É muito interessante a forma que você escreveu o seu texto e como você conseguiu seguir o que se pede na proposta. O seu poema relata um fato que aconteceu com um desconhecido e que lhe gerou um aprendizado, contudo a sua conclusão poderia mostrar de uma maneira mais concreta o seu aprendizado.
Na sua primeira estrofe você introduz o assunto que será tratado a seguir: um poema para um rato morto na calçada. A seguir, você apresenta o cenário, que é a ciclovia que o rato está morto. Apresentando, portanto, dois dos três elementos necessários da narração: o personagem e o cenário. Se possível, eu sugiro para que você situe a cena em um espaço de tempo, você informa que passou por ali três dias, mas o momento que você está relatando é quando? É dia ou é noite?
Há uma progressão de ações no decorrer das estrofes que, apesar de não estarem em ordem cronológica, estão dispostas em ordens temporais que estão a serviço do questionamento do texto – a morte do rato. O seu texto, também, mostra os fatos e personagens por meio de exemplos concretos e objetivos, dando credibilidade ao que está sendo narrado. No entanto, há uma passagem, na vigésima segunda estrofe, que você apresenta um dado que pode ser facilmente rejeitado pelo leitor, pois você não apresenta argumentos que validem a informação que está sendo apresentada. Quando você diz “Nada se sabe sobre sua/ sua morte, apenas/ que viveu dois anos/ e três meses”, sugiro que você apresente bases argumentativas que comprovem ao leitor que o que você está dizendo é verdade. O leitor se perguntará “como você sabe que ele viveu esse período de vida?” e, lembre-se, o interlocutor não pode terminar a leitura com dúvidas sobre o que foi dito.
No final da sua última estrofe você apresenta uma reflexão que aparenta ser o seu aprendizado, quando você diz “Que o agora/ eterno rato Adônis/ possa servir de exemplo/ para salvarmos/ tantos outros/ carentes de nomes,/ de poemas/ e de importância”. Contudo, eu diria, como sugestão, que você desenvolvesse mais sobre essa reflexão em outra estrofe, para que fique claro ao leitor o que você aprendeu com a morte desse rato. Foi aprender a dar importância aos “tantos outros carentes”?
Boa reescrita!
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