1ª Versão
Por Aluno 9
Afinal, se tratando de contexto escolar, o que deve ser levado
em consideração? Variação linguística ou a necessidade da Gramática normativa
para as situações formais da vida profissional posterior à escola?
Na charge acima encontramos o
chamado “preconceito linguístico” sendo praticado por uma professora. O autor
Maurício de Souza retrata com veracidade o que seria um episódio de preconceito
linguístico vivido em sala de aula. Conversamos com a professora Andréa de Boni
Joukoski para sabermos mais sobre o que é preconceito linguístico, e como
evita-lo sendo professora de Gramática normativa da língua portuguesa.
Andréa começa nos esclarecendo
sobre a pluralidade nas maneiras de falar – A variação linguística é inerente à
qualquer língua – afirma Andréa. Levando em consideração somente esse trecho da
fala da professora, poderíamos afirmar que o preconceito da variação é incoerente,
pois nenhuma língua é homogênea, tendo assim muitos falantes com uma variedade
enorme de modos de fala.
Para evitar o preconceito, é
necessário ter essa percepção da fala, e da língua, tendo ciência de que todos
falamos de maneiras diferentes. De acordo com o contexto vivido escolhemos
determinadas maneiras de falar, escolhemos o léxico que será usado, a
pronúncia, etc.
Contudo, o ensino da gramática em
si traz muitos benefícios segundo a professora. – Precisamos preparar o aluno
para as situações formais, para as entrevistas de emprego, para uma comunicação
clara no mundo formal – diz ela. Entretanto, se poderia discordar dessa visão,
já que o ensino da Gramática normativa nas escolas tem sido um tanto quanto
“agressivo”. É convencional dizer ao aluno que se deve falar e escrever de
certa forma, mas não é informado a ele que existem diferentes contextos no
mundo. Foca-se no contexto formal e diz-se que esse é o único existente,
estando os outros modos de falar “errados”.
Cabe aos professores ter uma
balança dos limites da variação linguística, ou seja, não deixar que a sala de
aula vire uma bagunça, afinal sala de aula também e ambiente formal. E também
uma balança do preconceito linguístico, pois o aluno deve ser preparado sim
para o contexto formal, mas deve ser levado a um entendimento natural da
necessidade de aprender a se comunicar com as regras prescritivas da língua.
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