1ª
Versão
Por Aluno 28
Sabe aqueles dias em
que a gente não sabe o porquê, mas não está feliz? Nenhuma roupa fic a bem; o chocolate acabou; as mínimas coisas causam irritação; barulhos que nunca incomodaram, atordoam. E nada, nada diferente aconteceu para que se pudesse justificar isso tudo. A sua vida está tão perfeita, ou tão imperfeita quanto estava ontem, só que ontem estava tudo bem.
O máximo que o autoconhecimento
havia me dado para lidar com estes dias, era
a) capacidade para
percebê-los nas primeiras duas horas depois de iniciados os sintomas, e
b) consciência para
manter-me, dentro do possível, afastada das pessoas potencialmente capaze s de levar “patadas” minhas; ou capazes de perderem elas, a paciência comigo e aí, ouvir eu, impropérios delas. Sabe como é, intimidade é brabo mesmo; traz muita coisa boa, mas tem este perigo junto. E este caminho só faz com que se prolonguem, ainda mais, estes terríveis dias.
Pois bem, eu estava num
dia assim, e nestes dias, mesmo que você não fale nada, a sua c ara, a sua expressão, ela não deixa dúvidas de que você não está no seu melhor humor. Passei a tarde junto com minha filha e nada de muito tenso aconteceu entre nós. A noitinha, quando meu marido chegou em casa, cumprimentou-me com um cordial:
__Tudo bem? - ao que, sabe se lá por qual razão, não
gostei muito. Respondi com um muxoxo.
__Tá com alguma dor?
__Não.
__Aconteceu alguma
coisa?
__Não.
Aí, o querido já
começou a pensar em perder a paciência (provavelmente alguma coisa não estava
muito 100% com ele também, ou não).
__Mas o que é que há
contigo?
E minha filha, que é um
anjo, do alto da sua sabedoria dos 8 anos disse:
__Papai, tu não ta
vendo que ela só precisa de um abraço?
Óinnnnnn... Depois
desse dia, tive, é claro, muitos outros dias ruins, mas sempre me lembr o do que minha filha disse, e isso reconforta e acalma muito, e busco nos abraços dos meus queridos, a ajuda que aplaca esse desconforto inominado. E também muitos outros.
Ela sempre disse
preferir abraços a beijos; e me fez pensar sobre esta preferência. O fato é que
os abraços têm o dom de espremer o que é ruim pra fora, e de fixar, as coisas
boas, dentro do coração.
Sim, eu acredito em
fadas, em anjos e no poder do amor.
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