1ª Versão
Por Aluno 25
Acho que este é o texto mais
difícil que eu já tive que escrever. Muito mais fácil falar dos outros e de
assunto variados do que de si próprio, mas tudo bem, vamos lá. Começo quase
pelo meio do que já vivi até agora.
Prestei meu primeiro vestibular
para veterinária e até hoje não sei o por que. Na verdade acho que não sabia o
que queria, aliás não queria fazer faculdade, não queria estudar, queria curtir
a vida, apenas viver. Como não passei então podemos pular para o segundo, biologia,
também ainda não entendi, mas cursei o primeiro semestre e desisti. Fui morar
na Inglaterra, 2 anos longe de tudo e de todos para tentar descobrir do que eu
gostava e claro viver novas experiências e conhecer pessoas e lugares. Amei. Conheci
muita gente, muitos lugares e aprendi muito também, por exemplo, a cozinhar.
Antes não sabia nem fazer massa instantânea.
Na volta da viagem resolvi dar
aulas de inglês para manter a fluência e continuar aprendendo. Sob pressão
interna corporis, quero dizer minha e da família, veio outro vestibular, desta
vez para geografia. E com essa decisão vários questionamentos surgiram. Me
perguntava o tempo todo se realmente eu queria ser professora. Naquela época
não conseguia enxergar nada além disso, porque na verdade com a geografia não
havia muito mais o que se fazer a não ser dar aulas. Cursei dois anos e resolvi
mudar. Que porcaria. Fiz então meu quarto vestibular, para direito. Nesse fui
até o fim, com direito a estágio, trabalho, carteira da Ordem, Pós Graduação e
muitos e muitos cursos. Terminei e fiz tudo como manda o figurino, mas
continuava sem gostar do que estava fazendo.
Bom lembrar que desde a volta da
viagem nunca parei de dar aulas de inglês. Então, após todos esses anos e todos
esses cursos, cá estou na faculdade de letras, porque descobri depois de viver
tudo isso que o que realmente gosto é de dar aula, especialmente para crianças,
minha paixão, tenho prazer em ensinar. Adoro reencontrar meus alunos e ouvir
deles que foram viajar e conseguiram se comunicar, que tinham pavor de inglês e
hoje amam, que decidiram fazer faculdade de letras por minha causa (e eu no
direito), enfim, descobri que nasci para ser professora.
Tentei mudar o mundo sendo advogada
e fiquei muito frustrada, infelizmente quando os problemas chegam à justiça, na
minha opinião, já é tarde demais. Além do que achei essa senhora, a Justiça,
muito injusta, não vi igualdade, nem respeito e nem imparcialidade. Quero dar
aulas de inglês e tentar mudar um pouquinho essa má impressão que todos têm do
ensino de línguas na escola.
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