Aluno 66
Reescrita
Antes mesmo de o aluno ingressar na vida acadêmica ele já
tem conhecimento, através de amigos e conhecidos, da difícil tarefa de
organizar a sua nova rotina. O futuro universitário vem de um contexto, na sua
grande maioria, um pouco mais tranquilo onde ele deve apenas manter a escola em
equilíbrio. Sendo assim, na universidade este aluno acaba desenvolvendo grandes
dificuldades para se adaptar ao novo estilo de vida.
E é esta
desorganização que estabelece uma sensação de uma falta de tempo generalizada. Causada,
talvez, pela má distribuição de tempo entre os compromissos que o aluno assume.
Pois a universidade exige do aluno atuações em diversas atividades, como
eventos, palestras, oficinas e afins. Outro possível fator que prejudicaria o
tempo do aluno seria o emprego, este que na maioria dos casos não pode ser
dispensado. Pois como diria CARELLI e SANTOS (1999), "quando o jovem tem a
possibilidade de estudar, esse processo representa sua oportunidade de
transformação, passando a ver os estudos como requisito básico de ascensão
pessoal e profissional". Para muitos se tornando o real motivo para a
falta de tempo generalizada.
Alguns
dirão que em uma situação como esta ou a pessoa acaba escolhendo entre dois dos
três, emprego, estudos ou vida social. O que nos leva a uma segunda hipótese: a
relação com a família e amigos. Pois mesmo quando o aluno tem uma estrutura
familiar forte ele desprenderá certa demanda de tempo e atenção que seus
familiares e amigos irão lhe exigir. Um estudo realizado na universidade de
Maringá revela que 33,89% dos alunos afirmam ter dificuldades pessoais e falta
de tempo para os estudos, podendo estas duas fatalidades estar relacionadas, ou
seja, para que o tempo seja optimizado o estudante deve criar um cronograma com
seus afazeres e comprometer se a seguir a risca incluindo o tempo gasto nos
encontros de família, festa no fim de semana ou simples conversas com seus
pais.
Todos estes
detalhes farão diferença na hora de dedicar se aos estudos em casa, já que não
basta estudar somente dentro de sala de aula, você precisa ter um tempo extra
para ler, reler e fazer as suas atividades exigidas para as cadeiras; muitas
vezes em um curto período e sem rebaixar a qualidade do seu produto final. O
que acaba tornando-se um problema, pois o estudante acostumado com um sistema
educacional que avalia somente para dar uma nota, não tem o hábito de estudar
para realmente adquirir conhecimento.
Mas o baixo
retorno das notas não é um indicativo da quantidade de QI do aluno, mas sim do
tempo que ela se propôs a investir naquela atividade. Lembrando que estamos
falando de um tempo de real dedicação e não apenas esquemas que foram
planejados e nunca são cumpridos, pois vale mais um tempo curto de alta atenção
e cuidado com o que se faz do que horas de procrastinação mescladas com a
atividade que foi realizada em minutos. Reafirmando que o tempo e a sua
distribuição devem ser extremamente bem pensados e rigidamente seguidos para
que o aluno não sinta aquela falta de tempo generalizada e possa identificar
quais são os seus erros e corrigi-los para obter um melhor desempenho.
Referências
CARELLI, Maria José Guimarães; SANTOS, Acácia Aparecida
Angeli dos; Condições temporais e pessoais de Estudo em Universitários.
Link: http://www.scielo.br/pdf/pee/v2n3/v2n3a06
Último acesso em 26/06/2016.
SOUSA, Janice T. Ponte de; Estudo do Aluno Universitário
para a Construção de um Projeto Pedagógico. Link: http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/485
Último acesso em 26/06/2016.
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