terça-feira, 21 de junho de 2016

A vingança contra padrões

Aluno 104
Reescrita


O educador e pedagogo, José Pacheco, disse certa vez que se vira professor por amor ou por vingança. Assim como ele, acredito que eu tenha optado por seguir essa profissão por vingança. Durante toda minha vida tive bons professores, primeiramente meus pais que influenciaram muito na minha principal característica que fez com que eu escolhesse ser professora: discordar.
Minha mãe sempre diz que eu vim ao mundo discordando, já que eu nasci dias antes da data esperada por todos. Desde meus primeiros anos na escola eu não entendia o porquê de fazer certas atividades e esse meu jeito de procurar entender o sentido de todas as ações que nós realizamos na vida tem crescido cada vez mais. Essa minha característica de não aceitar padrões predeterminados fez com que eu começasse a pensar como seria se as coisas fossem diferentes. Em busca de respostas, nessas férias viajei para conhecer uma escola alternativa que funciona com turmas sem faixa etária fixa, sem provas e construída através da bioconstrução.
A minha convicção de que para uma sociedade diferente nascer, a base da vida, que é a educação, deve ser mudada. Portanto, a junção da minha vontade de discordar de normas com a vontade de ver uma mudança social me fez chegar ao curso de letras-licenciatura para que dessa maneira eu me torne professora e possa voltar para a escola para me vingar, principalmente, dos padrões que me foram impostos – mesmo que inconscientemente – pela educação que eu recebi. 

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