1ª Versão
Por Aluno 20
Cinco, seis, sete e oito,... Essa é a contagem que uma bailarina faz
quando inicia uma coreografia para que entre perfeitamente no compasso, afim de
que cada passo de dança esteja sincronizado não apenas com a música que está
tocando, mas também com o sentimento que quer transmitir para o público. E para
isso, muitos ensaios são necessários, alguns tombos e diversas frustrações fazem
parte da construção do espetáculo final, em que a artista precisa demonstrar
tudo que aprendeu de uma maneira completa, misturando habilidade com graça,
força com doçura.
Interpreto minha vida dessa forma, como um espetáculo diário. Tenho
dezenove anos, danço desde os três. Desse modo, estou inserida nesse mundo mais
artístico desde muito cedo – talvez por influência do meu pai, o qual possui
habilidades musicais muito fortes – e tenho certeza que todo esse contexto mais
subjetivo que a arte aborda e que trago em minha vida, resulta em melhores
reflexões e soluções para os entraves de todos os dias, uma vez que cada vez
mais a rotina universitária traz junto consigo a responsabilidade e o estresse
atual, transformando os momentos em horas mecânicas e sem cor.
Talvez tenha sido por isso que escolhi cursar Publicidade, é muito
presente em mim a vontade de fazer diferente, interagir com outras pessoas e
mostrá-las uma realidade mais criativa. E isso é trabalhoso, o esforço é
obrigatório, pois obstáculos surgem a todo instante e para que se possa
ultrapassa-los o suor é necessário, a superação deve estar presente. Além
disso, tenho certeza de que para alcançar os objetivos desejados, deve-se haver
doação e comprometimento, como já dizia Ricardo Reis em uma de suas odes: “Para
ser grande, sê inteiro, nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe
quanto és no mínimo que fazes (...).”.
Por fim, arrisco em afirmar que as pessoas são tudo aquilo que acreditam
e que fazem. Não basta dizer o que elas possuem, ou a cor de seus olhos. Eu
poderia afirmar aqui que tenho um metro e cinquenta e quatro, cabelos cacheados
e uma gata chamada Luna, entretanto diversos indivíduos poderiam se encaixar
nessas características. O que traduz o que verdadeiramente representam as
pessoas são as atitudes, os sonhos desejados e os caminhos que almejam trilhar.
Da mesma maneira que uma dançarina demonstra tudo que aprendeu e tudo o que
sente em alguns minutos de coreografia, expressar em palavras as coisas nas
quais acredito é a melhor forma de apresentar quem sou.
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