sexta-feira, 21 de julho de 2017

Ensinamentos do livro Pollyanna

Aluno 183
Reescrita


Quando tinha onze anos, ganhei o livro Pollyanna de minha mãe pois ela havia lido mais ou menos nessa mesma idade e achava que também deveria lê-lo para incentivar minha leitura. Indo de acordo com Rottava(2000) de que incentivar a leitura não é apenas uma obrigação da escola, mas também da família. Lembro que aquela leitura era muito densa e difícil para mim, ainda mais comparando-a com o que eu lera antes, como as coleções infantis de livros de princesas, que comprava na escola e os quais não passavam de vinte páginas normalmente.
Pollyanna era uma menina que ficou órfã aos onze anos e teve de morar com sua tia, uma mulher severa e rude. No meu primeiro contato com o texto tinha alguma dificuldade para entender, provavelmente pela minha falta de experiências de leitura e pela falta de idade, que está de acordo com a ideia de conhecimento textual de Rottava (2000, p.15):
O conhecimento textual compreende o conjunto de noções e conceitos sobre os textos e, por essa razão, a pouca familiaridade com determinado assunto pode causar incompreensão.
, mas lembro-me que me sentia muito triste lendo pelo o que acontecia com a personagem principal. A proximidade das idades fazia com que me imaginasse, no lugar dela, e passando pela mesma situação. E sentia que eu não conseguiria lidar do mesmo jeito que ela no seu papel porque ela se saía muito bem com os acontecimentos. A tática dela para passar por tudo era praticar o “jogo do contente”, que fora ensinada por seu pai, e consistia em ver o lado positivo das coisas. Mas, mesmo pequena, não acreditava que esse jogo seria suficiente para eu aceitar a perda dos pais, não haveria um lado positivo para mim, uma criança muito apegada à mãe.
As minhas dificuldades na leitura somadas ao enredo que me deixavam tristes e me davam vontade de deixar Pollyanna de lado, porém para não decepcionar minha mãe, felizmente, não parei de ler. Seguindo a leitura, pude conhecer outras superações que a personagem teve na obra, como a paralisia das pernas que ela sofreu após um atropelamento. No momento que ela não pode andar, as forças vêm dos amigos e familiares, os quais ela contagiou com o “o jogo do contente” e com seu otimismo. Esse foi o fato que tornou-a um exemplo na minha infância para me manter com pensamentos positivos e tentar incentivar as pessoas que estivessem no meu redor a fazer o mesmo.
Esse livro tem diversos fatores para ser selecionado para leitura, de acordo com os critérios de Rottava(2000), como: tema que pode ser de interesse para o público, nível de língua apropriado ao público infantil e pode ser usado em salas de aula. Além de ter muitos ensinamentos, em relação a como enfrentar os problemas da vida, que podem ser ensinados para o público infantil.

Referências:

ROTTAVA, Lúcia. A importância da leitura na construção do conhecimento. Revista Espaços da escola, Ijuí, Editora UNIJUI, a.9, n.35, jan-mar, 2000, p11-p16.

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