Reescrita
Por Aluno 4
A primeira vez
que vi a neve foi algo inesquecível, desde aquele dia não existe nada que eu
goste mais no mundo, foi amor a primeira vista. Eu amo ver aqueles floquinhos
de neve, que as vezes são confundidos com chuva, caindo do céu, ou então o quão
embelezados ficam os cabelos com aqueles pontinhos brancos como se o próprio
inverno fosse seu cabeleireiro. E o quanto é bom brincar na neve, fazer anjo de
neve, boneco de neve e brincar de guerra de bolas de neve.
Você, caro
leitor, deve achar que sou um criança, mas não sou, tenho dezoito anos e nem
faz tanto tempo assim que vi a neve, foi a um pouco mais de um ano. Entretanto
tudo começou a muito tempo antes quando comecei a fazer aulas eu um cursinho de
inglês. Depois de vários anos estudando finalmente consegui certificado de
conclusão e fluência na língua inglesa e como presente por essas conquistas um
intercâmbio para a Inglaterra e Escócia onde conheci a neve pela primeira vez.
Apesar de ter minha primeira experiência com a neve na Inglaterra foi na
Escócia que tive mais contato, já que nevou bem mais enquanto eu estava lá.
Sabe leitor,
eu sou uma pessoa muito criativa e sempre imaginei com seria a neve como seria
tocar nela, a sensação de cair um tombo ali, será que é fofo mesmo? Minha mãe
me dizia que eu sou tão criativa que quando mais nova ela creditava que eu
podia ver a neve com a minha imaginação. Ela me disse que uma vez em pleno
verão eu estava de luva, cachecol e toca na rua com os braços abertos olhando
para o céu e com a língua de fora imaginando pegar a neve com a língua. Ou
então eu pegava os brincos e colares dela dizendo ser a arainha da neve e tudo
mais que era transparente se tornavam minhas esculturas de neve e gelo.
Infelizmente
no país onde eu moro não neva praticamente nunca e nas raras ocasiões em que
neva, nunca acontece na cidade onde eu moro e nem em tamanha quantidade como na
Escócia, por isso neve era quase como um sonho muito distante, algo que eu só
via através de fotos e filmes na televisão, e como na época não fazia aulas de
inglês nem me passava pela mente que eu iria sair desse meu mundo de fantasias
onde neve era real. Assim é fácil entender que quando eu vi a neve pela
primeira vez e com os meus próprios olhos, podendo até mesmo tocá-la eu
realmente me senti como se tivesse cinco anos de novo, mas dessa vez era real,
era um sonho tão distante se tornando realidade, eu amei tanto aquela sensação
que me negava a pegar a neve com luvas e em consequência
disso acabei rachei as mãos, por causa do frio.
Mas
infelizmente, como tudo na vida minha viagem acabou e eu tive que retornar para
o meu pais e dar adeus a minha querida neve. Quando eu voltei o que me
impressionou é que poucas pessoas me perguntaram da neve, acho que para elas aquilo
também era um sonho impossível também. No começo foi meio frustrante todo
aquele calor quando tudo o que eu desejava era o frio eu queria pelo menos mais
uma vez tocar a neve.
Desejando a
neve de novo em minha vida eu percebi que quando me tornasse professora, (algo
que se tornou meu desejo após adquirir fluência em inglês) eu contaria ao meus
alunos sobre a magnitude da neve e todos os outros aspectos que eu amei nela,
assim eles teriam a curiosidade em conhece-la, o que os faria além de prestar
mais atenção na minha matéria, inglês. Eu também poderia ter a oportunidade de seguir
o exemplo das professoras que em acompanharam no meu intercambio e acompanhar o
meus futuros alunos. Desse modo eu veria a minha amada neve novamente.
O
meu amor pela neve não pode ser explicado disso eu sei, mas eu entendo ele,
pois eu e a neve somos muito parecidas. As vezes somos tímidas deixando de
mostrar mais de nós como no meu país onde raramente ela aparece e em pouca
quantidade. Em alguns lugares somos espaçosas, estamos em toda parte dando um
toque nosso ao ambiente, sendo até um pouco bagunceiras, como no meu quarto,
sempre bagunçado, ou numa nevasca que “bagunça” uma cidade inteira. E nós duas
temos a vontade de com apenas um único floco de neve fazer alguém se apaixonar,
como ela fez comigo e como eu quero fazer com os meus alunos onde com uma
simples ideia de conhecer a neve eu possa fazer eles experimentarem essa paixão
pelo inglês e talvez u futuro repleto de outras oportunidades.
E assim somos,
eu e a neve eu poderia falar mais sobre nós duas, mas tenho que voltar para o
meu mundo de fantasias o único lugar onde a tenho visto ultimamente, mas não
estou mais triste com isso, e sim determinada. Determinada a encontra-la de
novo para podermos partilhar novamente desse nosso amor.
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