terça-feira, 22 de abril de 2014

Vinte anos da vida

1ª Versão
Por Aluno 25


Acho que este é o texto mais difícil que eu já tive que escrever. Muito mais fácil falar dos outros e de assunto variados do que de si próprio, mas tudo bem, vamos lá. Começo quase pelo meio do que já vivi até agora.
Prestei meu primeiro vestibular para veterinária e até hoje não sei o por que. Na verdade acho que não sabia o que queria, aliás não queria fazer faculdade, não queria estudar, queria curtir a vida, apenas viver. Como não passei então podemos pular para o segundo, biologia, também ainda não entendi, mas cursei o primeiro semestre e desisti. Fui morar na Inglaterra, 2 anos longe de tudo e de todos para tentar descobrir do que eu gostava e claro viver novas experiências e conhecer pessoas e lugares. Amei. Conheci muita gente, muitos lugares e aprendi muito também, por exemplo, a cozinhar. Antes não sabia nem fazer massa instantânea.
Na volta da viagem resolvi dar aulas de inglês para manter a fluência e continuar aprendendo. Sob pressão interna corporis, quero dizer minha e da família, veio outro vestibular, desta vez para geografia. E com essa decisão vários questionamentos surgiram. Me perguntava o tempo todo se realmente eu queria ser professora. Naquela época não conseguia enxergar nada além disso, porque na verdade com a geografia não havia muito mais o que se fazer a não ser dar aulas. Cursei dois anos e resolvi mudar. Que porcaria. Fiz então meu quarto vestibular, para direito. Nesse fui até o fim, com direito a estágio, trabalho, carteira da Ordem, Pós Graduação e muitos e muitos cursos. Terminei e fiz tudo como manda o figurino, mas continuava sem gostar do que estava fazendo.
Bom lembrar que desde a volta da viagem nunca parei de dar aulas de inglês. Então, após todos esses anos e todos esses cursos, cá estou na faculdade de letras, porque descobri depois de viver tudo isso que o que realmente gosto é de dar aula, especialmente para crianças, minha paixão, tenho prazer em ensinar. Adoro reencontrar meus alunos e ouvir deles que foram viajar e conseguiram se comunicar, que tinham pavor de inglês e hoje amam, que decidiram fazer faculdade de letras por minha causa (e eu no direito), enfim, descobri que nasci para ser professora.
Tentei mudar o mundo sendo advogada e fiquei muito frustrada, infelizmente quando os problemas chegam à justiça, na minha opinião, já é tarde demais. Além do que achei essa senhora, a Justiça, muito injusta, não vi igualdade, nem respeito e nem imparcialidade. Quero dar aulas de inglês e tentar mudar um pouquinho essa má impressão que todos têm do ensino de línguas na escola.


Muito prazer, meu nome é Luciana Ehlers Fernandes.

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