Aluno 134
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Ter medo de aranha é bem comum, e mais comum ainda são as piadas que as pessoas fazem com um medo “tão bobo”. Uma amiga da minha mãe era uma dessas pessoas que pensava que era ridículo ter medo de um bicho tão pequeno -no caso de aranhas que encontramos em nossos apartamentos e casas. Qual seria o mal que um animal daquele tamanho poderia fazer a um “gigante” como nós?
Ela trabalhava em uma lancheria, mais especificamente na parte da cozinha. Fazia hambúrgueres e pratos do dia, uma coisa muito comum para muitos trabalhadores, oseu local de trabalho era localizado em um bairro bom e seguro o que deixava sua vida mais leve e sem tantas preocupações. Tita nunca teve medo de aranhas, insetos ou coisa do tipo, para ela era uma bobagem, “era só esmagar que já matava”.
Até que certo dia no trabalho tudo estava ocorrendo bem, até que enquanto ela preparava mais um hambúrguer sentiu uma coisa cair na sua mão, era uma pequena aranha marrom, sem hesitar balançou a mão para que o bicho saísse e pudesse continuar seu trabalho. No momento não sentiu nada, porém mais tarde sua mão começou a ficar vermelha e inchada, preocupada, achou melhor ir no hospital verificar o que havia acontecido.
Chegando no hospital, Tita logo foi atendida, mas a notícia que iria receber nunca passaria por sua cabeça. Aquela pequena aranha era venenosa, mas não de um jeito que se tomasse remédio passava, era um veneno que necrosa a nossa pele e se não tratado poderia levar a perda de membros ou até mesmo a morte. Foram meses de desespero e difícil tratamento para haver uma recuperação total de sua mão, que ora melhorava ora piorava.
Tita ficou com sua mão boa depois do final do tratamento e pode parecer uma história boba, mas me trouxe grande aprendizado. Nenhum medo pode ser considerado bobo, porque nunca sabemos o que se esconde por trás -ou por dentro- de um “veneno”. Que as aparências e tamanhos podem enganar, como uma pequena aranha demonstrou. E que ter medo de aranhas, independentemente de seu tamanho ou cor, é bem plausível de se ter.
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