Reescrita
Aluno 7
Embora
literatura seja uma disciplina obrigatória em todas as escolas de ensino médio,
ainda restam dúvidas qual papel deveria ser desempenhado por ela e qual a
eficiência dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
Desde
nossa alfabetização, temos contato com livros e outros diversos materiais
escritos, como jornais; revistas e panfletos levados à sala de aula pela
professora com o intuito que os alunos se interessem pela leitura, num primeiro
momento apenas com a intenção de testar nossas habilidades recém adquiridas, e
para que eles incorporem esse hábito tão bem falado.
Mas afinal, ler é importante?
Embora nosso entrevistado reconheça a
importância da literatura, como descreve no trecho a seguir “Para mim é essencial
termos conhecimento sobre algumas obras literárias, tanto pela ampliação do
conhecimento de mundo quanto pela adição de novas palavras inutilizadas em
nosso dia a dia ao nosso vocabulário. ” Ele e a maioria dos estudantes entre 15
e 18 anos encara a leitura como obrigação, fazendo-as apenas quando é
necessário para a obtenção de notas, provando que, durante a vida escolar a
literatura é abordada de forma errada e pouco estimulante.
As
aulas que deveriam instigar a imaginação do aluno e auxiliar o desenvolvimento
do pensamento crítico, conseguem ser entediantes e muitas vezes limitam-se a
falar somente sobre o enredo, o que é desnecessário pois aborda o item de mais
fácil assimilação pelo aluno e perde a oportunidade de explorar outros aspectos
não tão óbvios assim.
A
utilização de seminários, parece ser uma alternativa que dá resultados
positivos quanto a participação dos alunos, como relata o estudante: “ Na
escola eu tinha poucos períodos de literatura e em sua maioria em forma de
seminários que deixam a matéria um pouco mais interessante por conhecer a
opinião dos colegas, embora eu não gostasse da matéria. ” Utilizando-a com
frequência é possível criar um ambiente em que os alunos sintam-se confortáveis
em participar e estimule a leitura, pois só conhecendo a obra a participação se
torna possível.
Desconsiderar
os diversos tipos de literatura que temos hoje e ater-se somente aos clássicos
aos livros físicos é um erro que os professores insistem em cometer. Em uma
época que temos acesso a qualquer informação e a hora que desejarmos, é
evidente que os alunos não se interessem por livros num primeiro momento, pois
todas as outras formas lhe parecerão mais rápidas e convidativas. Devemos
considerar qualquer leitura válida, desde que ela instigue o aluno a refletir e
agregue ao seu conhecimento de mundo.
Nosso
entrevistado afirma não ler rotineiramente, como é ilustrado: “Infelizmente não
leio com frequência, mesmo sabendo que é um aprendizado importante. Meu contato
com livros é bem pouco, me prendo mais a jornais ou algum conteúdo online” mas
não se dá conta que tem contato com leitura praticamente todos os dias, quando
usa um computador ou lê uma manchete no jornal, pois a associa apenas com
livros. E que este hábito rotineiro pode influenciá-lo para que futuramente
aprecie outras formas de leitura, como poesias, contos ou até romances.
Buscar novas plataformas de apresentar o
conteúdo e materiais que sejam de acordo com a idade dos alunos, mesclando-os
com os clássicos cobrados pelo currículo escolar, é uma obrigação do professor
que deseja que o aluno crie um vínculo com a literatura ainda jovem e faça com
que ela seja presente nas diferentes etapas da vida que ele ainda tem pela
frente.
µ Perfil do entrevistado
Idade: 18 anos
Sexo: masculino
Cidade: Porto Alegre
Profissão: estudante do primeiro semestre do
curso técnico de informática na Uniritter
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