Reescrita
Aluno 71
Sou tão
indeciso quanto uma criança ao escolher qual doce comprar. Isso me causa problemas:
desde passar horas escolhendo qual filme assistir ou qual roupa vestir até o
ano inteiro pensando sobre a escolha da faculdade a ser cursada – minha
indecisão sempre toma as rédeas da situação e do meu equilíbrio emocional.
Quando no
“cursinho”, mesmo com uma ideia formada (Letras), outras opções surgiram em
minha frente e se puseram à mesa me causando grande dúvida. Biologia e,
principalmente, psicologia foram, diariamente, causadoras de oscilações de
humor e de extrema ansiedade quando alguém citava o tópico “escolha de curso”.
Áreas um tanto quanto diferentes e singulares, mas que me atraíam e ainda
atraem de diferentes formas: a beleza da natureza e o funcionamento – me atrevo
a dizer – perfeito dela, e a complexidade do estudo e aplicação da psicologia
em suas diferentes áreas. Ainda assim, com essa confusão e desnorteamento,
minha paixão pelas línguas estrangeiras, minha curiosidade e simpatia pelo
estudo da linguística e o encanto pela produção textual não me deixaram de lado
e não me deixaram fugir da escolha para o vestibular: Letras.
Algumas
escolhas são de grande importância em nossas vidas e muitas vezes não há tempo
para titubear; “ficar em cima do muro” sobre o encaminhamento da minha educação
superior pode fazer com que eu não me dedique por inteiro a essa e prejudique,
assim, a qualidade do profissional – professor provavelmente – que vou me
tornar. Tive contato com profissionais de diferentes áreas e a única certeza
que tenho é de que devo escolher bem, de que devo escolher algo que venha a me
fazer feliz e que eu venha a realizar minha função com maestria e prazer. Tive
muitos professores que não eram felizes ou virtuosos em suas funções e não
admito ser um deles caso siga a profissão, não admito fazer parte do clube.
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