1 Versão
Aluno 103
Escrever
sobre mim mesma não é uma tarefa prazerosa, e nem mesmo fácil de executar. Em
uma sala de aula onde a maioria não me conhece, é difícil pensar em algo que
seja relevante para ser dito em uma apresentação pessoal, sem que as pessoas
anseiem pelo fim desse texto. Apesar disso, nessa primeira proposta, acredito
que o que mais pode interessar –ou não- meus colegas é como vim parar aqui,
nessa sala.
Pois bem. Desde o ensino fundamental até o ensino médio, sempre tive certa facilidade para aprender. Por conta disso muitos dos meus amigos me pediam ajuda em algumas matérias e eu, como boa amiga, fazia o meu melhor para que eles acompanhassem o ritmo das aulas sem se prejudicar. A maioria deles, depois de esclarecidas as dúvidas, me dizia “Poxa 103, tu devias ser professora.” Ao que eu respondia “Professora? Eu? Nem pensar! Sala de aula é coisa pra loucos!”. O que em minha opinião atual, não deixa de ser verdade.
Pois bem. Desde o ensino fundamental até o ensino médio, sempre tive certa facilidade para aprender. Por conta disso muitos dos meus amigos me pediam ajuda em algumas matérias e eu, como boa amiga, fazia o meu melhor para que eles acompanhassem o ritmo das aulas sem se prejudicar. A maioria deles, depois de esclarecidas as dúvidas, me dizia “Poxa 103, tu devias ser professora.” Ao que eu respondia “Professora? Eu? Nem pensar! Sala de aula é coisa pra loucos!”. O que em minha opinião atual, não deixa de ser verdade.
Com
o passar do tempo, o vestibular começou a bater à minha porta como quem
pergunta “E aí? Já decidiu?”. A pressão aumentava e nenhum curso que eu
mostrava interesse parecia gostar de mim. Jornalismo, Publicidade e Propaganda,
História... Até que um dia, quase que magicamente alguém me disse “Por que tu
não faz Letras?”. Levei em consideração, e a partir daí fui procurar saber tudo
sobre o curso, e cada vez mais eu me sentia destinada a isso. Porque
simplesmente nenhum outro curso poderia me oferecer tudo que a Letras pode, nem
poderia ser tão certo pra mim. Na mesma época em que pensava em cursar Letras,
tive a primeira oportunidade de entrar em uma sala de aula - dessa vez como
professora. O frio na barriga, bem difícil de amenizar no começo, acabou dando
espaço a uma sensação de leveza, e assim que a aula chegou ao fim, eu sabia que
não poderia estar mais certa do que escolhia para minha vida.
O
vestibular chegou, o “listão” foi divulgado, meu nome estava no meio dos
aprovados e a faixa foi pra frente de casa. Os que a viram puderam pensar “Tem
uma louca morando aqui” e meus amigos puderam dizer “Nós sempre soubemos.”
Acredito
que além de poder lecionar, Letras pode me abrir diversas portas, as quais eu
tenho anseio de conhecer.
Espero
não ter cansado ninguém com meu relato sobre como decidi que essa “loucura”
seria a melhor opção para minha “sanidade”.
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