quarta-feira, 30 de abril de 2014

Neve

Reescrita
Por Aluno 4
A primeira vez que vi a neve foi algo inesquecível, desde aquele dia não existe nada que eu goste mais no mundo, foi amor a primeira vista. Eu amo ver aqueles floquinhos de neve, que as vezes são confundidos com chuva, caindo do céu, ou então o quão embelezados ficam os cabelos com aqueles pontinhos brancos como se o próprio inverno fosse seu cabeleireiro. E o quanto é bom brincar na neve, fazer anjo de neve, boneco de neve e brincar de guerra de bolas de neve.
Você, caro leitor, deve achar que sou um criança, mas não sou, tenho dezoito anos e nem faz tanto tempo assim que vi a neve, foi a um pouco mais de um ano. Entretanto tudo começou a muito tempo antes quando comecei a fazer aulas eu um cursinho de inglês. Depois de vários anos estudando finalmente consegui certificado de conclusão e fluência na língua inglesa e como presente por essas conquistas um intercâmbio para a Inglaterra e Escócia onde conheci a neve pela primeira vez. Apesar de ter minha primeira experiência com a neve na Inglaterra foi na Escócia que tive mais contato, já que nevou bem mais enquanto eu estava lá.
Sabe leitor, eu sou uma pessoa muito criativa e sempre imaginei com seria a neve como seria tocar nela, a sensação de cair um tombo ali, será que é fofo mesmo? Minha mãe me dizia que eu sou tão criativa que quando mais nova ela creditava que eu podia ver a neve com a minha imaginação. Ela me disse que uma vez em pleno verão eu estava de luva, cachecol e toca na rua com os braços abertos olhando para o céu e com a língua de fora imaginando pegar a neve com a língua. Ou então eu pegava os brincos e colares dela dizendo ser a arainha da neve e tudo mais que era transparente se tornavam minhas esculturas de neve e gelo.
Infelizmente no país onde eu moro não neva praticamente nunca e nas raras ocasiões em que neva, nunca acontece na cidade onde eu moro e nem em tamanha quantidade como na Escócia, por isso neve era quase como um sonho muito distante, algo que eu só via através de fotos e filmes na televisão, e como na época não fazia aulas de inglês nem me passava pela mente que eu iria sair desse meu mundo de fantasias onde neve era real. Assim é fácil entender que quando eu vi a neve pela primeira vez e com os meus próprios olhos, podendo até mesmo tocá-la eu realmente me senti como se tivesse cinco anos de novo, mas dessa vez era real, era um sonho tão distante se tornando realidade, eu amei tanto aquela sensação que me negava a pegar a neve com luvas e em consequência disso acabei rachei as mãos, por causa do frio.
Mas infelizmente, como tudo na vida minha viagem acabou e eu tive que retornar para o meu pais e dar adeus a minha querida neve. Quando eu voltei o que me impressionou é que poucas pessoas me perguntaram da neve, acho que para elas aquilo também era um sonho impossível também. No começo foi meio frustrante todo aquele calor quando tudo o que eu desejava era o frio eu queria pelo menos mais uma vez tocar a neve.
Desejando a neve de novo em minha vida eu percebi que quando me tornasse professora, (algo que se tornou meu desejo após adquirir fluência em inglês) eu contaria ao meus alunos sobre a magnitude da neve e todos os outros aspectos que eu amei nela, assim eles teriam a curiosidade em conhece-la, o que os faria além de prestar mais atenção na minha matéria, inglês. Eu também poderia ter a oportunidade de seguir o exemplo das professoras que em acompanharam no meu intercambio e acompanhar o meus futuros alunos. Desse modo eu veria a minha amada neve novamente.
                O meu amor pela neve não pode ser explicado disso eu sei, mas eu entendo ele, pois eu e a neve somos muito parecidas. As vezes somos tímidas deixando de mostrar mais de nós como no meu país onde raramente ela aparece e em pouca quantidade. Em alguns lugares somos espaçosas, estamos em toda parte dando um toque nosso ao ambiente, sendo até um pouco bagunceiras, como no meu quarto, sempre bagunçado, ou numa nevasca que “bagunça” uma cidade inteira. E nós duas temos a vontade de com apenas um único floco de neve fazer alguém se apaixonar, como ela fez comigo e como eu quero fazer com os meus alunos onde com uma simples ideia de conhecer a neve eu possa fazer eles experimentarem essa paixão pelo inglês e talvez u futuro repleto de outras oportunidades.


E assim somos, eu e a neve eu poderia falar mais sobre nós duas, mas tenho que voltar para o meu mundo de fantasias o único lugar onde a tenho visto ultimamente, mas não estou mais triste com isso, e sim determinada. Determinada a encontra-la de novo para podermos partilhar novamente desse nosso amor.

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