terça-feira, 21 de junho de 2016

Quem sou eu.

Aluno 97
Reescrita


Desde criança eu queria ser professora. Já pensei como seria a minha vida se eu fizesse física. Provavelmente eu seria o tipo de professora que fala e gesticula até com os dedos do pé. Cheguei a cursar dois semestres de Automação Industrial, não era muito a “minha praia” por causa das cadeiras de programação. Eu gosto da física, embora ela não me ame, acho a teoria toda muito linda, mas não me dou tão bem com os números. Já pensei em ser professora de educação física e nunca ter uma aula monótona. Ser a professora legalzona que leva o pessoal para correr no Marinha. Pensei até em ser profesora de história,  esse foi meu maior sonho. Eu quis história por causa de um professor fantástico que tive, o sor Henrique, ele era incrível, como profissional e como pessoa. Ele costumava fazer seminários, teatros e diversas atividades interativas. Um professor ao qual eu admirei -eu e uma escola inteira-, ainda mais pelos altos papos sobre o Grêmio na Libertadores de 2007. Eu queria ser como ele. Ser a professora de história que ele era. Desisti.
Infelizmente, o professor Henrique faleceu em 2011, e deixou uma multidão de ex-alunos e colegas de profissão saudosos. Foi um bom amigo, uma boa companhia para um mate debaixo do sol das nove da manhã, e a única verdadeira lástima é saber que nenhuma próxima geração vai ter a honra de ter aula com ele.
Eu escolhi ser professora por que eu queria fazer parte da mudança, eu quero ensinar a valorizarem o professor, quero mudar o mundo para alguém, assim como o sor Henrique mudou o meu e me motivou a entrar para a Licenciatura, e depois de ter uma experiência em sala de aula, dando aulas de inglês, eu pude ter a certeza de que é o que eu quero.
            Eu desisti da história quando eu percebi que eu não precisava fazer história para ser como o professor Henrique. Eu posso fazer o que eu quiser! O que eu decidir que amo, e ainda assim, trazer os fundamentos dele para comigo. Talvez, eu tenha escolhido Letras por ja ter tido uma experiência em sala de aula e ter feito a diferença do jeito que eu sempre quis fazer. A questão é que, pouquíssimas pessoas encontram sua realização pessoal, como profissionais, seu curso na vida. Escolher uma carreira pelo amor e não pela remuneração é corajoso. Independênte de como tenha procedido essa minha escolha, estou feliz com ela.

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