terça-feira, 15 de julho de 2014

Como devemos encarar a literatura?

Reescrita
Aluno 7


Embora literatura seja uma disciplina obrigatória em todas as escolas de ensino médio, ainda restam dúvidas qual papel deveria ser desempenhado por ela e qual a eficiência dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
Desde nossa alfabetização, temos contato com livros e outros diversos materiais escritos, como jornais; revistas e panfletos levados à sala de aula pela professora com o intuito que os alunos se interessem pela leitura, num primeiro momento apenas com a intenção de testar nossas habilidades recém adquiridas, e para que eles incorporem esse hábito tão bem falado.
Mas afinal, ler é importante?
 Embora nosso entrevistado reconheça a importância da literatura, como descreve no trecho a seguir “Para mim é essencial termos conhecimento sobre algumas obras literárias, tanto pela ampliação do conhecimento de mundo quanto pela adição de novas palavras inutilizadas em nosso dia a dia ao nosso vocabulário. ” Ele e a maioria dos estudantes entre 15 e 18 anos encara a leitura como obrigação, fazendo-as apenas quando é necessário para a obtenção de notas, provando que, durante a vida escolar a literatura é abordada de forma errada e pouco estimulante.
As aulas que deveriam instigar a imaginação do aluno e auxiliar o desenvolvimento do pensamento crítico, conseguem ser entediantes e muitas vezes limitam-se a falar somente sobre o enredo, o que é desnecessário pois aborda o item de mais fácil assimilação pelo aluno e perde a oportunidade de explorar outros aspectos não tão óbvios assim.
A utilização de seminários, parece ser uma alternativa que dá resultados positivos quanto a participação dos alunos, como relata o estudante: “ Na escola eu tinha poucos períodos de literatura e em sua maioria em forma de seminários que deixam a matéria um pouco mais interessante por conhecer a opinião dos colegas, embora eu não gostasse da matéria. ” Utilizando-a com frequência é possível criar um ambiente em que os alunos sintam-se confortáveis em participar e estimule a leitura, pois só conhecendo a obra a participação se torna possível.         
Desconsiderar os diversos tipos de literatura que temos hoje e ater-se somente aos clássicos aos livros físicos é um erro que os professores insistem em cometer. Em uma época que temos acesso a qualquer informação e a hora que desejarmos, é evidente que os alunos não se interessem por livros num primeiro momento, pois todas as outras formas lhe parecerão mais rápidas e convidativas. Devemos considerar qualquer leitura válida, desde que ela instigue o aluno a refletir e agregue ao seu conhecimento de mundo.
Nosso entrevistado afirma não ler rotineiramente, como é ilustrado: “Infelizmente não leio com frequência, mesmo sabendo que é um aprendizado importante. Meu contato com livros é bem pouco, me prendo mais a jornais ou algum conteúdo online” mas não se dá conta que tem contato com leitura praticamente todos os dias, quando usa um computador ou lê uma manchete no jornal, pois a associa apenas com livros. E que este hábito rotineiro pode influenciá-lo para que futuramente aprecie outras formas de leitura, como poesias, contos ou até romances.
 Buscar novas plataformas de apresentar o conteúdo e materiais que sejam de acordo com a idade dos alunos, mesclando-os com os clássicos cobrados pelo currículo escolar, é uma obrigação do professor que deseja que o aluno crie um vínculo com a literatura ainda jovem e faça com que ela seja presente nas diferentes etapas da vida que ele ainda tem pela frente.       



µ Perfil do entrevistado

Idade: 18 anos                 
Sexo: masculino
Cidade: Porto Alegre
Profissão: estudante do primeiro semestre do curso técnico de informática na Uniritter

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