1 Versão
Aluno 81
Era um lindo dia de verão. Meu pai me acorda
cedo por que temos que ir ao hospital. Onde estava minha mãe? Era muito
estranho ela não estar junto. Chegando ao hospital vimos minha mãe através de
um vidro. Não pude entender o que estava acontecendo, fiquei tão preocupada,
ela parecia estar cansada e doente. Disse ao meu pai que queria entrar, ver
ela, meu coração estava dilacerado vendo-a naquela situação, mas não podíamos,
teríamos de esperar os médicos liberarem ela. Foi uma espera longa e
agonizante, não podia parar de pensar nas possibilidades, só queria voltássemos
todos juntos para nossa casa.
Finalmente
chegou o momento. Pudemos sair em direção ao carro, mas havia algo de
diferente. Minha mãe segurava um embrulho em seus braços, parecia estar cansada
e cuidava muito daquilo. Quando sentamos no carro pude perceber que havia uma
criança em seus braços. Meu coração voltou a ficar apertado. Quem era aquele
bebê? Por que estávamos levando ele junto? Quando ele iria embora? Abracei o
banco do motorista, onde meu pai estava e tentei segurar a vontade de chorar.
Vendo-a tão feliz segurando aquela criança do meu lado, achei que tudo estava sendo
trocada.
Cheguei
em casa e esperei que aquela criança fosse deixada de lado. Meus pais me
chamaram, me apresentaram ao estranho. Chamava-se Juliano, disseram que era meu
irmão. “Mas quando ele vai embora?” Não iria mais embora, moraria conosco a
partir daquele momento. Meu coração apertou novamente. Meus pais deixariam de
me amar diante da criança nova? Eu teria que dividir tudo com ele? Fiquei
curiosa com aquela criança, nunca tinha tido contato com um bebê, mas para mim
aquele ser era um extraterrestre, vindo de outro mundo para invadir o meu.
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