quinta-feira, 9 de junho de 2016

Fazer amor: orientações gerais

Aluno 74
Reescrita


Para esta prática, inicialmente, é imprescindível o envolvimento de, no mínimo, duas pessoas; isso porque no caso de haver somente um envolvido o processo será outro e receberá o nome de masturbação. Quanto ao limite máximo, alguns argumentam que havendo mais de duas pessoas o processo seria descaracterizado, passando a se chamar ménage ou suruba, mas não há um consenso quanto a isso. Para tratarmos do assunto de maneira mais plural, o mais prudente é estabelecer que não há um limite máximo de pessoas, sendo apenas importante ressaltar que quanto maior o número de envolvidos, mais complexo se tornará o processo. Faz-se necessário, apenas, que todos os envolvidos participem ativamente, mesmo que seja passivamente (com o perdão do trocadilho).
Em relação ao gênero dos participantes também não há restrição. Qualquer configuração é possível desde que envolva seres dotados de razão, ou seja, mulheres e/ou homens e todas as possíveis apresentações desses gêneros.
Há um requisito indispensável, que é também principal caracterizador da prática de fazer amor, que é o consentimento mútuo. Para que esse requisito seja cumprido todos os envolvidos devem ser adultos, estarem cientes, conscientes e predispostos ao ato. Caso algum desses critérios não seja cumprido o processo torna-se o oposto de fazer amor e passa a se chamar estupro. Atendidos os critérios mencionados, existem algumas orientações que podem ser oferecidas a título de sugestão, visto que fazer amor é uma prática bastante diversa e que comporta muitas variações.
Sugere-se, para que o processo tenha maior êxito, que os envolvidos estejam total ou parcialmente nus, embora isso seja apenas um facilitador, já que a junção dos corpos e o toque das peles são altamente recomendados. Algumas pessoas consideram, no entanto, que determinadas vestimentas podem ser fator de grande sucesso para a atividade, pois o estímulo visual pode ser bastante útil. De qualquer forma, orienta-se fortemente que pelo menos em algum momento os corpos se toquem diretamente.
Algumas pessoas consideram importante uma higienização prévia, outras preferem deixar tudo ocorrer mais naturalmente. Ambos os casos apontam para o indício de que questões olfativas interferem bastante no sucesso da atividade e, sendo assim, é aconselhável que isso seja esclarecido e conversado, para que se possa atender adequadamente à preferência dos envolvidos.
Recomenda-se que os participantes estejam à vontade uns com outros e tranquilos com a sua aparência, pois argumenta-se que quanto maior a intimidade consigo e com o outro, melhores os resultados. Em função disso algumas pessoas consideram recomendável fazer amor com amigos. Outros argumentam que esta seria uma boa justificativa para o casamento, mas, como vimos, o casamento não está entre os critérios necessários para se fazer amor. Além disso, algumas pessoas preferem fazer amor com desconhecidos, motivo pelo qual a melhor coisa a se fazer é encontrar pessoas que tenham os mesmos objetivos que você.
A atividade comporta diversas posições, podendo os participantes estarem em pé, sentados, deitados ou de quaisquer outras maneiras que permitam o entrelaçamento dos corpos. O uso de beijos e abraços, dos mais diversos tipos, é um método recorrente e altamente recomendado. A prática pode ser feita em diversos locais também, desde que comporte os envolvidos de maneira confortável e propícia ao ato. A escolha do local deve-se ao grau de discrição dos participantes e ao seu apego por maior ou menor comodidade, sendo possível fazer amor em motéis, em carros, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê. Como as possibilidades são diversas em relação às posições, métodos e locais os praticantes devem decidir entre si quais as melhores combinações.
Fazer amor é uma arte bastante difundida e praticada e também o principal meio de reprodução da espécie, o que leva alguns a argumentarem que esse seria o objetivo da prática. No entanto, como sabemos, há diversas pessoas que fazem amor sem intenção alguma de deixar herdeiros e das quais depende, inclusive, uma enorme indústria de contraceptivos das mais diversas categorias. Outros argumentam que o objetivo da prática seria o orgasmo, o que é facilmente refutado pelo fato de que diversas pesquisas apontam que um grande percentual de mulheres nunca chegou ao clímax em toda a sua vida sexual. Por esses motivos, tudo leva a crer que o objetivo dessa prática milenar resume-se nela mesma, ou seja, deve-se fazer amor pelo prazer e felicidade que esse ato proporciona enquanto ocorre. Algumas pessoas, porém, em determinados momentos da vida, fazem amor somente para ter filhos ou somente para ter orgasmos; nesses casos, é imprescindível que os envolvidos estejam de acordo com relação aos objetivos de cada um, facilitando que eles sejam atingidos.
Por fim, é importante mencionar que, como toda atividade conjunta que comporta muitas possibilidades, é extremamente importante que o processo seja permeado pelo diálogo. Esse diálogo, ressalto, não precisa necessariamente ocorrer com palavras, desde que o entendimento ocorra entre as partes.
Então, como última dica, sugiro que caso você esteja se organizando para essa prática ou esteja envolvido com ela cotidianamente, havendo dúvidas, você deve se perguntar: estou conseguindo satisfazer todos os envolvidos (incluindo você)? Caso a resposta seja sim, pode ficar tranquilo, você está fazendo amor direitinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário