Aluno 109
1 Versão
Estava ciente que quando chegasse a
academia me depararia com textos teóricos que forçariam minhas habilidades
cognitivas ao máximo. Numa primeira leitura nos capítulos iniciais do Curso de
linguística geral(CGL) de Saussure, indicados pelo professor, me deparei com
uma das leituras mais difíceis que fiz até hoje. As ideias do estruturalismo e
suas dicotomias -fala/lingua; significante/significado- atravessaram a minha
mente como o ditado popular “entrar por um ouvido e sair pelo outro”.
Compreender um texto é atribuir-lhe
sentido, através de conhecimentos prévios, como afirma Rottava(1998, pág. 2), e
sem as primeiras leituras introdutórias a linguística, feitas ao longo do
semestre, entender uma das primeiras teorias linguísticas que iriam ser-me
apresentadas no curso teria sido uma tarefa quase impossível.
A falta de intertextualidade, a carga
necessária de leitura, para elucidar na minha mente as teorias compiladas pelos
alunos de Saussure teriam tornado a tarefa, de compreensão do texto, em algo
tortuoso, em outro tempo, onde o “eu leitor” não teria dado nem sequer a
oportunidade ao CGL. As aulas expositivas que se seguiram pós a primeira
leitura do CGL foram o ponto chave para que a segunda leitura do mesmo texto
fizesse mais sentido e fixassem-se suas ideias na minha mente. Sem
desconsiderar a construção de conhecimentos feita durante o semestre que
auxiliaram no entendimento do texto, mas que ainda assim não sanavam totalmente
a demanda do texto de que leitor possuísse uma carga de conhecimento teórico
linguístico.
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