quarta-feira, 29 de junho de 2016

Aluno 109
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Estava ciente que quando chegasse a academia me depararia com textos teóricos que forçariam minhas habilidades cognitivas ao máximo. Numa primeira leitura nos capítulos iniciais do Curso de linguística geral(CGL) de Saussure, indicados pelo professor, me deparei com uma das leituras mais difíceis que fiz até hoje. As ideias do estruturalismo e suas dicotomias -fala/lingua; significante/significado- atravessaram a minha mente como o ditado popular “entrar por um ouvido e sair pelo outro”.
Compreender um texto é atribuir-lhe sentido, através de conhecimentos prévios, como afirma Rottava(1998, pág. 2), e sem as primeiras leituras introdutórias a linguística, feitas ao longo do semestre, entender uma das primeiras teorias linguísticas que iriam ser-me apresentadas no curso teria sido uma tarefa quase impossível.
A falta de intertextualidade, a carga necessária de leitura, para elucidar na minha mente as teorias compiladas pelos alunos de Saussure teriam tornado a tarefa, de compreensão do texto, em algo tortuoso, em outro tempo, onde o “eu leitor” não teria dado nem sequer a oportunidade ao CGL. As aulas expositivas que se seguiram pós a primeira leitura do CGL foram o ponto chave para que a segunda leitura do mesmo texto fizesse mais sentido e fixassem-se suas ideias na minha mente. Sem desconsiderar a construção de conhecimentos feita durante o semestre que auxiliaram no entendimento do texto, mas que ainda assim não sanavam totalmente a demanda do texto de que leitor possuísse uma carga de conhecimento teórico linguístico.

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