Reescrita
Por Aluno 33
Por Aluno 33
"A
leitura faz ao homem completo; a conversa, ágil, e o escrever,
preciso." Essa frase, de Francis Bacon, poderia definir a mim e à
importância que a leitura tem em minha vida. Muito tempo antes de eu ter
completado meus dezessete anos, já estava habituada às palavras e aos mundos
conhecidos através dos livros. Minha família, mesmo humilde, sempre cultivou o
hábito da leitura, influenciando-me assim a também adotá-lo. A leitura, que
começou aos 6 anos com as revistas em quadrinhos do Mauricio de Sousa, ajudou a
construir minha identidade cultural e me acompanhou em todas as fases de minha
vida.
Sou
leonina, nascida no dia 7 de agosto de 1996 e com um nome que no “dicionário de
nomes” é definido como “aquele que nasceu no Natal”: Nathalia. Embora
pertencente ao signo zodíaco que designa as pessoas desinibidas, populares e
com espírito de liderança, eu sempre me considerei tímida e retraída, sendo
mais extrovertida apenas quando entre a família e amigos íntimos. Essa
característica, felizmente, jamais me privou de conviver com pessoas
maravilhosas: meus amigos são meigos, leais e compreensivos, e minha família é
cordial, valorosa e amorosa. Desde cedo, esses familiares me ensinaram a suprema
importância dos estudos e da dedicação à escola ou à faculdade, mostrando por
meio de seus próprios exemplos que tanto a recompensa financeira quanto a
satisfação pessoal virão após muita formação vinculada ao trabalho competente.
Meus amigos, por sua vez, eram (e ainda são) pessoas que me doam sua confiança e
disposição (sempre prontos para me consolarem após algum desabafo ou me darem
um abraço solidário e sincero) e que jamais deixam de me acrescentar novas
visões de mundo (pensamos diferente e ainda assim conseguimos dialogar
ricamente sobre nossas opiniões conflitantes), ao mesmo tempo em que comigo se
divertiam e compartilhavam boas conversas e risadas.
A
leitura, ao mesmo tempo em que eu crescia, fez-se sempre presente: nos
primeiros anos da escola, eu colecionava as revistas em quadrinhos da Turma da
Mônica - estas contando com historinhas divertidas e personagens carismáticos
como o fofo Cebolinha e a gulosa Magali; aos 9 anos, em meio à separação dos
meus pais, ao conhecimento do meu padrasto hoje tão importante e a uma mudança
de lar, eu lia meus primeiros livros, sendo esses histórias infantis de poucas
páginas ou grossos volumes sobre um mundo mágico de feiticeiros do bem; (nessa
fase, inclusive, participei de um programa de soletração exibido e famoso
nacionalmente chamado “Soletrando”, o qual me possibilitou valorizar a correta
ortografia e conhecer mais profundamente a Língua Portuguesa por meio do estudo
de diversas palavras); na adolescência, mais precisamente durante o ensino médio,
finalmente comecei a ler livros mais conhecidos e clássicos, como “A
Metamorfose”, “Cem anos de solidão” e “Ensaio sobre a cegueira” (esse último
tendo sido tema da minha dissertação no concurso vestibular da universidade
onde atualmente estudo). Concomitantemente à minha evolução literária, conheci
pessoas solidárias e queridas que me fizeram ver o valor da amizade, dos bons
princípios e da boa cidadania. Foi também no ensino médio que decidi qual seria
a minha futura profissão, inspirada em mestres que até hoje me encantam com seu
profissionalismo.
Esta
sou eu: uma adolescente que hoje estuda Letras na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul e se descobre feliz em seu curso como o foi ao longo de toda a
sua vida, quando descobria mundos novos através dos livros. Hoje, busco a
realização profissional e um futuro repleto de culturas e bons e novos volumes,
sempre com meus amigos queridos e apoiada pela minha maravilhosa família.
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