Aluno 129
Reescrita
No final do ano passado, tinha uma colega no meu trabalho que teve que tomar antibióticos fortes por conta de uma infecção na gengiva, porém esse remédio acabou anulando o efeito da pílula anticoncepcional que ela utilizava, e com isso ela engravidou.
Na época ela estava namorando e assim que o cara descobriu que seria pai ele desapareceu, pois não queria de jeito nenhum assumir a paternidade da criança. Então ele passou a não atender as ligações e sequer responder as mensagens que ela mandava, até bloqueá-la no Whatsapp ele fez.
Então ela se sentiu bem triste pois já tinha uma filha pequena e agora teria que ser mãe solteira de novo, só que não tinha boas condições para cuidar da criança, e a sua família não prestava a devida assistência a ela. Nesse mesmo período a irmã dela também engravidou, só que foi planejado e ela tinha um marido que apoiava e queria o bebê, sendo assim a minha colega ficou se sentindo bem deprimida pois queria que o mesmo tivesse acontecido com ela.
Como se não bastassem todas as dificuldades pelas quais ela estava passando, o obstetra disse-lhe que a gravidez era de risco, devido à instabilidade da sua pressão arterial, e até o momento já ocorreram quatro “tentativas” do bebê nascer de forma prematura.
Lá no local de trabalho todos já estavam sabendo da situação na qual ela se encontrava, e então começaram a ajudá-la diversos aspectos, como levar ela para o hospital quando o bebê quase nasceu no meio do expediente, ou até mesmo fazendo singelas doações. Percebendo que a colega possuía uma baixa condição de renda, seus colegas se propuseram a organizar um chá de bebê pra ela e conseguiram mobilizar bastante para ajudar, assim arrecadando várias roupinhas, fraldas e até um berço.
Toda essa situação fez com que as pessoas se tornassem praticamente uma família naquela empresa, e a mamãe coruja ficou muito grata por todo o auxílio prestado a ela. Foi a partir dessa ação solidária que comecei a perceber que as pequenas atitudes podem fazer uma diferença enorme na vida dos outros, e não importa se temos pouco dinheiro ou não, se cada um ajudar ao próximo da forma que lhe é possível já é um grande progresso.
Essa foi a maior lição que tirei de toda essa situação pois eu costumava ser bastante egoísta e não me importar com os problemas dos outros, mas isso me fez abrir os olhos e enxergar que toda e qualquer boa ação que fazemos nos traz bons frutos e quem acaba ganhando no final das contas somos nós mesmos.
Dessa forma, essa experiência foi muito engrandecedora porque não importa o quão pouco temos, se o sentimento de solidariedade e amor ao próximo for maior que tudo, os obstáculos ficam menores e assim conseguimos mesmo que aos poucos vencer todas as adversidades.
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