terça-feira, 21 de junho de 2016

Aluno 109
1 Versão


Quando comprei minha primeira HQ, mais precisamente meu primeiro mangá, não sabia que a experiência de leitura de algo, que fosse além de livros, pudesse ser tão difícil e tão divertida ao mesmo tempo.
 De cima para baixo, da direita para esquerda, assim era leitura daquela história em quadrinhos japonesa. Havia até um tutorial na primeira página, ou na última, para os leitores iniciantes que começassem pelo sentido “errado”. Caí no meio daquilo, sem entender por que da leitura diferente e como os personagens haviam chegado às situações que estavam.
Era o volume quatro da estória, que ainda está em publicação e que acompanho religiosamente até hoje, e mesmo com a dificuldade de entender todos os eventos, consegui me apegar rapidamente ao mundo que me foi apresentado. Uma narrativa com monstros, exorcistas, arca de Noé, uma substância mágica chamada Innocence e um protagonista com cabelo cinza e com coragem de sobra para enfrentar aqueles monstros, tudo isso num compilado de duzentas e tantas páginas, desenhado em preto e branco.
Comprar aquele pequeno tomo foi o pontapé inicial para conhecer novos mundos imaginários e um pouco de uma cultura muito distante da minha. Aquele amontoado de ideias, misturas que nunca pensei que pudessem dar certo, vindas do outro lado mundo. Se tivesse escolhido não gastar aqueles R$10,90 naquele livrinho ilustrado, com uma capa bem suspeita, diga-se de passagem, nunca teria conhecido aquele mundo que já acompanho há quase dez anos, e nem os muitos outros que vieram depois.
 Espero conseguir chegar até o final da estória daquele personagem de cabelo cinza, espero sempre ter a coragem me arriscar a conhecer novas aventuras de outros protagonistas peculiares, espero nunca deixar de ler novas estórias vindas da terra do sol nascente.

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