sexta-feira, 25 de abril de 2014

Coisa de “destino”

Reescrita
Por Aluno 26


          Quando criança, minha única certeza era que não queria ser professora. Passei toda a minha existência a ver o trabalho que minha mãe passava dando aula para suas centenas de alunos e sentada à escrivaninha a corrigir provas e elaborar aulas madrugada adentro. A única coisa que conseguia pensar era: não quero isso para mim. Não mesmo. 
          Entretanto, criei-me no meio de minha mãe e minhas tias que sempre trabalharam voltadas para o meio das relações humanas: uma pedagoga, a outra assistente social. Seria estranho se, com tais influências, eu não fosse interessada e inclinada para essa área. Cresci ganhando livros de presente da família e vivia pedindo mais e mais deles, visto que continham histórias muito bonitas e criativas, como o incansável “As cores de Laurinha”, de Pedro Bandeira. Já uma leitora assídua de literatura infanto-juvenil aos 12 anos, encontrei-me também uma admiradora da língua portuguesa com todos os seus sujeitos e predicados tão trabalhados nas aulas da quinta série.
          Sempre tive dúvidas sobre o que cursar na faculdade, mesmo depois de ingressar no Ensino Médio. Quando me encontrava com 13 anos, minha mãe tentou me influenciar a fazer Engenharia Civil. Entretanto, desisti logo após descobrir que necessitaria saber matemática para poder cursar. Independente de qual fosse minha futura profissão, já tinha em mente que teria que ter muita leitura e muita escrita. Sendo assim, a primeira opção era o Direito, visto que minhas matérias preferidas sempre foram História e Português.      
          Observem que em nenhum momento a licenciatura foi uma opção. No entanto, quando fiz vestibular pela primeira vez, obedeci a um instinto que me dizia que “sim, o que tu queres é dar aulas” e me inscrevi secretamente para Letras. Não poderia ir contra o meu destino. Felizmente, fiz a escolha correta e acredito não ter modo melhor de me apresentar do que este: Luiza, Licencianda em Letras.



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