Aluno 93
1 Versão
Criada
por pais professores, era quase natural que eu tivesse um aprendizado nos
padrões escolares antes mesmo da escola. Fui introduzida ao processo de
letramento antes de entrar na escola, o que despertou em mim vergonha por ser a
única que já sabia ler em aula. O “empurrão” inicial foram eles que deram, e
isso contribuiu intensamente para meus hábitos de leitura.
Ainda
criança, eu passava o tempo todo brincando, na maioria das vezes sozinha, por
não ter irmãos ou primos com idade próxima à minha. Jogos mentais, em que eu
jogava sozinha, apenas eu e minha mente brincando, eram meu principal
brinquedo. Um jogo muito presente era o de ler o tanto de legendas das séries
policiais da minha mãe quanto conseguisse – era um jogo eu vs. eu, mas minha
mãe sempre acompanhava e comemorava minhas vitórias sempre certas. Rottava, em
A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, explica:
(...)
a família precisa ter presente a ideia de que a leitura perpassa todas as ações
e tarefas realizadas dentro de casa (...). ROTTAVA, Lucia. 2000, p. 13.
Já no ensino médio, um livro que me
cativou foi Maus – A História de um Sobrevivente, o qual li para a disciplina
de literatura. Indo contra a maré de só ler as leituras obrigatórias do
vestibular e trabalhá-las, meu professor sugeriu esse romance gráfico, que se trata
de um sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz. Por ser gráfico, pude
ver fatos sempre expostos na disciplina de história e em filmes e, assim,
realmente entender o ocorrido.
(...)
o aluno poderá
tornar-se ciente da necessidade de fazer da leitura uma atividade caracterizada
pelo engajamento e uso do conhecimento, em vez de uma mera recepção passiva.
KLEIMAN, 1995, p. 27.
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