Aluno 182
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Quando era pequena, lembro de meu pai dizendo para mim que sempre faria de tudo para que eu e meu irmão pudéssemos estudar. E realmente, ele sempre fez de tudo. Mas não apenas para que eu e meu irmão estudássemos, mas para que minha mãe pudesse estudar também.
Com 41 anos, minha mãe tinha o sonho de poder cursar uma faculdade. Porém, com dificuldades financeiras da família, ela precisava trabalhar em dois empregos – o que dificultava muito, pois ela nunca estava em casa. Quando estava, mal tinha tempo para fazer suas coisas e também se sentia muito cansada. Mesmo assim, ela insistiu em seus objetivos: com o apoio de toda a família e a ajuda de meu pai, minha mãe começou a cursar Pedagogia. Trabalhava o dia inteiro, e à noite estudava. Dormia pouco, e no tempo livre que sobrava, fazia os trabalhos da faculdade. Meu pai cuidava de mim e de meu irmão ainda pequenos, atendia no pequeno comércio que tínhamos em nossa residência e até mesmo aprendeu a cozinhar. Lembro que quando meu pai viajava para trabalhar – pois também trabalhava como árbitro de futebol aos fins de semana – minha mãe me levava junto para o trabalho. Na época, minha mãe trabalhava no hospital, coisa que não me incomodava nem um pouco. Fazia de questão de passear pelos corredores e pela biblioteca, desbravando o lugar. Apesar de não ser o melhor lugar do mundo para um passeio, sempre dava um jeito de me divertir e guardo lembranças engraçadas, como o dia em que me levaram para um “passeio” até o necrotério devido à minha curiosidade de criança. Mesmo pequena, eu entendia que era difícil para meus pais conciliar tudo, principalmente a parte financeira. A preocupação de meus pais era que talvez minha mãe não conseguisse terminar a faculdade. Porém, com muito, mas muito esforço, hoje minha mãe é formada em Pedagogia, e agora meu pai com 60 anos, também quer terminar os estudos, já que não terminou de cursar o ensino médio. Todos esses acontecimentos me fazem refletir, hoje, que não há uma idade certa para adquirir qualquer tipo de conhecimento, e nem para ir atrás do que se quer realmente fazer.
Com 41 anos, minha mãe tinha o sonho de poder cursar uma faculdade. Porém, com dificuldades financeiras da família, ela precisava trabalhar em dois empregos – o que dificultava muito, pois ela nunca estava em casa. Quando estava, mal tinha tempo para fazer suas coisas e também se sentia muito cansada. Mesmo assim, ela insistiu em seus objetivos: com o apoio de toda a família e a ajuda de meu pai, minha mãe começou a cursar Pedagogia. Trabalhava o dia inteiro, e à noite estudava. Dormia pouco, e no tempo livre que sobrava, fazia os trabalhos da faculdade. Meu pai cuidava de mim e de meu irmão ainda pequenos, atendia no pequeno comércio que tínhamos em nossa residência e até mesmo aprendeu a cozinhar. Lembro que quando meu pai viajava para trabalhar – pois também trabalhava como árbitro de futebol aos fins de semana – minha mãe me levava junto para o trabalho. Na época, minha mãe trabalhava no hospital, coisa que não me incomodava nem um pouco. Fazia de questão de passear pelos corredores e pela biblioteca, desbravando o lugar. Apesar de não ser o melhor lugar do mundo para um passeio, sempre dava um jeito de me divertir e guardo lembranças engraçadas, como o dia em que me levaram para um “passeio” até o necrotério devido à minha curiosidade de criança. Mesmo pequena, eu entendia que era difícil para meus pais conciliar tudo, principalmente a parte financeira. A preocupação de meus pais era que talvez minha mãe não conseguisse terminar a faculdade. Porém, com muito, mas muito esforço, hoje minha mãe é formada em Pedagogia, e agora meu pai com 60 anos, também quer terminar os estudos, já que não terminou de cursar o ensino médio. Todos esses acontecimentos me fazem refletir, hoje, que não há uma idade certa para adquirir qualquer tipo de conhecimento, e nem para ir atrás do que se quer realmente fazer.
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