quarta-feira, 23 de abril de 2014

Leitura e Identidade

Reescrita
Por Aluno 8


“A cada livro que lemos, nos transformamos um pouco mais, e em algo melhor”. A frase em questão foi redigida pela escritora Ana Miranda, que defendia a importância da leitura na vida de uma pessoa. Para mim, a leitura proporcionou momentos inesquecíveis e formou um pouco de minha definição.
            Parte do que eu sou hoje se deve aos livros, as histórias que li e reli, pelas quais nutri ódio ou amor, ou pelas quais simplesmente não nutri sentimento algum. Lembro-me de afundar no sofá da sala, que ficava de frente para a janela, revirando as páginas (e os olhos) a cada capítulo de “Melancia”, de Marian Keynes. Jurei que tentaria não nenhuma história na qual uma depressão de um protagonista durasse mais de 200 páginas.
Por outro lado, outras obras me cativaram desde o início. Um exemplo que me instigou ao gosto pela leitura foi Harry Potter. Lia sem parar, horas e horas a fio, sentada no mesmo sofá cor de cobre. Suas lições básicas de amor pela família, o valor da amizade e a questão do “enfrentar os medos” me ajudaram não só a ter prazer pela leitura, mas também a usar esses ensinamentos em minha vida.
Outro aspecto positivo de ficar sempre com a cara enterrada nos livros foi à escrita. Quis redigir minhas próprias histórias, transmitir meus pensamentos adiante. Já escrevi sobre mares tempestuosos e grandes aventuras, sobre o cotidiano e até mesmo sobre o tédio de domingo. Nem sempre textos coerentes, às vezes sem conclusão, mas escrever sobre mim parece ser um novo desafio, algo diferente.
É uma tarefa de dois lados: é fácil, pois temos toda e qualquer informação que desejaríamos usar, e difícil, pois é árduo o caminho até escolhermos as palavras certas e as situações que passamos que seriam capazes de nos definir. Escolhi a leitura por fazer parte de mim há tanto tempo, que já nem lembro mais quando eu não gostava de ler.
Gastei tanto tempo (e tinta) contando sobre os livros porque eles me formaram e me ajudaram em várias ocasiões, me distraíram e me serviram de companhia, refúgio e limbo. Não li para aprender a gramática nem novos vocabulários, mas para crescer e abrir os olhos para um novo mundo, repleto de novas descobertas sobre ele e sobre mim mesma.













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