terça-feira, 22 de abril de 2014

Apresentação

    1ª Versão
Por Aluno 18


 “Apresente-se”, disse ela. E, de repente, me vi em apuros. Além de buscar o sentido de definição, tinha que pensar em como fazer um texto objetivo. Eu nunca pensei em como poderia ser difícil definir-me. É muito simples falar o meu nome, a minha idade, o meu sexo, as minhas características mais evidentes. No entanto, a minha definição (e a de qualquer outra pessoa) deve ser muito mais complexa do que isso.
     Tem a ver com o que eu gosto, ou com o que eu sou? Ou com os dois? Mas todos têm essas coisas, logo, não é a resposta “certa”. Vivo tão preocupada com as definições alheias que acabei esquecendo de definir a mim mesma. “O que me faz única neste mundo?”, perguntei-me. Talvez a minha vontade de ser professora, de mudar o mundo com um pedaço de giz e algumas ideias. Mas milhares de pessoas sonham em fazer o mesmo que eu. Mais uma vez, resposta “errada”.
     Porém buscar as respostas de uma definição pronta tornou-se inútil. Percebi que, por mais que tentasse, seria impossível definir-me em uma palavra ou até mesmo em milhares de textos. Não existe definição pronta, esperando para ser lida e entendida por cada um.  Eu e qualquer um definimo-nos a partir de nossas atitudes em cada situação; sem preocupações de a resposta de definição ser “certa” ou “errada”. Gostar de Literatura, chamar-me Jéssica e ter 19 anos me faz única sim. Não são características só minhas, porque existem milhares de pessoas com 19 anos, que se chamam Jéssica ou gostam de Literatura, mas em mim essas características tão comuns tornam-se únicas porque, mesmo sendo partilhadas, o que eu faço e sinto por elas é diferente. Então, por que é tão fácil definir os outros, mas, quando falamos de nós mesmos, uma confusão de pensamentos toma conta da mente? A facilidade de definir os outros sem um pensamento mais profundo e uma confusão de ideias pode estar vinculada à nossa dificuldade de definição e de uma observação sobre si.


     Portanto, se houvesse uma fórmula para definir-se, seriam necessárias menos preocupações de um julgamento “certo” ou “errado” e mais observações e sensações sobre cada momento vivido. Daqui a 10 anos, minha “teoria” de definição pode soar uma besteira para mim ou talvez continue sendo válida. Quer dizer, então, que eu ainda precisarei observar e aprender algo com as situações que estão por vir.

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