segunda-feira, 14 de julho de 2014

A variação linguística versus a Gramática normativa no contexto escolar.

1ª Versão
Por Aluno 9






                        Afinal, se tratando de contexto escolar, o que deve ser levado em consideração? Variação linguística ou a necessidade da Gramática normativa para as situações formais da vida profissional posterior à escola?
                        Na charge acima encontramos o chamado “preconceito linguístico” sendo praticado por uma professora. O autor Maurício de Souza retrata com veracidade o que seria um episódio de preconceito linguístico vivido em sala de aula. Conversamos com a professora Andréa de Boni Joukoski para sabermos mais sobre o que é preconceito linguístico, e como evita-lo sendo professora de Gramática normativa da língua portuguesa.
                        Andréa começa nos esclarecendo sobre a pluralidade nas maneiras de falar – A variação linguística é inerente à qualquer língua – afirma Andréa. Levando em consideração somente esse trecho da fala da professora, poderíamos afirmar que o preconceito da variação é incoerente, pois nenhuma língua é homogênea, tendo assim muitos falantes com uma variedade enorme de modos de fala.
Para evitar o preconceito, é necessário ter essa percepção da fala, e da língua, tendo ciência de que todos falamos de maneiras diferentes. De acordo com o contexto vivido escolhemos determinadas maneiras de falar, escolhemos o léxico que será usado, a pronúncia, etc.
                        Contudo, o ensino da gramática em si traz muitos benefícios segundo a professora. – Precisamos preparar o aluno para as situações formais, para as entrevistas de emprego, para uma comunicação clara no mundo formal – diz ela. Entretanto, se poderia discordar dessa visão, já que o ensino da Gramática normativa nas escolas tem sido um tanto quanto “agressivo”. É convencional dizer ao aluno que se deve falar e escrever de certa forma, mas não é informado a ele que existem diferentes contextos no mundo. Foca-se no contexto formal e diz-se que esse é o único existente, estando os outros modos de falar “errados”.

                        Cabe aos professores ter uma balança dos limites da variação linguística, ou seja, não deixar que a sala de aula vire uma bagunça, afinal sala de aula também e ambiente formal. E também uma balança do preconceito linguístico, pois o aluno deve ser preparado sim para o contexto formal, mas deve ser levado a um entendimento natural da necessidade de aprender a se comunicar com as regras prescritivas da língua.

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