A proposta está visivelmente
atendida, tendo a autora relacionado suas experiências de leitura à teoria
trabalhada nas aulas de Leitura e Produção Textual. A intercalação feita por
você foi feliz à medida que não apenas fez referência a autores de forma
aleatória, mas introduziu, isto sim, as concepções teóricas nos trechos em que
elas eram pertinentes.
Contudo, o primeiro parágrafo se
inicia de forma um tanto confusa, com trechos um tanto vagos e não tão
objetivos. Por que o início dos estudos ao ingressar na universidade é algo
curioso e evolutivo? O que a autora pretende ao fazer tal afirmação? Ainda que
se pretenda tratar dessas questões mais detidamente apenas no desenvolvimento
do texto, é interessante, já à introdução, situar o leitor com ideias um pouco
mais claras e precisas.
Ao mencionar, no terceiro parágrafo,
o fato de saber ler já à época em que cursava Comunicação Social, a autora
pode, por exemplo, aproveitar o espaço aberto por essa ideia e introduzir a
concepção de leitura como mera decodificação. Isso, no entanto, é só uma
sugestão pensada para enriquecer a produção escrita em sua abordagem teórica.
Há,
por fim, alguns aspectos formais a serem revistos na segunda versão do texto.
Mesmo tendo incluído as fontes bibliográficas abaixo dos excertos utilizados, é
imprescindível que a autora, ao fim de seu texto, liste, em uma seção especial,
as referências bibliográficas em que se apoiou ao produzir o memorial. Revise,
além disso, a forma de algumas palavras, como “a cerca”, no quarto parágrafo; a
posição do elemento “muito maior” na oração em que está (pois não fosse pelo
fato do superlativo “maior” estar no singular, a interpretação poderia ser de
que o que é muito maior são os textos e não a dedicação e a concentração); e o
emprego da primeira pessoa, pois apesar da proposta ser trabalhar com memórias
subjetivas e pessoais, o gênero do memorial é tradicionalmente um pouco mais
formal e é escrito impessoalmente.
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