quinta-feira, 9 de junho de 2016

Sem Título

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Aluno 78


Começo o texto já deixando claro: escrever sobre eu mesmo não é meu forte. Não porque não acho minhas histórias interessantes, pelo contrário; toda história é interessante, o que muda é para quem esta interessa. Meu nome é Ricardo, dezessete anos, morador e curiosamente natural ali de Cachoeirinha, sim, Cachoeirinha. Atualmente divido meu tempo entre ter caído de paraquedas na faculdade e continuar com as coisas que eu estava fazendo já que no meu plano eu nem teria passado no vestibular. “Como assim? Não queria estar na faculdade?” Claro que queria! E quis tanto que consegui, o que eu não tinha era expectativa de passar esse ano...
            Apaixonado por cinema, praticante ativo de artes e curioso pela história, escolhi Letras devido ao amor que tenho pelo inglês. Jurei a mim mesmo que não deixaria para trás nenhum de meus antigos projetos, é por isso que enquanto escrevo, esperam-me dois quadros a serem pintados com aquarela, três filmes que quero assistir, um par de pneus que devem até o fim da tarde serem cheios e colocados na bicicleta que estou montando, que é minha segunda. São coisas que eu gosto, não consigo simplesmente escolher uma só na qual me focar. E acreditem, está sendo difícil resumir aqui as coisas as quais gosto de fazer. Se tivesse que listar as músicas que gosto de ouvir, ou os atores os quais mais gosto, passaria e muito do limite aceitável para uma redação cujo tema principal é eu. 
            Estaria omitindo um detalhe importante se não citasse o fato de que quando estou falando de algo que amo, não paro nunca. É certamente estranho e possivelmente entediante para quem não me conhece quando perguntam sobre alguma das séries de ficção científica que assisto e recebem descrição completa. Ou quando me perguntam sobre alguns de meus amigos e passo longos minutos contando, com ênfase nos mínimos detalhes, alguma história que tenho com tal pessoa. Mas deixo claro que um de meus passatempos preferidos é ouvir quem quer que seja descrevendo as coisas que ama.
            Gosto de pensar que as pessoas gostam de mim, assim como sou. Ao menos as que ainda não me conhecem, pois destas dependo simplesmente da primeira impressão, a que tento ao máximo fazer boa. Faço coisas bobas e dou risada de outras ainda mais bobas, não sou de omitir sinceridade e muito menos de mentir sobre o que estou sentindo. E sinto, sinto muito. Sou feito de sentimentos e das pessoas ao meu redor, por isso me cerco das que gosto, das que me fazem bem. Por isso sou assim, tentando melhorar sempre aqui e ali.

             

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