1ª Versão
Por Aluno 11
Aos
vinte e um dias do mês de agosto, às 5h15 de uma fria manhã do ano de 1994,
nasce na região metropolitana de Porto Alegre, em Guaíba, um garoto saudável,
em perfeito estado, de bela feição, rechonchudo e até então, sem nome. O
recém-nascido, fruto do amor entre um músico profissional e uma fã de boa
música, foi batizado pelo pai, após dois dias como “João ninguém”, com o nome
de Filipi, assim mesmo, cheio de “is”!
Os
anos passaram e o garoto Filipi desenvolvia-se perfeitamente, e embora
apresentasse entraves na fala, tinha muitos amigos e conversava bastante,
mostrando-se muito ativo e comunicativo. Aos cinco anos iniciou seus estudos na
rede pública de ensino, sendo bom aluno, de boas notas, fato que se repetiu ao
longo de todo o ensino fundamental. Os Janeiros continuaram a passar e a
adolescência veio chegando, formando um jovem apaixonado, em porções igualmente
profundas, por futebol e por música. Paralelo aos estudos do ensino
fundamental, nosso pré-adolescente toma aulas de futebol com um ídolo, o ex-jogador
com passagens pelo S. C. Internacional, Escurinho. Todavia, após dois anos de
classes com a bola, acabou substituindo uma paixão pela outra, dando mais
importância assim à música.
Aos
quatorze anos, começou a aprender o seu primeiro instrumento com o pai, o
violão. Entre muitas desistências e retomadas, o agora já adolescente Filipi,
dedica-se ao instrumento rigorosamente, com disciplina e buscando tornar-se o
melhor instrumentista possível.
A
vida escolar do garoto era levada de forma descompromissada, embora nunca
tivesse reprovado, os estudos não eram a prioridade na vida do jovem de já
dezesseis anos. A cobrança dos pais era grande com relação aos estudos, mas o
sagaz jovem driblava os sermões da família, tirando uma ou outra boa nota na
escola.
Contudo,
o aprendizado musical ia de vento em popa, chegando a dominar seis instrumentos
distintos, gravando e ganhando prêmios na escola, indicando que a carreira
musical seria a melhor escolha para o menino, porém a ele não interessava viver
da música, mas sim apenas “curti-la”.
Um
ano mais se passa e o derradeiro momento de escolher a profissão chega,
trazendo consigo grandes dúvidas e aflições sobre o tempo futuro. Decide então,
o nosso jovem Filipi, encorajado pelos pais, fortemente influenciados pelo tio,
a iniciar um curso técnico em informática. Fez a prova de admissão, foi
aprovado e não compareceu a sequer uma aula, pois realmente não queria aquilo
como profissão para o resto da vida. Uma vez que estivera ministrando aulas de
música, na igreja em que seu avô é pastor, tomou gosto pela carreira docente e
decidiu-se em tornar-se professor.
Tomada
a decisão, aos dezessete anos o jovem Filipi presta vestibular para o curso de
História, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas não é selecionado e
assim ocorre no ano seguinte. Sem perder a fé, Filipi reflete e toma conta de
que estivera escolhendo errado o curso que tinha pretensão e que reprovar no
vestibular prestado para história, duas vezes, teria sido bom, pois lhe daria a
chance de escolher aquilo que melhor tinha conhecimento depois da música, a
língua portuguesa. Determinado a ingressar no curso de Letras, o jovem se
prepara ao longo do ano e consegue a desejada aprovação na universidade federal.
Jovem
de dezenove anos, de família simples, grato a Deus por tudo o que vivera até
aqui, pelas derrotas que lhe forneceram subsídios para tornar-se maduro e pelas
vitórias que trouxeram grande regozijo em tempos difíceis, Filipi hoje namora com
uma amiga de infância, com ela pretende casar-se daqui uns bons anos, e
certamente vive a melhor fase de sua vida.
Como
de tudo isso eu sei? Muito simples! Eu sou aquela criança rechonchuda, eu sou
este adolescente, este jovem. Sou aquele que nunca perdeu a fé no Criador e que
não teve medo de tentar fazer aquilo que queria, eu sou feliz, eu sou o Filipi.
E você, quem é?
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