Reescrita
Por Aluno 8
“A cada livro que lemos, nos
transformamos um pouco mais, e em algo melhor”. A frase em questão foi redigida
pela escritora Ana Miranda, que defendia a importância da leitura na vida de
uma pessoa. Para mim, a leitura proporcionou momentos inesquecíveis e formou um
pouco de minha definição.
Parte
do que eu sou hoje se deve aos livros, as histórias que li e reli, pelas quais
nutri ódio ou amor, ou pelas quais simplesmente não nutri sentimento algum. Lembro-me
de afundar no sofá da sala, que ficava de frente para a janela, revirando as
páginas (e os olhos) a cada capítulo de “Melancia”, de Marian Keynes. Jurei que
tentaria não nenhuma história na qual uma depressão de um protagonista durasse
mais de 200 páginas.
Por outro lado, outras obras me
cativaram desde o início. Um exemplo que me instigou ao gosto pela leitura foi
Harry Potter. Lia sem parar, horas e horas a fio, sentada no mesmo sofá cor de
cobre. Suas lições básicas de amor pela família, o valor da amizade e a questão
do “enfrentar os medos” me ajudaram não só a ter prazer pela leitura, mas
também a usar esses ensinamentos em minha vida.
Outro aspecto positivo de ficar sempre
com a cara enterrada nos livros foi à escrita. Quis redigir minhas próprias
histórias, transmitir meus pensamentos adiante. Já escrevi sobre mares
tempestuosos e grandes aventuras, sobre o cotidiano e até mesmo sobre o tédio
de domingo. Nem sempre textos coerentes, às vezes sem conclusão, mas escrever
sobre mim parece ser um novo desafio, algo diferente.
É uma tarefa de dois lados: é fácil,
pois temos toda e qualquer informação que desejaríamos usar, e difícil, pois é
árduo o caminho até escolhermos as palavras certas e as situações que passamos
que seriam capazes de nos definir. Escolhi a leitura por fazer parte de mim há
tanto tempo, que já nem lembro mais quando eu não gostava de ler.
Gastei tanto tempo (e tinta) contando
sobre os livros porque eles me formaram e me ajudaram em várias ocasiões, me
distraíram e me serviram de companhia, refúgio e limbo. Não li para aprender a
gramática nem novos vocabulários, mas para crescer e abrir os olhos para um
novo mundo, repleto de novas descobertas sobre ele e sobre mim mesma.
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