Percebe-se, no primeiro parágrafo, que você de fato pretende discorrer sobre o que é ter gênio forte ou o que é ser alguém firme, visto que recorre ao relato de acontecimentos da infância e pré-adolescência para tornar críveis essas afirmações. Tais acontecimentos, no entanto, não parecem manter uma relação nítida com as suas força e firmeza de personalidade que então diz ter, visto que eles dizem respeito a apenas suas crenças e ideologias de quando era mais nova. Em outras palavras, não está muito claro que a causa de ter tal personalidade seja o fato de, por exemplo, ter sido questionadora, feminista ou de ter acreditado na equidade entre gêneros desde pequena. Procure, portanto, entrelaçar as duas coisas de forma que haja coerência no que está tentando dizer.
Outro ponto que vale ser destacado é a fragmentação temática do seu texto. Há uma certa dispersão com relação ao assunto principal (aquele sugerido pelo próprio título) logo no segundo parágrafo, pois que nele a autora parece se perder em um detalhamento de seu gosto por escrita e leitura. Se pretende manter a ideia tratada no segundo parágrafo, tente criar uma correlação nítida entre ela e o resto do texto, já que assim a unidade temática se fará mais perceptível ao leitor. O mesmo se recomenda para os parágrafos terceiro e, principalmente, quarto: naquele a autora fala sobre mudanças de ideologia e personalidade, inclusive fazendo uma súbita menção ao fato de ter mudado, sem dar mais detalhes; e neste a autora introduz informações cuja relevância é baixa.
Em resumo, evite incluir dados pelos dados. Inclua-os se tiver um propósito claro para fazê-lo, ao incluí-los, desenvolva-os. Por que a subjetividade humana não é estanque? Nós mudamos muito? Você mudou? O quanto? Não é recomendável fazer afirmações vagas e sem objetividade, pois o leitor muito provavelmente não terá por que acreditar no que lê, visto que essas afirmações serão vazias de fundamentação e portanto pouco verossímeis.
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