sexta-feira, 23 de maio de 2014

Lá vem história outra vez

Reescrita
Por Aluno 13


Era uma vez uma menina que ganhou um livro. Ela ainda não sabia ler, tinha 5 anos, mas ganhou um livro. Um livro com histórias de fadas, de piratas, de meninos perdidos, de uma contadora de histórias e de uma menina que ganhou um livro. Era uma vez uma menina que, ouvindo as histórias daquele seu livro, cresceu acreditando no poder que as palavras tinham de expressar sentimentos. Era uma vez, em uma noite de inverno, uma menina de pijama e de 5 anos de idade com seu travesseiro, seu ursinho de pelúcia e seu livro. Essa menina, de tanto ouvir as suas histórias, queria ser o Peter Pan e nunca precisar crescer, para nunca parar de ouvi-las. Era uma vez uma fada que saiu de dentro daquele livro e visitava essa menina em seus sonhos, uma tal de Sininho. Era uma vez um bando de piratas e um de meninos perdidos, e um navio ancorado na baía da Terra do Nunca. Era uma vez uma contadora de histórias. Só uma contadora de histórias e uma menina que ganhou um livro. Essa menina aprendeu a acreditar em magia, na magia de um livro. Eram tantas vezes, tantas histórias, que, uma delas, era sobre uma menina que ganhou um livro e sonhava em ser o Peter Pan.
Virar na segunda estrela à direita e depois seguir direto até o amanhecer. Esse era o caminho que uma menina de 5 anos que gosta de histórias e que aprendeu a acreditar em magia seguiu, naquela noite, para visitar a Terra do Nunca. A terra das suas histórias, do seu livro. A terra onde ninguém nunca cresce e as histórias não acabam. A terra onde tudo pode acontecer. A terra onde, com um pouquinho de pó de “pirilim-pim-pim” e pensamentos positivos, essa menina podia voar e tocar as nuvens. Mas essa menina voltou para o “mundo real” naquela noite fria quando, acabada a história, abriu os olhos. Sim, ele ainda estava lá, esperando. E ela percebeu que esse tal de “mundo real” era muito diferente daquele que ela estava acostumada a visitar em seus sonhos e que crescer era necessário, por mais que isso significasse abandonar toda a magia de um mundo construído pela imaginação de uma criança de 5 anos que ganhou um livro. E enquanto crescia, um dia, a Terra do Nunca desapareceu.
A Terra do Nunca desapareceu para uma menina de 5 anos. Mas os Capitães-Gancho, Smees e todos os piratas tripulantes do Jolly Roger continuavam à espreita, na figura de todas as maldades e injustiças do mundo. Ainda bem que essa menina sempre guardou consigo o seu livro mágico, para que, de vez em quando, ela pudesse visitar uma terra maravilhosa e cheia de magia e buscar, lá, a ajuda necessária para derrotar os vilões. A ajuda de uma fada, dos meninos perdidos, de uma contadora de histórias ou de uma menina que ganhou um livro.
Porque era uma vez a história de uma menina que conta a história de uma menina que ganhou um livro e que gosta de histórias...



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