A Insistência pela Quebra de Paradigmas

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Aluno 62

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Numa madrugada de terça-feira, a junção da teimosia, da impaciência e da esquisitice conheceu o mundo. Foi no dia quatro de maio de 1994, no hospital Divina Providência, que Aluno 62 nasceu.

Até os seus seis anos de idade, a vida desse mocinha foi tranquila, pois seus pais sempre foram presentes. No entanto, numa tarde de julho do ano 2000, seu pai, Romário, sofreu um acidente de carro enquanto viajava para Passo Fundo, posteriormente falecendo. Dessa forma, foi difícil para uma menina tão nova assimilar a perde de um ente tão essencial. Ao longo dos dias, Aluna 62 foi crescendo e se tornando um pequena esquisita, visto que seu rosto era uma orquestra de acessórios chamativos - óculos do Popeye e aparelho extra-oral (popularmente chamado de "freio de cavalo"). Além disso, ela sempre foi considerada a mais "CDF" da turma e, por vezes, odiada pelos colegas. Mesmo com as adversidades na aparência, a jovem míope sempre teve seu estilo peculiar de ser.

Na época de adolescente, continuava se destacando no colégio e sempre estava engajada em projetos de iniciação científica, Em 2009, ganhou um prêmio de destaque na feira de iniciação da UFRGS, com um projeto sobre células-tronco. Essa menina nunca foi de ter muitos amigos, tampouco teve uma vida social agitada. Durante o ensino médio, prestou vestibular para bacharelado em matemática como forma de testar seus conhecimentos. Em 2011, formou-se no colégio La Salle Santo Antônio e de lá só restou a amizade de seu melhor amigo, Matheus.

Já no período de pré-vestibular, a moça estava decidida a fazer vestibular para medicina e assim foi o que aconteceu. Foram três tentativas para esse curso. Nesse meio tempo, ela percebeu que algo estava indo para o lado errado e repensou suas escolhas. Então, Nathália optou pelo curso de letras devido ao seu apreço por linguistica e por sintaxe.

Hoje em dia já na faculdade, a menina está realizada e empolgada com o desenvolvimento de sua vida acadêmica. Agora já quase uma adulta com cabelos levemente roxos e azuis. Estatura mediana. Bons e velhos cupinchas óculos sempre presentes no rosto. A constante vontade de assistir a quebra de paradigmas. E os gostos alternativos por peças de teatro, músicas antigas e cinemas atípicos. Além disso, é uma pessoa extremamente desorganizada e adoradora de acessórios e miniaturas para colocar em seu quarto como barômetros, pêndulo de Newton, esqueleto, luminária de plasma, telefones antigos e assemelhados. Ela também tem grande adoração por músicas que tocam na rádio Antena 1, é uma assídua fã de Lars von Trier e de Almodóvar. Em síntese, apenas uma menina que adora ser surpreendida com as loucuras que o mundo pode proporcionar.