1ª Versão
Por Aluno 9
Irei rememorar neste texto alguns momentos da minha trajetória para
tornar-me um leitor. Quando criança com aproximadamente seis anos de idade o
período de ingresso à escola chegou, e já estava internalizada em mim a língua
portuguesa, portanto possuía um conhecimento linguístico equivalente ao de um
adulto. Kenedy (2013 p. 11).
O conhecimento linguístico, ou seja, toda a língua que já havia sido internalizada foi de utilidade para o processo de alfabetização. Afinal, o conhecimento linguístico faz parte do que é chamado de conhecimento prévio por Kleiman (1995, p. 15):
O conhecimento linguístico, ou seja, toda a língua que já havia sido internalizada foi de utilidade para o processo de alfabetização. Afinal, o conhecimento linguístico faz parte do que é chamado de conhecimento prévio por Kleiman (1995, p. 15):
“A compreensão de um texto é um processo que se
caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura
o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a
interação de diversos níveis de conhecimento de mundo, que o leitor consegue
construir o sentido do texto.”
Portanto, os conhecimentos prévios que temos antes da leitura de
denominado texto podem e deverão ser decisivos para a compreensão total do
mesmo. Uma criança alfabetizada aos seis anos de idade tem o conhecimento
linguístico plenamente desenvolvido, porém o seu conhecimento textual e de
mundo, ainda são precários para a efetivação do letramento. Segundo Rottava
(2000) alfabetização difere de letramento, onde o aluno alfabetizado estaria
apto a decodificar letras, e o letrado a criar sentidos, portanto
verdadeiramente compreender um texto.
Mais tarde, no final do ensino fundamental comecei a ser letrado. Fui exposto a livros, e a uma leitura crítica de obras literárias revisitadas para alunos de ensino fundamental. Lembro-me que quando li “Os Miseráveis” de Victor Hugo, o meu conhecimento de mundo sobre a história da França foi de muita ajuda para o entendimento do que estava se passando na obra. “Portanto ler, acima de tudo, está ligado à construção de sentidos.” (ROTTAVA, 2000, p. 14) e não à decodificação do alfabeto. E essa construção de sentidos só se efetiva quando o leitor é capaz de despertar seu conhecimento prévio, trazendo a tona o entendimento do texto, mesmo que não se de conta de que entendeu.
No ensino médio definitivamente era letrado, não me dei conta de quando esse processo teve uma consolidação, mas tenho nítida a impressão que foi antes de meus quinze anos. Ler não é apenas construir conceitos, mas também produzir ideias sobre os conceitos criados durante a leitura. Acredito que na primeira vez que fui crítico com um livro, e pude formar uma opinião sobre ele sem interferências externas (leia-se opiniões alheias, e ou críticas literárias) pude me considerar leitor.
Mais tarde, no final do ensino fundamental comecei a ser letrado. Fui exposto a livros, e a uma leitura crítica de obras literárias revisitadas para alunos de ensino fundamental. Lembro-me que quando li “Os Miseráveis” de Victor Hugo, o meu conhecimento de mundo sobre a história da França foi de muita ajuda para o entendimento do que estava se passando na obra. “Portanto ler, acima de tudo, está ligado à construção de sentidos.” (ROTTAVA, 2000, p. 14) e não à decodificação do alfabeto. E essa construção de sentidos só se efetiva quando o leitor é capaz de despertar seu conhecimento prévio, trazendo a tona o entendimento do texto, mesmo que não se de conta de que entendeu.
No ensino médio definitivamente era letrado, não me dei conta de quando esse processo teve uma consolidação, mas tenho nítida a impressão que foi antes de meus quinze anos. Ler não é apenas construir conceitos, mas também produzir ideias sobre os conceitos criados durante a leitura. Acredito que na primeira vez que fui crítico com um livro, e pude formar uma opinião sobre ele sem interferências externas (leia-se opiniões alheias, e ou críticas literárias) pude me considerar leitor.
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