quinta-feira, 15 de maio de 2014

Uma nova visão

1ª Versão
Por Aluno 11

Vivemos em um mundo no qual um pedaço retangular de papel, aparentemente, define o quão feliz você vai ser, ou o quão bem quisto pelo seu meio social você será. Esse pedaço de papel lhe dá poder aquisitivo e através dele, de fato, você pode conseguir muitas coisas que sem ele seriam praticamente impossíveis. Perceba que este pedaço de papel desempenha um valor muito grande, sendo ele o motivo de muitos conflitos e impasses mundiais. Ora solução, ora o problema em si, esse pedaço retangular de papel ao qual me refiro é o dinheiro, o combustível do mundo.
Sou um jovem de dezenove anos e fui criado neste molde, com estas concepções acerca do dinheiro e seu valor. “O dinheiro não traz felicidade”, diz o ditado, que com o passar do tempo ganhou um complemento implícito que seria “O dinheiro não traz felicidade, mas sem ele você não pode fazer muitas coisas que lhe fariam feliz.” Bom, já que o dinheiro é tão importante assim, como faço para consegui-lo, qual é a mágica que deve ser feita? É simples, basta você ter uma profissão de destaque, consequentemente de alta remuneração, tais como a engenharia, medicina, ciências jurídicas, entre outras, por exemplo. Parece um exagero, ou brincadeira, mas fui criado com esses valores, impostos não pela família, mas pela sociedade a qual estou inserido. Foi um senhor, um idoso, um velho que me passou um precioso valor que todos deveriam guardar em seus corações.
Fernando Silveira, o “Seu Fernando”, 84 de experiência na arte de viver e ser feliz. Casado, pai de quatro filhos, Seu Fernando sempre trabalhou no mesmo emprego, com fretagem de móveis e eletrodomésticos. Não confunda fretagem com uma empresa de transportes de alto nível, com uma frota de caminhões e motoristas prontos a trabalhar a mando do velho. Seu Fernando tem uma Kombi branca, do ano de 1988, que passa mais na oficina do que rodando, e que fica estacionada em frente às lojas mais movimentadas esperando que alguém solicite o frete. Com o nobre trabalho e como um verdadeiro guerreiro sustentou a esposa e seus quatro filhos, arcando com as despesas da casa e estudos dos filhos. Hoje os filhos cresceram, não precisam mais do sustento do velho pai. Dois são representantes comercias bem sucedidos na Europa, outra é uma excelente psicóloga e a última é concursada pelo estado do RS, tudo graças aos sofás, fogões e geladeiras entregues pelo pai. Seu Fernando hoje ainda dirige sua Kombi 88, fazendo fretes pela cidade, e se perguntares a ele se ele pretende parar, com um sorriso no rosto, como o de uma criança, ele lhe dirá “Quando eu estiver a sete palmos do chão vou ter bastante tempo para descansar.”

Um velho humilde, semi-analfabeto, que aprendeu a ler apenas para ler a bíblia, me ensinou que não é preciso ser rico, ter uma formação em cursos técnicos, de nível superior ou uma posição de destaque na sociedade para ser feliz. Porém, para ser feliz é preciso estar bem consigo, trabalhar com aquilo que lhe faz feliz, e acima de tudo, ter fé, amor e confiança em Deus. O dinheiro, segundo ele, é consequência da felicidade em trabalhar.

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