quinta-feira, 24 de abril de 2014

Apresentação de uma realidade conquistada autenticamente

1ª Versão
Por Aluno 38


          Este texto tem o objetivo de apresentar-me à professora e aos colegas de faculdade. Por  conseguinte, vou utilizá-lo para expor fatos mais gerais sobre a minha vida atual; e, um mais específico, que é o da minha decisão em fazer graduação em Letras. Talvez, com esta exposição alguns se identifiquem, pois não raramente nos submetemos às vontades alheias, deixando de fazer as nossas escolhas de modo independente.
            Em primeiro lugar, então, vou me apresentar de uma maneira mais convencional. Meu nome é Rodrigo de Vargas Matos, nasci em Porto Alegre há 31 anos, mas sou natural de Alvorada. Morei nesta cidade por quase toda a minha vida, exceto quando residi por aproximadamente um ano e meio no Centro, em Porto Alegre. Trabalho na área de Letras há sete meses e sou estudante dela há duas semanas. Moro com minha mãe Ieda, que é costureira, e com meu irmão Diego, que é estudante de licenciatura em Matemática na PUCRS. No curso de Letras, o qual está sendo feito na UFRGS, estou estudando para ser professor de língua portuguesa e de língua inglesa. Nos meus momentos de lazer, gosto bastante de ler literatura clássica, contudo isso não quer dizer que dispenso um encontro com os amigos em algum barzinho na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Sendo assim, atualmente estou passando pelo meu melhor momento, tendo em vista que, antes mesmo de iniciar a graduação em Letras, eu já estava trabalhando nessa área há alguns meses, o que fez eu ter ainda mais certeza da minha decisão.
            No entanto, para isso ser possível, eu tive de passar por um longo processo de transformação e de autoconhecimento. Antes de decidir fazer faculdade de Letras, fiz cinco tentativas para ingressar no curso de Ciência da Computação na UFRGS, não obtendo a aprovação em nenhuma delas. Além disso, trabalhei com programação computacional por seis anos antes da minha decisão. No meio dessa trajetória, também cheguei a iniciar licenciatura em Matemática na PUCRS, mas logo no primeiro semestre abandonei o curso. Mesmo durante esse período, no qual lidei apenas com as áreas exatas, fui aos poucos adquirindo o hábito de ler ótimos escritores, a saber, Machado de Assis e José Saramago. Entrementes, conheci um professor de Português, que foi responsável por ter feito eu passar a gostar muito da nossa gramática. Embora tivesse ficado patente a minha afinidade com as letras, eu ainda não tinha me dado conta de que era hora de mudar. Então, algum tempo depois, com a ajuda de um amigo, percebi o engano a que estava me submetendo e tomei a decisão de fazer vestibular para Letras. Apenas dois meses depois da decisão, nessa área consegui um emprego, que consiste em trabalhar com provas de língua portuguesa para concursos públicos. Finalmente, alguns meses depois de iniciar o trabalho, fui aprovado no vestibular da UFRGS, finalizando essa longa experiência de quebra de antigos paradigmas e iniciando uma grande etapa na minha vida. 
            Portanto, para eu descobrir a ocupação de que mais gosto, eu tive de aprender com o erro que geralmente as pessoas cometem ao escolher uma profissão: o de deixar-se influenciar, ou pelas circunstâncias, ou pela família, ou pela sociedade. Para finalizar, vou citar aqui uma frase do livro "História do Cerco de Lisboa", de José Saramago: "Sempre chega o dia em que é preciso corrigir mais no fundo".

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