Reescrita
Aluno 177
Como toda criança aprendi a ler por volta dos 7 anos, e já sabia ler bem aos 8. Quando comecei a ler minha madrinha começou a me levar para a biblioteca pública para pegar livros e revistas, pelo que acabei tomando gosto, e acabei virando uma frequentadora assídua da biblioteca.
A leitura está ligada ao letramento (Rottava, 2000, p.12) que é a condição de não apenas ler e escrever, mas também cultivar o hábito e exercê-lo. Desde que aprendi a escrever – juntamente com ler – gostei da ideia de escrever sobre tudo e todos, mas, realmente, sempre fui mais ligada a questão da leitura por causa do incentivo que recebi quando da minha madrinha.
Ela me ensinou primeiro a ler livros da Turma da Monica, o que me fez ter o habito de leitura, pois íamos todas as semanas à biblioteca. Quando entrei na 5º série comecei a pegar livros infanto-juvenis, como “O Menino do Pijama listrado” ou, mais tarde, “Eu, o desaparecido e a morta”.
A leitura foi e ainda é um meio que encontro de adquirir conhecimento e também de estar em outro mundo, de transpassar minha vã existência. Para mim, mesmo a leitura em sala de aula, no ensino fundamental, não era uma simples maneira de ser “treinada” a decodificar aquele material (Rottava, 2000, p.12), mesmo essas leituras obrigatórias (Britto, 2010, p.29) me faziam feliz e plena, simplesmente aumentando cada vez mais a minha paixão.
O habito que desenvolvi de ler, por gosto e com vontade, me transformou em uma pessoa mais empática e capaz de entender os outros. Por volta da oitava série foi uma das maiores ajudas que recebi para superar a minha timidez e criar laços com pessoas, principalmente por ver personagens infanto-juvenis que haviam os mesmos problemas que eu.
Devo as leituras a minha capacidade de imaginação, pois foi lendo livros como “Fallen” ou “As crônicas de gelo e fogo”, que a desenvolvi: como esse tipo de livro possuí historias ricas e descritivas eles me ensinaram e motivaram as escrever as minha próprias com o máximo de riqueza possível. Ou ainda a minha memória, pois quando estava no 1º ano do ensino médio eu cheguei a ler 5 livros ao mesmo tempo, e isso estimula nosso cérebro a aumentar a capacidade de armazenamento (Estante Virtual, 2016).
Quando comecei a estudar para o vestibular, por volta do final do 2º ano do ensino médio, eu iniciei as leituras mais especificas, como livros de história geral e do Brasil e livros de filosofia. Isso fez com que eu começasse a ver cada vez as coisas e a sociedade de forma critica, como já foi dito por Britto (2010, p.30): a leitura promove uma forma de pertencimento crítico ao mundo.
Para mim, a leitura se transformou de um hábito a uma atitude carregada de um principio de humanidade (Britto, 2010, p.30) que me ajudou a me tornar uma pessoa muito melhor do que eu seria sem ela. Eu devo muitas coisas a leitura, inclusive o lugar ao qual estou agora: o curso de Letras da UFRGS; nunca teria imaginado ou sonhado ser professora sem ter tido a leitura em minha vida.
Bibliografia
BRITTO, Luiz Percival Leme. LEITURA: ACEPÇÕES, SENTIDOS E VALOR, 2010. Nuances: estudos sobre Educação. Ano XVIII, v. 21, n. 22.
ROTTAVA, Lucia. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO, 2000. Editora Inijuí: Espaço da Escola. Ano IX, n. 35.
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