1ª Versão
Por Aluno 1
Parar para me descrever é uma tarefa complexa. Exige que eu pare de olhar e apontar os defeitos dos outros e analise mais os mais. Não é simples, entretanto, se olhar para os outros como meu espelho consigo ver com mais clareza quem sou. Eu costumo fazer isso, e, percebo que, muitas vezes, os defeitos dos outros que mais me incomodam são os mesmos que os meus, mas que não consigo ver. Ao fim dessa tarefa, adquiri um grande conhecimento sobre eu mesma.
Acredito que, o fato de eu existir já me torna especial. Todos os seres existentes são únicos, cada um com suas qualidades. Basta com que descubramos essas qualidades e possamos aplica-las em coisas boas. Tenho muito isso em mim, a vontade de tentar ajudar as pessoas, de tentar ser útil de alguma forma para o mundo. Acho que de certa forma isso justifica a minha decisão pela área da educação.
Mas tentar mudar o mundo não é tarefa para uma pessoa realizar sozinha, e ver que há tanta miséria e pobreza em todo e qualquer lugar sabendo que eu estou com as mãos, de certa forma, atadas, me deixa frustrada e triste. E na maioria das vezes, não consigo esconder os meus sentimentos, então ando com um letreiro luminoso acima da minha cabeça dizendo como eu estou me sentindo naquele dia ou naquele momento.
Uma amiga muito próxima me disse uma vez: a Amelia é um livro aberto. E eu acho que é essa é a melhor definição sobre mim. Sem querer, eu exponho meus sentimentos, mas não me importo que as pessoas saibam como foi meu dia, se estou nervosa ou feliz, e até gostaria de saber como foi o dia delas também, como elas estão.
Conhecer os outros é uma forma de me conhecer, é uma forma de saber que há outras pessoas que também querem um lugar melhor para se viver. É meu jeito de me aproximar do mundo de forma mais humana, com defeitos, qualidades e, sobretudo, transparência. E é dessa forma que, hoje, eu posso me descrever.
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