Aluno 105
1 Versão
Como
filha de artistas, minha vida foi, desde seus princípios, permeada pela arte.
Ainda fazendo parte apenas de um sonho distante, eu já atuava, junto com a
minha mãe, que trabalhou e ensaiou até o último dia de sua gravidez. Acredito
que muito da mulher que sou agora, espontânea e comunicativa tem a ver com essa
minha forte ligação com a arte.
O teatro, em especial, sempre me
ajudou muito, principalmente na hora de me comunicar, construir minha rede de
conhecidos. Além de tudo isso, comporta um pouco de uma de minhas principais
características, que é a impulsividade e o imediatismo, que são muito bem
moldadas e trabalhadas pelas energias teatrais. Ao atuar, eu vivi diversas
vidas, sem nem mesmo sair da minha própria: este é o encanto da coisa.
Dessa forma, cresci sendo sempre
muito inspirada à procurar uma arte que fosse “a minha arte”. Passei por vários
momentos, desde o “vou ser uma bailarina”, ao “vou ser cantora”, ao “vou ser
pintora, escultora, desenhista!” e até ao “vou ser dançarina de sapateado”.
Tangenciando as demais, sempre estive fazendo teatro, seja como “mascote” do
grupo de minha mãe ou, posteriormente, atuando em grupos e montagens cênicas
maiores. Também desenvolvi desde pequena um gosto muito peculiar pelos livros.
Lembro-me bem de uma certa feita em que devia ter, mais ou menos, 3 anos, e
possuía um livro impermeável, o qual andava comigo o tempo todo, até mesmo
quando não estava na água. E acredito que esta, entre tantas as experimentadas,
foi a arte na qual eu me encontrei como ser, como pessoa, como artista: a arte
de ler, escrever e de estudar tudo isso.
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