quarta-feira, 29 de junho de 2016

O desafio

Aluno 67
Reescrita


A minha alfabetização deu-se através da escola, compreendendo que alfabetização significa apenas a ação de ensinar/aprender a ler e escrever (ROTTAVA, 2000, p.12), pois meus familiares não possuíam o conhecimento pedagógico necessário para poder me ajudar neste processo. Apesar disto, meus pais sempre atuaram muito bem no papel familiar de despertar, incentivar e motivar a leitura (ROTTAVA, 2000, p.13), comprando novos livros e me levando para exposições e feiras culturais.
             E foi por um desafio proposto por meu pai que me aventurei a ler o meu primeiro livro em outro idioma, o livro era o segundo exemplar da trilogia da autora americana Anna Godbersen, chamado “Envy”. Só pude cumprir com esta tarefa, porque já havia lido o primeiro exemplar em português e havia conversado com a amiga que me emprestou o livro. Pois para poder compreendê-lo eu precisava de um conhecimento prévio especifico, como explica Kleiman (1995, p.13):

A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida.

Confirmo que desta leitura pouco armazenei, já que houve apenas uma decodificação (ROTTAVA, 2000, p.12), ou seja, houve apenas uma decifração de palavras que foram colocadas no texto através do contexto em que esta estava inserida. Mas a experiência de ter lido e compreendido boa parte do livro despertou em mim uma vontade de buscar novas obras para acrescentar no meu memorial.
No auge de minha adolescência comecei a cultivar um tempo e uma atenção especial a leitura e a escrita, intensificando o meu Letramento (ROTTAVA, 2000, p.12), que até então era formado apenas por textos e leituras exigidas pelo colégio. Atitude esta, que a meu ver deu-se de forma tardia prejudicando a minha escrita e a minha leitura, já que leitura é uma forma de construir o seu conhecimento especifico e social. Como descreve Rottava (2000, p.14):
Ler e escrever são particularmente indissolúveis pois podem ser vistos como evento social, no qual os leitores, do mesmo modo como os escritores, compartilham pensamentos e ideias e , particularmente, objetivos afins que os constituem também produtores de conhecimentos.





REFERÊNCIAS
ROTTAVA, Lucia. A importância da leitura na construção do conhecimento. Espaços da escola. Editora Injuí. Ano 9. n 35, p. 11-16, jan/mar.2000.
KLEIMAN, A. TEXTO E LEITOR: Aspectos Cognitivos da Leitura. 4ª.ed.Campinas, SP: Pontes, 1995.















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