terça-feira, 29 de abril de 2014

Entre palcos e sentimentos

1ª Versão
Por Aluno 20


Cinco, seis, sete e oito,... Essa é a contagem que uma bailarina faz quando inicia uma coreografia para que entre perfeitamente no compasso, afim de que cada passo de dança esteja sincronizado não apenas com a música que está tocando, mas também com o sentimento que quer transmitir para o público. E para isso, muitos ensaios são necessários, alguns tombos e diversas frustrações fazem parte da construção do espetáculo final, em que a artista precisa demonstrar tudo que aprendeu de uma maneira completa, misturando habilidade com graça, força com doçura.
Interpreto minha vida dessa forma, como um espetáculo diário. Tenho dezenove anos, danço desde os três. Desse modo, estou inserida nesse mundo mais artístico desde muito cedo – talvez por influência do meu pai, o qual possui habilidades musicais muito fortes – e tenho certeza que todo esse contexto mais subjetivo que a arte aborda e que trago em minha vida, resulta em melhores reflexões e soluções para os entraves de todos os dias, uma vez que cada vez mais a rotina universitária traz junto consigo a responsabilidade e o estresse atual, transformando os momentos em horas mecânicas e sem cor.
Talvez tenha sido por isso que escolhi cursar Publicidade, é muito presente em mim a vontade de fazer diferente, interagir com outras pessoas e mostrá-las uma realidade mais criativa. E isso é trabalhoso, o esforço é obrigatório, pois obstáculos surgem a todo instante e para que se possa ultrapassa-los o suor é necessário, a superação deve estar presente. Além disso, tenho certeza de que para alcançar os objetivos desejados, deve-se haver doação e comprometimento, como já dizia Ricardo Reis em uma de suas odes: “Para ser grande, sê inteiro, nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes (...).”.

Por fim, arrisco em afirmar que as pessoas são tudo aquilo que acreditam e que fazem. Não basta dizer o que elas possuem, ou a cor de seus olhos. Eu poderia afirmar aqui que tenho um metro e cinquenta e quatro, cabelos cacheados e uma gata chamada Luna, entretanto diversos indivíduos poderiam se encaixar nessas características. O que traduz o que verdadeiramente representam as pessoas são as atitudes, os sonhos desejados e os caminhos que almejam trilhar. Da mesma maneira que uma dançarina demonstra tudo que aprendeu e tudo o que sente em alguns minutos de coreografia, expressar em palavras as coisas nas quais acredito é a melhor forma de apresentar quem sou.

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