Aluno 112
Reescrita
Um dos maiores desafios da vida é
conseguir encontrar, em meio a um emaranhado de blusas, mantas, toucas, casacos
e calças, aquele único par de luvas que você comprou no ano passado e não faz
ideia de onde colocou. Pensando nisso, a brava arte de arrumar um roupeiro foi
criada. Como boa pessoa que sou, ajudarei você, leitor, a desenvolvê-la.
Primeiramente, pegue uma caixa ou
sacolas para descarte. Comece pelas portas que mais lhe incomodam: geralmente é
aquela onde você guarda várias coisas que não usa mais ou não tem mais onde
pôr. Descarte o que não for necessário e o organize de forma sistemática o que
julgar essencial: Assim você terá mais espaço para guardar, por exemplo,
aqueles sapatos que estão perdidos debaixo da cama.
Em seguida, crie coragem e encare suas
roupas. Algumas pessoas dividem suas roupas por cores, outras por ocasiões.
Para mim sempre funciona a técnica das quatro estações: você divide, nas
prateleiras, o que irá usar em cada estação. Por exemplo, na prateleira de
cima, ponha roupas da estação passada. Na do meio, que está ao seu alcance,
guarde as roupas que usará nessa estação. Não tenha medo de jogar para o
descarte aquela saia que não lhe serve mais: Desapegar é essencial para que
roupas novas possam entrar na nossa vida.
Não se esqueça de organizar as roupas
de festas e eventos sociais. Seja amoroso com essa parte, pois são dessas
roupas que você vai precisar quando for requisitado a impressionar alguém. O
ideal é que você use cabides para casacos com ombreiras e camisas sociais ficarem
bem conservados (bem como demais tecidos delicados). Pensando nisso, resolvi deixar meus vestidos de cetim e camisas
sociais bem passados e separados por cabides, assim não vou me perder na hora
que precisar achar.
Quando finalmente acabar, fique apenas
absorvendo a disposição artística das sua bagunça organizada. Essa é, talvez, a
beleza de arrumar as próprias roupas: saber que na manhã seguinte você poderá
encontrar aquele belo par de luvas que você ganhou de brinde no clube de
patinação do ano passado e jamais sofrer com dedos congelados novamente.
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