quarta-feira, 29 de junho de 2016

Memorial

Aluno 93
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Criada por pais professores, era quase natural que eu tivesse um aprendizado nos padrões escolares antes mesmo da escola. Fui introduzida ao processo de letramento antes de entrar na escola, o que despertou em mim vergonha por ser a única que já sabia ler em aula. O “empurrão” inicial foram eles que deram, e isso contribuiu intensamente para meus hábitos de leitura.
Ainda criança, eu passava o tempo todo brincando, na maioria das vezes sozinha, por não ter irmãos ou primos com idade próxima à minha. Jogos mentais, em que eu jogava sozinha, apenas eu e minha mente brincando, eram meu principal brinquedo. Um jogo muito presente era o de ler o tanto de legendas das séries policiais da minha mãe quanto conseguisse – era um jogo eu vs. eu, mas minha mãe sempre acompanhava e comemorava minhas vitórias sempre certas. Rottava, em A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento, explica:
(...) a família precisa ter presente a ideia de que a leitura perpassa todas as ações e tarefas realizadas dentro de casa (...). ROTTAVA, Lucia. 2000, p. 13.
            Já no ensino médio, um livro que me cativou foi Maus – A História de um Sobrevivente, o qual li para a disciplina de literatura. Indo contra a maré de só ler as leituras obrigatórias do vestibular e trabalhá-las, meu professor sugeriu esse romance gráfico, que se trata de um sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz. Por ser gráfico, pude ver fatos sempre expostos na disciplina de história e em filmes e, assim, realmente entender o ocorrido.
(...) o aluno poderá tornar-se ciente da necessidade de fazer da leitura uma atividade caracterizada pelo engajamento e uso do conhecimento, em vez de uma mera recepção passiva. KLEIMAN, 1995, p. 27.

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