sexta-feira, 21 de julho de 2017

ALUNO 183
1 VERSÃO


Quando tinha onze anos, ganhei o livro Pollyanna de minha mãe pois ela havia lido mais ou menos nessa mesma idade e achava que também deveria lê-lo para incentivar minha leitura. Indo de acordo com Rottava(2000) de que incentivar a leitura não é apenas uma obrigação da escola, mas também da família. Lembro que aquela leitura era muito densa e difícil para mim, ainda mais comparando-a com os livros que eu lera antes, como as coleções infantis de livros de princesas, os quais comprava nas feiras do livro que meu colégio fazia todo ano, e que não passavam de vinte páginas normalmente.
O livro Pollyanna, da autora Eleanor H. Porter, do ano de 1913, foi o que mais me marcou dentre as leituras que fiz quando criança. Esta obra trata de uma menina, Pollyanna, que ficou órfã aos onze anos e teve de se mudar para morar com sua tia Polly. A tia era uma mulher severa e rude, que maltratava sua sobrinha algumas vezes, porém a menina passava por essas situações sem se afetar pois era muito otimista. Também, usava de uma brincadeira que fora ensinada por seu pai, o jogo do contente, o qual consistia em ver o lado positivo das coisas, para passar pelas situações sem se afetar, fato que transformou todos que estavam na sua volta em pessoas melhores e mais felizes, inclusive sua tia. Mesmo quando a Pollyanna é atropelada e perde os movimentos das pernas, que ela consegue recuperar com ajuda de um médico, ela mantém seu otimismo e não se deixa abalar.
No meu primeiro contato com o texto tinha alguma dificuldade para entender, provavelmente pela minha falta de experiências de leitura e pela falta de idade, que está de acordo com a ideia de conhecimento textual de Rottava(2000):
O conhecimento textual compreende o conjunto de noções e conceitos sobre os textos e, por essa razão, a pouca familiaridade com determinado assunto pode causar incompreensão.
, mas lembro-me que me sentia muito triste lendo por tudo que acontecia com a personagem principal. A proximidade das idades fazia com que me imaginasse no lugar dela e passando pelas mesmas situações, fato que me trazia vontade de parar de ler o livro algumas vezes, pois não percebia, naquela época, que Pollyanna conseguia lidar bem com as situações que passava. Apenas ficava angustiada imaginando como me sentiria se eu estivesse passando por aquelas situações, como perder os pais ou perder o movimento das pernas.
Entretanto não parei de ler o livro pois não queria desapontar minha mãe, que me deu o livro com tanto carinho. Seguindo a leitura, felizmente, pude conhecer toda a superação que a personagem passa e até tomá-la como exemplo durante minha infância, pois ela não aceita ficar triste e nem que as pessoas ao seu redor fiquem, o que dá força para ela superar sua paralisia, pois os amigos que vão incentivá-la a não desanimar, sendo um exemplo de amizade. Esse livro tem diversos fatores para ser selecionado para leitura, como, de acordo com os critérios de Rottava(2000), tema que pode ser de interesse para o público, nível de língua apropriado ao público infantil e pode ser usado em salas de aula.

Referências:

ROTTAVA, Lúcia. A importância da leitura na construção do conhecimento. Revista Espaços da escola, Ijuí, Editora UNIJUI, a.9, n.35, jan-mar, 2000, p11-p16.

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