Aluno 109
1 Versão
Quando comprei minha primeira HQ, mais precisamente meu primeiro mangá, não sabia que a experiência de
leitura de algo, que fosse além de livros, pudesse ser tão difícil e tão divertida
ao mesmo tempo.
De cima para baixo, da direita
para esquerda, assim era leitura daquela história em quadrinhos japonesa. Havia
até um tutorial na primeira página, ou na última, para os leitores iniciantes
que começassem pelo sentido “errado”. Caí no meio daquilo, sem entender por que
da leitura diferente e como os personagens haviam chegado às situações que
estavam.
Era o volume quatro da estória, que ainda está em publicação e que
acompanho religiosamente até hoje, e mesmo com a dificuldade de entender todos
os eventos, consegui me apegar rapidamente ao mundo que me foi apresentado. Uma
narrativa com monstros, exorcistas, arca de Noé, uma substância mágica chamada Innocence e um protagonista com cabelo
cinza e com coragem de sobra para enfrentar aqueles monstros, tudo isso num
compilado de duzentas e tantas páginas, desenhado em preto e branco.
Comprar aquele pequeno tomo foi o pontapé inicial para conhecer novos
mundos imaginários e um pouco de uma cultura muito distante da minha. Aquele
amontoado de ideias, misturas que nunca pensei que pudessem dar certo, vindas
do outro lado mundo. Se tivesse escolhido não gastar aqueles R$10,90 naquele
livrinho ilustrado, com uma capa bem suspeita, diga-se de passagem, nunca teria
conhecido aquele mundo que já acompanho há quase dez anos, e nem os muitos
outros que vieram depois.
Espero conseguir chegar até o
final da estória daquele personagem de cabelo cinza, espero sempre ter a
coragem me arriscar a conhecer novas aventuras de outros protagonistas peculiares,
espero nunca deixar de ler novas estórias vindas da terra do sol nascente.
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