sábado, 26 de abril de 2014

Tem um letreiro luminoso em cima de mim.

Reescrita
Aluno 1

             Uma vez uma amiga muito próxima me disse: a Amelia é um livro aberto. E eu acho que essa é a melhor definição sobre mim, porque, sem querer, eu exponho meus sentimentos, mas não me importo com que as pessoas saibam como foi meu dia, se estou nervosa ou feliz, e até gostaria de saber como foi o dia delas também, como elas estão.
             O que eu quero dizer com isso? Bem, para início de história, estou quase sempre feliz, não importa se o dia está chuvoso ou ensolarado, na maior parte dos dias vou estar sorrindo. Sendo assim, quando fico trise ou chateada, é perceptível. Fico de cara fechada e dou respostas curtas às pessoas. 
             Geralmente o que me deixa triste e chateada é ver a realidade do mundo, a frieza dele. Caminhar na rua em um dia de chuva e ver um mendigo sem proteção nenhuma, com frio e fome jogado embaixo de uma marquise. Isso me deixa frustrada , ainda mais, sabendo que estou, de certa forma, de mãos atadas e não posso fazer muito para ajuda-lo, além de dar umas moedinhas para ele comprar alguma coisa, que não sei se vai ser bebida alcoólica ou comida, ou um pedaço de pão.
             Sigo carregando comigo esses sentimentos de felicidade, tristeza ou frustração. Claro que eles variam e, como disse, na maioria das vezes estou feliz. É como se eu tivesse um letreiro luminoso em cima de mim que demonstram como estou naquele dia, mas que não está sempre aceso. Contraditório? Um pouco, mas deixe-me explicar melhor.
             O fato de eu ser um livro aberto ou de ter um letreiro luminoso (nem sempre aceso) em cima de mim não me faz ser totalmente compreensível, fácil de saber o que eu penso (às vezes nem eu mesma sei). Sou um letreiro luminoso nos dias em que estou triste, quando fico de canto. Quando estou feliz, sorrio o tempo todo e quando estou com nojinho de alguma coisa, cerro os olhos e encolho o rosto. Sou um livro aberto quando meu rosto traduz minhas emoções, aí o letreiro acende. 
             O fato do livro fechar e de o letreiro apagar não diminui a minha capacidade de expressar o que sinto e nem a minha curiosidade de saber sobre como as pessoas estão, se me perguntarem algo sobre minha vida, e me deixarem, conto toda a minha história e depois espero a pessoa me contar a dela, se ela não me contar, “puf!” o letreiro acende, é a minha cara de decepção, olho pra pessoa com a cabeça inclinada, esperando que ela me responda. Viu? Tradução de emoções através do meu rosto.

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