quarta-feira, 23 de abril de 2014

Apresentação pessoal

            1ª Versão
Por Aluno 8 



            Já escrevi sobre mares tempestuosos e grandes aventuras, sobre o cotidiano e até mesmo sobre o tédio de domingo. Fiz redações elaboradas, outras vezes textos redigidos com pressa, alguns bem feitos, outros nem tanto.                     
            Entretanto, escrever sobre mim mesma parece uma tarefa de dois lados: é fácil, pois temos toda e qualquer informação que desejaríamos usar, e difícil, pois é árduo o caminho até escolhermos as palavras certas e as situações que passamos que seriam capazes de nos definir. 

            Escolho então “começar pelo começo”. Parte do que eu sou hoje se deve aos livros, as histórias que li e reli, pelas quais nutri ódio ou amor, ou pelas quais simplesmente não nutri sentimento algum. Quando era pequena, o que não faz tanto tempo assim, decidi que queria contar feitos, inventar diálogos e peças, romances e loucuras.
            Para isso, quis começar a ler. Não só aprendi como me apaixonei pela leitura, e acabei fazendo de uma obrigação uma oportunidade nova, algo pelo qual decidi passar o resto da vida tentando me realizar. 
            Já quis ser astronauta, para ver as estrelas bem de perto. Quis ser cantora, caixa de supermercado, paleontóloga e diretora de cinema, mas nunca tive tanta certeza quanto à de viver dos livros, seja lendo, escrevendo ou ensinando sobre eles.
          Se fosse escrever um livro sobre a minha vida, contaria que já fiz viagens de mochila, de intercâmbio e de compras, que já matei aula pra fazer teatro, vendi meu cabelo, aprendi a cantar, perdi os documentos, fiz alguns bons amigos e perdi outros que jamais achei que perderia. O caso é que vivi tudo isso e pretendo viver ainda mais, com todas as letras inclusas. 
          Apresentar-me é contar o que e quem sou, talvez por isso tenha gasto tanto tempo (e tinta) contando sobre os livros. Porque eles me formaram e me ajudaram em várias ocasiões, me distraíram e me serviram de companhia, refúgio e limbo. Não li para aprender a gramática nem novos vocabulários, mas para crescer e abrir os olhos para um novo mundo, repleto de novas descobertas sobre ele e sobre mim mesma.


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