quarta-feira, 29 de junho de 2016

A causa da falta de tempo na vida universitária

Aluno 66
Reescrita


Antes mesmo de o aluno ingressar na vida acadêmica ele já tem conhecimento, através de amigos e conhecidos, da difícil tarefa de organizar a sua nova rotina. O futuro universitário vem de um contexto, na sua grande maioria, um pouco mais tranquilo onde ele deve apenas manter a escola em equilíbrio. Sendo assim, na universidade este aluno acaba desenvolvendo grandes dificuldades para se adaptar ao novo estilo de vida.

            E é esta desorganização que estabelece uma sensação de uma falta de tempo generalizada. Causada, talvez, pela má distribuição de tempo entre os compromissos que o aluno assume. Pois a universidade exige do aluno atuações em diversas atividades, como eventos, palestras, oficinas e afins. Outro possível fator que prejudicaria o tempo do aluno seria o emprego, este que na maioria dos casos não pode ser dispensado. Pois como diria CARELLI e SANTOS (1999), "quando o jovem tem a possibilidade de estudar, esse processo representa sua oportunidade de transformação, passando a ver os estudos como requisito básico de ascensão pessoal e profissional". Para muitos se tornando o real motivo para a falta de tempo generalizada.

           

            Alguns dirão que em uma situação como esta ou a pessoa acaba escolhendo entre dois dos três, emprego, estudos ou vida social. O que nos leva a uma segunda hipótese: a relação com a família e amigos. Pois mesmo quando o aluno tem uma estrutura familiar forte ele desprenderá certa demanda de tempo e atenção que seus familiares e amigos irão lhe exigir. Um estudo realizado na universidade de Maringá revela que 33,89% dos alunos afirmam ter dificuldades pessoais e falta de tempo para os estudos, podendo estas duas fatalidades estar relacionadas, ou seja, para que o tempo seja optimizado o estudante deve criar um cronograma com seus afazeres e comprometer se a seguir a risca incluindo o tempo gasto nos encontros de família, festa no fim de semana ou simples conversas com seus pais.

            Todos estes detalhes farão diferença na hora de dedicar se aos estudos em casa, já que não basta estudar somente dentro de sala de aula, você precisa ter um tempo extra para ler, reler e fazer as suas atividades exigidas para as cadeiras; muitas vezes em um curto período e sem rebaixar a qualidade do seu produto final. O que acaba tornando-se um problema, pois o estudante acostumado com um sistema educacional que avalia somente para dar uma nota, não tem o hábito de estudar para realmente adquirir conhecimento.
           
            Mas o baixo retorno das notas não é um indicativo da quantidade de QI do aluno, mas sim do tempo que ela se propôs a investir naquela atividade. Lembrando que estamos falando de um tempo de real dedicação e não apenas esquemas que foram planejados e nunca são cumpridos, pois vale mais um tempo curto de alta atenção e cuidado com o que se faz do que horas de procrastinação mescladas com a atividade que foi realizada em minutos. Reafirmando que o tempo e a sua distribuição devem ser extremamente bem pensados e rigidamente seguidos para que o aluno não sinta aquela falta de tempo generalizada e possa identificar quais são os seus erros e corrigi-los para obter um melhor desempenho.

            Referências

CARELLI, Maria José Guimarães; SANTOS, Acácia Aparecida Angeli dos; Condições temporais e pessoais de Estudo em Universitários.
Link: http://www.scielo.br/pdf/pee/v2n3/v2n3a06 Último acesso em 26/06/2016.


SOUSA, Janice T. Ponte de; Estudo do Aluno Universitário para a Construção de um Projeto Pedagógico. Link: http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/485 Último acesso em 26/06/2016.

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