quarta-feira, 29 de junho de 2016

O processo de letramento

Aluno 67
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Quando criança não trocava um tarde de brincadeiras na rua por uma leitura, nem mesmo ela sendo obrigatória para o colégio, como era na maioria dos casos. Esta minha atitude não deriva de uma falta da prática familiar, pois desde que me lembro, meus pais sempre gostaram muito de passar seu tempo lendo um bom livro, sendo na maioria das vezes obras espíritas. O desinteresse existente era somente em relação a livros, pois filmes, peças teatrais e qualquer outra tipo de representação mais visual me agradavam.
            Não demorei muito para tornar-me uma pessoa alfabetizada, mas o processo de Letramento só foi começar a ser desenvolvido por volta dos meus quinze anos. Esta mudança se deve a troca de ambiente escolar pela qual eu passei, onde o meu histórico de leituras não era o suficiente. As conversas baseavam se em leituras desconhecidas por mim. Foi então que comecei a cultivar e dedicar meu tempo livre para leituras juvenis como: “Depois daquela viagem” de Valéria Piassa Polazzi, “Flicts” do Ziraldo, “Alice no país das maravilhas” de Lewis Carroll, “A agenda de Carol” de Inês Stainisiere e “Ímpar” de Marcelo Carneiro da Cunha, sendo este último o mais marcante por ter como personagens crianças com deficiências físicas.
            A experiência literária mais significante que tive até agora foi ler lido o meu primeiro livro em outro idioma, a história não foi a das mais emocionantes e não garanto ter compreendido todas as palavras, mas por dedução através do contexto e algumas consultas ao dicionário terminei de ler “Envy” o segundo livro de uma trilogia da autora americana Anna Godbersen. A história em si não me impactou tanto quando o “Ímpar”, mas pelo fato do desafio proposto por meu pai de que não conseguiria lê-lo, eu me senti uma vitoriosa.
            O processo de Letramento agora se faz com livros mais volumosos e incitantes de reflexões, mas assim como na minha infância continuo a cultivar uma paixão muito grande pela forma visual de leitura, utilizando agora com mais frequência os documentários, que acredito ser uma ótima maneira de poder perceber a nossa realidade por outro ponto de vista.
            As leituras anteriores formam as pessoas que somos, e para compreender um texto necessitamos deste conhecimento prévio que viemos construindo dês das nossas primeiras leituras. Este processo também é requerido na hora de escrever, pois a identidade literária do autor deve ser perceptível ao leitor, tornando a aprendizagem da escrita uma prática continua de treinamento até obter se o melhor resultado possível.










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