segunda-feira, 13 de junho de 2016

Sem título

Reescrita
Aluno 71


Sou tão indeciso quanto uma criança ao escolher qual doce comprar. Isso me causa problemas: desde passar horas escolhendo qual filme assistir ou qual roupa vestir até o ano inteiro pensando sobre a escolha da faculdade a ser cursada – minha indecisão sempre toma as rédeas da situação e do meu equilíbrio emocional.
Quando no “cursinho”, mesmo com uma ideia formada (Letras), outras opções surgiram em minha frente e se puseram à mesa me causando grande dúvida. Biologia e, principalmente, psicologia foram, diariamente, causadoras de oscilações de humor e de extrema ansiedade quando alguém citava o tópico “escolha de curso”. Áreas um tanto quanto diferentes e singulares, mas que me atraíam e ainda atraem de diferentes formas: a beleza da natureza e o funcionamento – me atrevo a dizer – perfeito dela, e a complexidade do estudo e aplicação da psicologia em suas diferentes áreas. Ainda assim, com essa confusão e desnorteamento, minha paixão pelas línguas estrangeiras, minha curiosidade e simpatia pelo estudo da linguística e o encanto pela produção textual não me deixaram de lado e não me deixaram fugir da escolha para o vestibular: Letras.
Algumas escolhas são de grande importância em nossas vidas e muitas vezes não há tempo para titubear; “ficar em cima do muro” sobre o encaminhamento da minha educação superior pode fazer com que eu não me dedique por inteiro a essa e prejudique, assim, a qualidade do profissional – professor provavelmente – que vou me tornar. Tive contato com profissionais de diferentes áreas e a única certeza que tenho é de que devo escolher bem, de que devo escolher algo que venha a me fazer feliz e que eu venha a realizar minha função com maestria e prazer. Tive muitos professores que não eram felizes ou virtuosos em suas funções e não admito ser um deles caso siga a profissão, não admito fazer parte do clube.


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