no orifício guardado pelo dedo médio. Retiramos os dedos guardiões e puxamos as duas partes para sentidos opostos.
Repita a operação com o outro pé do calçado e está pronto, temos um par de sapatos amarrados. Agora temos um pedaço a mais de independência, obtemos o respeito necessário destinado aos adultos capazes de amarrar os próprios sapatos. Não perca ainda na próxima edição: como ver as horas de um relógio de ponteiro.
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