Colega 88, teu texto tem uma proposta bem interessante.
Contar sobre uma viagem me parece muito convidativo a ler, a saber o que se
passou, a reconstruir os momentos. Tu narraste diversos acontecimentos da tua
viagem com concretude, o que foi importante já na primeira versão. Quanto à
unidade temática faço uma observação: embora tudo que narras esteja relacionado
à viagem, a unidade está um pouco difusa. Na primeira parte do texto tu contas
sobre a família que te recebeste, sobre a quebra do estereótipo e logo depois muda
para outro o foco, a viagem para a Escócia. Nesse momento ocorre uma
fragmentação, afinal não se pode mais prever qual será a amarração feita por ti
ao final. O aprendizado que tu colocas no final me parece ter a ver com encontrar
a ti mesma e dá uma vaga ideia de que a viagem pro si só trouxe vários outros.
No entanto, esse aprendizado parece estar relacionado mais com a segunda parte
do texto, o que faz com que a primeira fique destoante.
Na segunda versão, tu fazes um movimento interessante e
atenta para isso. A ida para a Escócia já não aparece mais o que faz com que a
tua unidade temática esteja ainda mais delimitada. Tu tens agora também um
questionamento que parece ser a quebra dos estereótipos e isso está presente no
decorrer do texto, o que não aconteceu na primeira versão. A concretude foi
trabalhada quando contas dos membros da família londrina que te acolheste. Foi
criada uma imagem daquele momento. Apenas para fins de ainda melhorar o texto,
a casa poderia ser um pouco mais descrita também para contribuir com a imagem
que tu nos deste. O aprendizado, culminante de tua experiência aparece mais
claro, mais bem explorado e relacionado com o decorrer de todo o texto. Há uma
evolução satisfatória no processo dos teus dois textos.
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