quinta-feira, 24 de abril de 2014

Uma música de apresentação

Reescrita
Por Aluno 17

É clichê dizer o quanto é difícil escrever sobre nós mesmos, mas como eu sou 
clichê (e isso já conta como uma das coisas que me definem) eu direi: é extremamente difícil me descrever. Quando digo que sou clichê, me refiro à "frases feitas", clássicos já estabelecidos, bandas consagradas, gosto dessas coisas, assim como de filmes para chorar, estórias piegas. São as coisas comuns e batidas que eu acho bonitas.
Nunca parei pra pensar em algo que me diferencie dos demais, e provavelmente
minha ideia de “diferente” seria a mesma de outras tantas pessoas. É praticamente impossível se ter uma característica única. E nessa divagação, acabei com a opinião de que eu não preciso de algo que me faça diferente, ou especial. Também é legal ser “normal”.
Então, eu, uma pessoa normal, simplesmente comum e genuinamente clichê, falarei sobre mim através do que gosto, porque em minha opinião é isso o que nos torna pessoas “diferentes” ou “comuns”.
Eu estou para a música como Romeu está para Julieta. Diria até que minha vida dança conforme a música. A música me acompanha sempre. E eu sei que isso é muito comum também, gostar tanto de música. Mas existe uma razão para as coisas serem comuns. Afinal é por elas serem tao boas que fazem tanto sucesso.
Sempre tem uma música certa para cada momento do meu dia, pra cada humor e pra cada fase da vida. E eu tenho certeza de que quem não é assim, é porque nunca foi apresentado a sua música. Porque eu sei que todos têm uma música. Às vezes a trilha sonora é um gênero, às vezes uma banda, um álbum inteiro ou uma única faixa. Ou então uma música qualquer que não se sabe quem a compôs ou interpreta. De alguma forma todos têm uma música.
Eu admito que tenho meus gêneros, como Grunge, Folk, Indie e Rock Progressivo. Tenho minhas bandas, como Beatles, Los Hermanos, Pearl Jam, Creedence, Radiohead... Meus cantores, como Raul Seixas, Johnny Cash, Rodrigo Amarante, Bon Iver... Meus álbuns, como Let it be dos Beatles, Ventura do Los Hermanos e People Hell and Angels do Jimi Hendrix... Minha faixa especial como Skinny Love do Bon Iver. E também uma música que ouvi e na hora soube que era minha, não conheço o cantor, mas já encontrei o nome da canção, é: True Love Will Find You in The End.


Eu tenho também a minha música, a que é única, muito mais minha do que todas as outras, ela é clichê como eu, tenho certeza que muitas outras pessoas pensam ser donas dela também. Mas não me importo, ela continua sendo minha música, e vai dizer mais alguma coisa sobre mim, ela é do Los Hermanos e o nome dela é “Quem é mais sentimental que eu?” com ponto de interrogação no final, uma pergunta, mas retórica. E a música é praticamente isso, óbvio que ela é muito mais do que o título, mas eu também sou muito mais que um texto sobre mim escrito por mim. Mas essas coisas, por mais que tentemos explicar, vão além de uma mera definição. 

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